quinta-feira, 31 de março de 2011

Prazer e sofrimento:"toda a sagrada escritura está permeada pelo tom do sofrimento.




Quando Saulo tornou-se Paulo, uma voz divina anunciou: “Vou lhe mostrar como você poderá gozar muito melhor a sua vida!” Será que é o que realmente está escrito na Bíblia? Pelo contrário, lemos: “Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16). Foi o que Deus disse a Ananias acerca de Paulo. Portanto, foi quase o oposto do que muitos entendem hoje por vida cristã.

O Novo Testamento está permeado pelo tom do sofrimento, e é justamente isso que não agrada à nossa velha natureza, que adora cuidar bem de sua carne e de gozar a vida. Paulo e Barnabé, por exemplo, exortaram os discípulos “a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22).

Paulo, o apóstolo dos gentios, lembra a Timóteo, seu discípulo mais fiel, que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3.12).

Isso não soa como uma vida de prazeres e de riqueza abundante, como tanto se apregoa hoje em dia. Temos inclusive uma carta inteira no Novo Testamento que se ocupa com o tema do sofrimento: a Primeira Epístola de Pedro. Ele explica que a fé é provada e aprovada através do sofrimento (1 Pe 1.6-7). Portanto, em completa oposição à sociedade caracterizada pelo entretenimento e ao cristianismo que confunde discipulado com diversão e festa. Aos crentes da Ásia Menor, Cristo é apresentado como exemplo naquilo que sofreu, para que sigamos os Seus passos (1 Pe 2.21).

Será que não acabamos literalmente criando um outro evangelho, um evangelho de bem-estar, que afaga o ego e o velho Adão?

A Carta aos Hebreus menciona, inclusive, que nosso Senhor, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). Se isso foi válido para o Filho de Deus, quanto mais vale para nós! O servo, como se sabe, não está acima de seu Mestre.

Pedro diz ainda mais: “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pe 4.1-2).

Sofrimento e não prazer ou bênçãos materiais é o tema recorrente nas cartas dos apóstolos. Paulo chega a dizer: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29). De forma semelhante, Pedro admoesta em sua carta: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4.12-13).

Será que isso ainda é proclamado em nossa sociedade de consumo, que já chega a “celebrar” o discipulado e a vida cristã? Será que frases tão negativas não deveriam ser sumariamente riscadas da Bíblia? Não acabamos literalmente criando um outro evangelho, um evangelho de bem-estar, que afaga o ego e o velho Adão?

Aos coríntios, que igualmente estavam em perigo de exercer poder e “domínio”, Paulo escreve sem rodeios: “Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco. Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1 Co 4.8-13).

Isso soa como prazer, sucesso, conforto e prosperidade? É quase o oposto de tudo aquilo que hoje nos é apresentado simuladamente pelos “evangelistas da prosperidade” como se fosse o Evangelho de Cristo.

Para que minhas palavras não sejam interpretadas como uma defesa do sofrimento e uma declaração de derrotismo cristão, devo mencionar que Deus deseja que “vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Tm 2.2). Na mesma Carta a Timóteo está escrito: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1 Tm 6.17).

O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas.

Somos gratos por toda a paz e pelo bem-estar que a graça de Deus tem nos concedido no mundo ocidental por um tempo admiravelmente longo. Mas fazer dessa realidade um evangelho é, brandamente falando, contradizer o espírito do Novo Testamento. O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas. Em obediência a Deus, o discípulo de Jesus pode ter, sim, muita alegria, alegria plena (1 Jo 1.4). Mas essa alegria é em primeiro lugar espiritual e não está, necessariamente, refletida no nível material.

Quando Paulo ditou sua carta “movida pela alegria” aos filipenses exortando os crentes a “alegrar-se sempre” (Fp 4.4), ele próprio encontrava-se algemado na prisão.

Em suas discussões com pregadores “poderosos” e triunfalistas, que Paulo chama ironicamente de “sábios”, “fortes”, “nobres” (1 Co 4.10), ele se gloria de sua própria fraqueza (2 Co 12.9), especialmente porque esses falsos mestres se vangloriavam de seu grande poder e de sua própria autoridade. Eles também passavam a idéia de que apenas através deles o mundo daquela época fora alcançado com um evangelho “poderoso” e “pleno” (2 Co 10.12-16). Paulo contrapõe a esses falsos apóstolos e obreiros fraudulentos, como também os chama, a extensa lista de seus próprios sofrimentos (2 Co 11.22-23), provando que ele era um apóstolo legítimo.

Isso ainda é pregado atualmente? Isso ainda é proclamado nos programas cristãos de televisão? Os apóstolos residiam em belas casas e lá ditavam suas cartas? A visão mais profunda dos mistérios do tempo da graça é fornecida por Paulo nas cartas aos efésios e aos colossenses, que ele escreveu quando se encontrava encarcerado. Em seu discurso de despedida em Mileto ele disse: “o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações” (At 20.23). Isso não soa como a expectativa por eventos especialmente prazerosos.

Humildade, lágrimas, provações, ciladas, cadeias e tribulações, de fato, uma vida “de prazeres”! Mesmo quando Paulo suplicou por uma vida física mais ou menos normal, sem o espinho na carne, seu pedido não foi atendido. Será que ele não deveria ter enfrentado essa limitação física com visualização ou pensamento positivo? Esse homem de Deus podia dizer de si mesmo: “...pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6.10). Devemos temer, com justiça, que muitos dos pregadores de sucesso de nossos dias literalmente invertem a ordem das coisas: “ricos, mas empobrecendo a muitos”.

Todo esse evangelho da prosperidade e do bem-estar é um cumprimento de 2 Timóteo 4.3, onde está escrito que os homens dos últimos dias cortejarão mestres por cujas palavras sentem coceira nos ouvidos, mestres que os agradem. Muitos gostariam de ouvir que Deus quer nos fazer grandes, ricos, saudáveis e poderosos. Essa era a mensagem dos amigos de Jó, que não conseguiam entender que Jó enfrentava tanto sofrimento por se encontrar dentro da vontade de Deus.

Paulo explicou: que os “crentes” dos últimos dias não apenas serão “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2, Ed. Revista e Corrigida) mas “mais amigos dos prazeres (tradução literal da palavra grega “philedonos”) que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).

Esta é a mensagem para uma geração hedonista, como Paulo explicou: que os “crentes” dos últimos dias não apenas serão “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2, Ed. Revista e Corrigida) mas “mais amigos dos prazeres (tradução literal da palavra grega “philedonos”) que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).

Será que Jesus também ofereceu uma falsa fé? Ele disse à igreja de Esmirna: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o Diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Isso é totalmente oposto ao atual triunfalismo do evangelho da prosperidade. É monstruoso o que é tolerado e propagado na cristandade contemporânea. Esta geração ocidental literalmente criou um evangelho resumido e derivado de seu hedonismo, de sua amoldagem ao espírito da época, de sua loucura por saúde, bem-estar e entretenimento, de seu desejo por prazeres carnais e de sua auto-estima.

Talvez a melhor caracterização da situação espiritual desses pregadores e adeptos do evangelho da prosperidade e do bem-estar seja a declaração de Jesus Cristo a uma igreja próspera e abastada, mal acostumada ao sucesso, a igreja de Laodicéia: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17).

quinta-feira, 17 de março de 2011

o processo democrático pode ser explorado para estabelecer um regime islâmico que, então, tornará a democracia desnecessária.



* A Irmandade Muçulmana tem exercido um papel de maior importância na organização dos protestos contra o regime político egípcio à medida que apresenta seu programa político independente. Rashad al-Bayumi, o segundo homem em importância na Irmandade, anunciou em uma entrevista à televisão japonesa que o grupo se uniria a um governo transitório a fim de cancelar o tratado de paz entre Egito e Israel, uma vez que o mesmo “ofende a dignidade dos árabes e destrói os interesses do Egito e de outros Estados árabes”. A seguir ele enfatizou que o Egito não precisa de ajuda americana.
* A Irmandade Muçulmana participa, sim, de atividades políticas e defende o processo democrático. Todavia, isso não acontece porque ela tenha aceitado os princípios da democracia ocidental, mas porque o processo democrático pode ser explorado para estabelecer um regime islâmico que, então, tornará a democracia desnecessária.
* O Guia Supremo da Irmandade Muçulmana, Muhammad Mahdi ’Akef informou ao jornal egípcio Al-Karama, em 2007, que apenas o islamismo era a expressão da verdadeira democracia. “O Islamismo e seus valores precederam o Ocidente fundando a verdadeira democracia, exemplificada pelo Shura [o conselho consultivo dos Califas]”.
* O site oficial da Irmandade observa que a jihad (guerra santa) é o instrumento mais importante do islamismo para efetuar uma conquista gradual, a começar com as nações islâmicas, prosseguindo para restabelecer o califado nos três continentes em preparação para uma conquista do Ocidente e, finalmente, para a instituição de um Estado islâmico mundial.
* O planejamento passo-a-passo da Irmandade Muçulmana determina sua suposta “moderação”, a qual irá desaparecer gradativamente à medida que suas realizações aumentem e sua aceitação da situação existente seja substituída por um rígido governo muçulmano ortodoxo, cuja política externa seja baseada na jihad.

A Irmandade Muçulmana se Unirá a um Governo Transitório

O governo Obama discutiu com líderes egípcios uma proposta de renúncia imediata do [então] presidente Hosni Mubarak e a entrega do poder a um governo transitório encabeçado pelo [então] vice-presidente Omar Suleiman, com o apoio do exército egípcio, de funcionários do governo e de diplomatas árabes, informou o New York Times no dia 3 de fevereiro de 2011. De acordo com a proposta americana, o governo transitório incluiria membros de uma ampla diversidade de grupos oposicionistas, inclusive da Irmandade Muçulmana.

A Irmandade Muçulmana, um movimento global que tem o Hamas como seu ramo palestino, tem exercido um papel de maior importância na organização dos protestos contra o regime político egípcio à medida que apresenta seu programa político independente, desafiando tanto a administração americana quanto Israel. Rashad al-Bayumi, o segundo homem em importância na Irmandade Muçulmana, anunciou em uma entrevista à televisão japonesa (e que foi citada pelo jornal al-Hayat) que o grupo se uniria a um governo transitório a fim de cancelar o tratado de paz entre o Egito e Israel, uma vez que ele “ofende a dignidade dos árabes e destrói os interesses do Egito e de outros Estados árabes”. A seguir, ele explicou que sua animosidade com relação ao governo americano deriva do apoio que este dá a Israel, enfatizando que o Egito não precisa de ajuda americana.
A Democracia é o Caminho de Entrada do Islamismo ao Poder

A Irmandade Muçulmana participa, sim, de atividades políticas e defende o processo democrático. Todavia, isso não acontece porque ela tenha aceitado os princípios da democracia ocidental, mas porque o processo democrático pode ser explorado para estabelecer um regime islâmico que, então, tornará a democracia desnecessária, como ficou evidente por meio de sua plataforma nas eleições parlamentares egípcias em 2007. A organização afirmou que estava participando das eleições porque “a Irmandade Muçulmana prega o caminho de Alá (...) [e, portanto, está participando] para cumprir com os mandamentos de Alá, de maneira pacífica, usando as instituições constitucionais existentes e uma decisão determinada pelas urnas de votação secreta”. Ou seja, a democracia é o caminho de entrada do islamismo ao poder.

Na plataforma da Irmandade Muçulmana também constava que “o governo [no Egito] deverá ser republicano, parlamentarista, constitucional e democrático, de acordo com a Sharia Islâmica (código de leis do islã)”, e que “a Sharia assegura liberdade para todos”. A organização não aceita o princípio da separação entre Igreja [Religião] e Estado, e o governo islâmico a que aspira é, para ela, uma realização da democracia.

A Irmandade Muçulmana participa, sim, de atividades políticas e defende o processo democrático. Todavia, isso não acontece porque ela tenha aceitado os princípios da democracia ocidental, mas porque o processo democrático pode ser explorado para estabelecer um regime islâmico que, então, tornará a democracia desnecessária.

Entrevistado dia 17 de setembro de 2007 pelo jornal diário egípcio Al-Karama, o Guia Supremo da Irmandade Muçulmana, Muhammad Mahdi ’Akef, disse que o slogan da campanha da organização seria: “A Sharia é a Solução”, e que os direitos humanos e a democracia seriam incluídos no governo sob a Sharia. Ele devotou sua carta semanal de 12 de maio de 2007 a uma exposição sobre a democracia vista de acordo com os olhos da Irmandade Muçulmana. Disse que apenas o islamismo, o qual foi dado aos homens por Alá, era a expressão da verdadeira democracia. ’Akef escreveu:

o islamismo precede [...] as doutrinas e ideologias inventadas pelos homens. A mensagem final e absoluta dos céus contém todos os valores que o mundo secular afirma ter inventado [...]. O islamismo e seus valores precederam o Ocidente fundando a verdadeira democracia, exemplificada pelo Shura [o conselho consultivo dos Califas], e o respeito do islamismo pela igualdade das outras religiões. [...] Com respeito à liberdade, o islamismo alcançou um objetivo que os pregadores seculares não alcançaram, pois a liberdade prometida pelo islamismo é genuína em todos os seus aspectos, mesmo quanto à fé e à religião. (...) Quanto à afirmação de que o islamismo não reconhece a autoridade civil, a autoridade do islamismo é democrática [....] ela é uma liberdade genuína, fornece igualdade na prática e é transparente; ela nunca oprime nem rouba ao homem seus direitos [...]. É sobre esse fundamento e com esses valores que a Irmandade Muçulmana clama por justiça, igualdade e liberdade.

’Akef nunca utilizou expressões ambíguas para se referir à sua visão sobre a democracia ocidental. No dia 30 de abril de 2005, ele disse ao jornal diário egípcio Al-Ahram que a Irmandade Muçulmana se opunha à democracia americana porque ela era “corrupta e servia aos programas americanos [...]. A Irmandade Muçulmana tem realizado manifestações contra a intervenção estrangeira e contra qualquer democracia que sirva aos americanos [...]. A democracia [americana] é corrupta porque quer destruir a nação [islâmica], sua fé e tradição”. Ele disse à BBC que a democracia ocidental “não era realista” e era “falsa”.

Um dos exemplos de ’Akef sobre os “valores corruptos” da América é a tentativa de impedir a circuncisão feminina na África. No dia 12 de julho de 2007, ele escreveu que “[os americanos] gastam bilhões de dólares e ininterruptamente maquinam mudar o modo de vida dos muçulmanos, promovem a guerra contra os líderes muçulmanos, as tradições de sua fé e de suas idéias. Eles até mesmo promovem guerra contra a circuncisão feminina, uma prática comum em 36 países, que tem prevalecido desde os tempos dos faraós”.
A Importância da Jihad

De acordo com a Irmandade Muçulmana, a jihad, isto é, a guerra santa contra os infiéis, é um dos elementos fundamentais difundidos pela Irmandade Muçulmana. A ideologia da organização, como aparece em seu site oficial, considera “o Profeta Maomé como seu líder e governador, e a jihad como seu caminho”. A jihad possui uma estratégia global que vai além da auto-defesa; é o incessante ataque a todos os governos dos infiéis, com a intenção de ampliar as fronteiras do Estado islâmico até que a humanidade viva debaixo da bandeira islâmica.

Ao clicar nos links “The Goals of the Muslim Brotherhood” [Os Objetivos da Irmandade Muçulmana] e “Muslim Brotherhood Measures” [Medidas da Irmandade Muçulmana] chega-se a explicações sobre a jihad baseadas nos escritos do fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Banna. É observado ali que a jihad é o instrumento mais importante do islamismo para efetuar uma tomada gradativa de poder, começando pelos países muçulmanos, seguindo para o restabelecimento do Califado sobre três continentes em preparação para a conquista do Ocidente e, finalmente, instituindo um Estado islâmico mundial. O site da organização declara:

Queremos um indivíduo muçulmano, um lar muçulmano, um povo muçulmano, um governo e um Estado muçulmanos que liderem os países islâmicos e que tragam ao sagrado aprisco a diáspora muçulmana e as terras que foram roubadas do islamismo, e que depois ergam o estandarte da jihad e o chamado [da’wah] a Alá. [Então, o] mundo aceitará alegremente os preceitos do islamismo [...]. Os problemas para conquistar o mundo apenas terminarão quando a bandeira do islamismo estiver tremulando e a jihad tenha sido proclamada.

O objetivo é estabelecer um Estado islâmico de países islâmicos unidos, uma nação debaixo de uma liderança cuja missão será reforçar a aderência à lei de Alá [...] e o fortalecimento da presença islâmica na arena mundial [...]. O objetivo [...] é o estabelecimento de um Estado islâmico mundial.

E, se a oração é o pilar da fé, então a jihad é o seu cume [...] e a morte no caminho de Alá é o auge da aspiração.

A Irmandade Muçulmana não esconde suas aspirações globais e o caminho violento que pretende seguir a fim de alcançá-las. A Irmandade é meticulosa em seu planejamento passo a passo, primeiramente de tomar posse da alma do indivíduo e depois da família, do povo, da nação e da união de nações islâmicas, até que o Estado islâmico mundial seja uma realidade. O princípio dos estágios dita a suposta “moderação” da Irmandade Muçulmana. Todavia, essa “moderação” irá desaparecer gradativamente à medida que as realizações da Irmandade Muçulmana aumentem e sua aceitação da situação existente seja substituída por um rígido governo muçulmano ortodoxo, cuja política exterior seja baseada na jihad.

Para a Irmandade Muçulmana, a jihad está no centro do conflito contra os Estados Unidos, o Ocidente, Israel e outros regimes políticos de infiéis. O supremo líder da Irmandade Muçulmana considera que o islamismo está deflagrando “uma batalha de valores e identidade” contra as forças do “imperialismo” e os “anglo-saxões” que estão atacando o mundo árabe-islâmico “com o pretexto de difundir a democracia, de defender os direitos das minorias, e de se opor ao que eles chamam de terrorismo”. Ele aconselha os muçulmanos a adotarem “a cultura da resistência contra a invasão”, explicando que Alá deu “a jihad e a resistência às nações ocupadas e oprimidas como meios para alcançarem a liberdade”. Ele acrescentou que “a cultura da resistência à invasão e à ocupação têm aspectos intelectuais, militares e econômicos. A experiência na Palestina, no Iraque e no Afeganistão provou que a resistência não é imaginária ou fictícia ou impossível, mas que, em vez disso, é possível quando a nação [islâmica] apresenta uma frente unida e usa suas armas e sua fé para encarar um imperialista, quer ele venha com armas, quer nos inunde com suas idéias, seus valores ou sua moralidade obsoleta”. O sucessor de ’Akef, Mohammad Badi’, mantém a mesma plataforma.

A Autoridade Palestina (AP) e seus líderes compartilham com os terroristas a culpa pelo assassinato dos cinco israelenses em Itamar (Samaria).



Vamos parar de fingir: o incitamento não é apenas uma outra questão a ser negociada como as fronteiras, a água e os refugiados. A mensagem de ódio ameaça as soluções pacíficas.

A Autoridade Palestina (AP) e seus líderes compartilham com os terroristas a culpa pelo assassinato dos cinco israelenses em Itamar (Samaria) – inclusive duas crianças e um bebê – no dia 11/3/2011 (sexta-feira). Foram a AP e seus líderes que prepararam o terreno para esses assassinatos através do incitamento incessante ao ódio e da glorificação da violência e do terror.

A despeito de suas declarações conciliatórias em inglês, a AP continua a usar todas as estruturas que controla para demonizar Israel e promover a violência. Terroristas são apresentados como heróis e modelos para os palestinos, ensinando que matar israelenses é uma maneira de se obter fama eterna.

Há apenas dois meses, Mahmoud Abbas, o presidente da AP, enviou uma mensagem clara de apoio ao terror quando presenteou com 2.000 dólares a família de um terrorista que atacou soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI). Na semana passada, o diário oficial da AP, Al-Hayat Al-Jadida, anunciou um torneio de futebol em homenagem a Wafa Idris, a primeira mulher-bomba palestina. Três semanas atrás, a PA TV, que está sob o controle direto do gabinete de Abbas, noticiou e apresentou vídeos glorificando o terrorista Habash Hanani, que entrou em Itamar e assassinou três estudantes israelenses em maio de 2002. Duas vezes a AP deu nome a acampamentos de verão em homenagem à terrorista Dalal Mughrabi, que liderou o ataque mais mortal na história de Israel, no qual 37 civis foram assassinados no seqüestro de um ônibus em 1978. Os acampamentos foram realizados em 2008 e no verão passado.

A Autoridade Palestina (AP) e seus líderes compartilham com os terroristas a culpa pelo assassinato dos cinco israelenses em Itamar (Samaria) – inclusive duas crianças e um bebê – no dia 11/3/2011 (sexta-feira).

Mas o longo braço da promoção da violência e do terror pela AP vai ainda mais longe, penetrando o âmbito da cultura e da música, que, em outros lugares do mundo, têm sido usadas com freqüência, em anos recentes, para promover a paz e a tolerância. No ano passado, a PA TV divulgou uma série de apresentações de uma banda chamada Alashekeen, inclusive uma canção que antecipava a derrota de Israel por meio da guerra santa (jihad). A canção apresenta Israel inteiro como “Palestina”, mencionando a região do Carmelo perto de Haifa e as cidades de Lod, Ramle e Jerusalém como áreas a serem liberadas: “Em Ramle, somos granadas. (...) a revolução palestina [os] aguarda. ...substituímos os braceletes por armas. ...atacamos os desprezíveis [sionistas]. Esse inimigo invasor está no campo de batalha. Este é o dia da consolação da jihad. Aperte o gatilho. Nós redimiremos Jerusalém, Nablus e o país”.

Mais significativo do que a repetida apresentação na PA TV e nos eventos culturais foi o fato de que Abbas resolveu homenagear o grupo musical. Ele baixou um decreto presidencial tornando-o uma banda nacional palestina oficial.

Agravando a promoção do ódio nacionalista da AP estão suas mensagens baseadas no islamismo. A AP parece ter adotado o que antes parecia ser apenas a ideologia do Hamas, de que o conflito com Israel é um Ribat – uma guerra religiosa para Alá defender a terra islâmica na qual o confronto com Israel deve ser inflexível. Mahmoud Habbash, o ministro da Religião designado por Abbas, vem afirmando repetidamente que o conflito com Israel não é territorial, mas está de acordo com a lei islâmica: “Alá predeterminou-nos o Ribat nesta terra abençoada. Estamos comprometidos com ele por comando de Alá. Que ninguém se engane ou se iluda pensando que o Ribat seja uma escolha e nada mais. Ele é um mandamento”.

Ele também tem pregado que o conflito contra Israel – sobre todo o Israel – é citado no Alcorão. “Na verdade, a catástrofe (‘nakba’) não começou em 1948, mas talvez em 1917, com a amaldiçoada Declaração [de Balfour], que fez uma promessa a quem não a merecia. (...) Desde aquela data, pessoas resolutas, lutadores e guerreiros do Ribat, não cessaram de estar presentes em nosso abençoado território. (...) Esse conflito é explícito no Corão e nossa obrigação com relação a ele está esclarecida no Corão”.

Em resumo, a AP, assim como o Hamas, está dizendo a seu povo que o islamismo não permite reconciliação com Israel.

Com mensagens contínuas como essa, vindas da chamada liderança moderada da AP, será que é surpresa que as pessoas cometam violências terroristas como a que aconteceu em Itamar? Os palestinos podem pressupor que seus líderes e a sociedade irão honrá-los se eles assassinarem israelenses, que suas famílias receberão pagamento se eles forem mortos, e que sua religião encoraja o desaparecimento de Israel.

Será que os terroristas que cometeram essa chacina brutal estavam sonhando com um futuro acampamento de verão palestino em honra a seus nomes? Será que estavam imaginando Alá dando-lhes recompensas eternas no paraíso por cumprirem seu mandamento? Será que sentiram que estavam cumprindo seu dever nacional e que receberiam recompensas financeiras? E o que dizer da comunidade internacional, que aceitou e ingenuamente acreditou nas afirmações dos líderes da AP de que o incitamento havia terminado? Foi a comunidade internacional, representada pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, quem estipulou precondições para a AP entrar em um processo de paz renovado: “Apenas trabalharemos com um governo da Autoridade Palestina que clara e explicitamente aceitar os princípios do Quarteto: um compromisso com a não-violência, o reconhecimento de Israel e a aceitação de acordos e obrigações anteriores, inclusive o Mapa do Caminho” (Sub-Comitê de Alocação de Recursos ao Departamento de Estado, Congresso dos EUA, 23 de abril de 2009).

O Mapa do Caminho declara que “todas as instituições oficiais palestinas terminem com o incitamento contra Israel”.

A comunidade internacional fracassou completamente porque nunca verificou se essas precondições estavam realmente sendo observadas, mas se satisfez plenamente com as promessas de Abbas, e continua a financiar a AP.

Todos os envolvidos no processo de paz estão cometendo um erro trágico ao pressuporem que o incitamento é apenas mais uma questão a ser tratada, como as questões da água, das fronteiras e dos refugiados. Todas essas são assuntos que devem ser negociadas como parte do processo de paz. Mas, enquanto a AP continuar a ministrar essas mensagens de incitamento, claramente não haverá nenhum processo de paz.

É incumbência da comunidade internacional informar a AP que a condição para “trabalhar ” com ela, como declarou Hillary Clinton, é que apague as mensagens de ódio e as substitua pela promoção da paz.

E, até aquele momento, a comunidade internacional deve colocar a AP no ostracismo e isolá-la, assim como faz com o Hamas, e parar de fingir que existe um processo de paz.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mensagem lida na formatura do Curso de Medicina da PUC-PR /2010.




Boa noite a todos!

Hoje estou aqui para prestar uma homenagem ao primeiro, maior e melhor médico da história da humanidade!

Deus é esse médico, o médico dos médicos, e o mais excelente conhecedor do corpo humano. Todas as células e tecidos, órgãos e sistemas, foram arquitetados por Ele, e Ele entende e conhece a sua criação melhor do que todos.

Que médico mais excelente poderia existir?

Deus é o primeiro cirurgião da história. A primeira operação? Uma toracoplastia, quando Deus retirou uma das costelas de Adão e dela formou a mulher.

Ele também é o primeiro Anestesista, porque antes de retirar aquela costela fez um profundo sono cair sobre o homem.

Deus é o melhor Obstetra especialista em fertilização que já existiu! Pois concedeu filhos a Sara, uma mulher que além de estéril, já estava na menopausa havia muito tempo!

Jesus, o filho de Deus, que com Ele é um só, é o primeiro pediatra da história, pois disse: “Deixem vir a mim as crianças, porque delas é o reino de Deus!”

Ele também é o maior reumatologista, pois curou um homem que tinha uma mão ressequida, ou, tecnicamente uma osteoartrite das articulações interfalangeanas.

Jesus é o primeiro oftalmologista, relatou em Jerusalém, o primeiro caso de cura em dois cegos de nascença.

Ele também é o primeiro emergencista a realizar, literalmente, uma ressuscitação cardio-pulmonar bem sucedida, quando usou como desfibrilador as suas palavras ao dizer: “Lázaro, vem para fora!”, e pelo poder delas, ressuscitou seu amigo que já havia falecido havia 4 dias.

Ele é o melhor otorrinolaringologista, pois devolveu a audição a um surdo. Seu tratamento? O poder de seu amor.

Jesus também é o maior psiquiatra da história, há mais de 2 mil anos curou um jovem com graves distúrbios do pensamento e do comportamento!

Deus também é o melhor ortopedista que já existiu, pois juntou um monte de ossos secos em novas articulações e deles fez um grande exército de homens. Sem contar quando ele disse a um homem coxo: “Levanta, toma a tua maca e anda!”, e o homem andou! O tratamento ortopédico de quadril mais efetivo já relatado na história!

A primeira evidência científica sobre a hanseníase está na Bíblia! E Jesus é o dermatologista mais sábio da história, pois curou instantaneamente 10 homens que sofriam desta doença.

Ele também é o primeiro hematologista, pois com apenas um toque curou a coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos e que tinha gastado todo o seu dinheiro com outros médicos em tratamentos sem sucesso.

Jesus é ainda, o maior doador de sangue do mundo. Seu tipo sanguíneo? O negativo, ou, doador universal, pois nesta transfusão, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por todas as pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros, e assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que o recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário FAZER nada, apenas crer e receber!

O bom médico é aquele que dá a sua vida pelos seus pacientes! Ele fez isso por nós!

Ele é um médico que não cobra pelos seus serviços, porque o presente GRATUITO de Deus é a vida eterna!

No seu consultório não há filas, não é necessário marcar consulta e nem esperar para ser atendido, pelo contrário, Ele já está à porta e bate, e aquele que abrir a seu coração para Ele, Ele entrará e fará uma grande festa! Não é necessário ter plano de saúde ou convênio, basta você querer e pedir! O tratamento que ele oferece é mais do que a cura de uma doença física, é uma vida de paz e alegria aqui na terra e mais uma eternidade inteira ao seu lado no céu!

O médico dos médicos está convidando você hoje para se tornar um paciente dele, e receber esta salvação e constatar que o tratamento que Ele oferece é exatamente o que você precisa para viver!

Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode ir até Deus a não ser por Ele.

Seu nome é Jesus.

A este médico seja hoje o nosso aplauso e a nossa sincera gratidão!