sábado, 4 de dezembro de 2010

“Quando o presidente iraniano exige um mundo sem sionismo... encontramos por trás disso as mesmas forças espirituais que lutam contra o Salvador"







“Quando o presidente iraniano exige um mundo sem sionismo... encontramos por trás disso as mesmas forças espirituais que lutam contra o Salvador procedente de Sião”.[1] A situação no Oriente Médio está se agravando. A posição de Israel está cada vez mais ameaçada, os inimigos, sempre mais perigosos e o povo judeu, cada vez mais indefeso.

Esses acontecimentos combinam com os sermões sobre os tempos do fim feitos pelo Senhor Jesus, que disse a respeito de Seu povo e da Sua volta futura: “Porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.8-9).
A atualidade do terrorismo

O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche os corações e as bocas dos terroristas.

“A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade. Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado. Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia” (Sl 10.7-9). Esses versículos não refletem a situação de Israel em sua luta contra o terrorismo? As organizações terroristas dos fundamentalistas islâmicos, como o Hezb’allah e o Hamas, agem exatamente dessa forma. O ódio contra os que têm outra crença (judeus e cristãos) enche seus corações e suas bocas. Uma vontade incontrolável de aniquilar os judeus motiva a sua luta contra Israel. O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad diz frases como estas: “Os EUA são o opressor corrupto deste mundo. Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um conto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”.[2] Ahmadinejad é um seguidor do aiatolá Khomeini, que, por sua vez, disse:

O Islã compromete todos os homens adultos, desde que não estejam fisicamente impedidos, a preparar-se para a conquista de outros países, a fim de que as escrituras sagradas do Islã sejam seguidas em todas as nações do mundo. Quem estuda a guerra santa do Islã entende porque o Islã deseja conquistar o mundo. [...] Já aqueles que nada sabem a respeito do Islã afirmam que o Islã é contra a guerra. Essas pessoas não têm entendimento! O Islã diz: Matem todos os não crentes, assim como eles matariam vocês! Será que isso significa que os muçulmanos cruzariam os braços até que todos (os não-muçulmanos) sejam aniquilados? O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos). Será que isso significa que nós devemos esperar até que (os não-muçulmanos) nos derrotem? O Islã diz: No serviço a Alá, matem todos aqueles que poderiam matar vocês! Será que isso significa que devemos nos entregar ao inimigo? O Islã diz: O que existe de bom, existe graças à espada! Os homens não se tornam obedientes a não ser pela espada! A espada é a chave para o paraíso, que só se abre para os guerreiros santos! [...] Será que isso significa que o Islã é uma religião que impede as pessoas de fazerem guerra? Eu cuspo sobre os tolos que afirmam tal coisa.[3]

As organizações terroristas não trazem opressão e sofrimento apenas para seus inimigos, mas também sobre sua própria população civil: os terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira. Os indefesos não recebem qualquer tipo de misericórdia. Não faz muito tempo que Hermann Gremlitza escreveu: “É raro que os guerreiros de Alá se atrevem a atacar os postos militares de Israel. Não é o soldado que eles querem matar, é o judeu. Infelizmente, o exército israelense também mata civis, mas não porque deseja matar árabes, e sim porque os heróis de Alá gostam de se esconder atrás de suas mulheres e crianças”.[4]

Algumas afirmações de Ahmadinejad, o presidente do Irã: “Israel precisa ser apagado do mapa. O Holocausto é um conto da carochinha. Um mundo sem os EUA e sem sionismo é desejável e um dia se tornará realidade”.

Israel não encontra apoio entre os povos do mundo. Os israelenses são odiados, desprezados, culpados e insultados. Israel pode fazer o que quiser, sempre estará errado. Comparativamente, a situação de Israel hoje é semelhante à situação de Davi: “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida. Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tua misericórdia” (Sl 31.13-16).

Mas as seguintes palavras são consoladoras: “A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar dos meus pés. Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel. De abandonada e odiada que eras, de modo que ninguém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozijo, de geração em geração” (Is 60.13-15).

No fim das contas, Israel só encontrará consolo e futuro em Jesus, o Messias. Quando chegar o tempo de Deus, a Sua bênção irromperá e a salvação chegará. Então eles clamarão: “Tu és meu Deus!”, assim como Tomé ou Natanael (cf. Jo 20.27-28; Jo 1.49). Por meio da volta de Jesus, a glória da face de Deus brilhará novamente sobre Israel.
A atualidade de uma antiga verdade

“O Islã diz: Matem (os não-muçulmanos), derrubem à espada e espalhem (seus exércitos)... O Islã diz: No serviço a Alá, matem todos aqueles que poderiam matar vocês!” (afirmações do aiatolá Khomeini).

O rei gentio Balaque provocou Balaão, ou melhor, subornou-o para que amaldiçoasse Israel: “Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora da terra...” (Nm 22.6). Até hoje a tática do inimigo não mudou. O mundo ocidental é influenciado o tempo todo para ficar contra Israel, a condená-lo e a boicotá-lo. Constantemente ouvimos e lemos relatos nos quais os inimigos de Israel são defendidos e Israel é apresentado como o agressor. Os assim chamados “especialistas em Oriente Médio” tomam a palavra e, quase sempre, fazem comentários parciais e prejudiciais a Israel. Políticos recomendam cautela a Israel, a mídia ataca o Estado judeu. Freqüentemente os produtos judeus são boicotados e terríveis declarações anti-semitas são publicadas. O povo judeu em si tem poucas oportunidades para se justificar, mas seus inimigos são reverenciados.

Porém, na visão de Balaão havia algo que significava bênção para Israel e que garante que Israel nunca desaparecerá. “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos: Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete. Edom será uma possessão; Seir, seus inimigos, também será uma possessão; mas Israel fará proezas. De Jacó sairá o dominador e exterminará os que restam das cidades” (Nm 24.15-19). Se olhar para o Messias de Israel, Jesus Cristo, Israel nunca sucumbirá.

E a profecia “bênção por bênção / maldição por maldição” vale até o fim dos tempos: “Este abaixou-se, deitou-se como leão e como leoa; quem o despertará? Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem. Agora, eis que vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que fará este povo ao teu, nos últimos dias” (Nm 24.9,14).
A atualidade dos últimos dias

Israel está tão indefeso porque busca sua salvação na força militar, em aliados e em compromissos em vez de procurar o Messias: “Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). Israel precisa de conversão interior. A respeito, um comentário de Michael Freund:
Nenhuma solução humana

Temos orgulho de nossas conquistas científicas, do nosso progresso e da nossa coragem no campo de batalha, e com razão. Mas, com o devido respeito: alguma dessas coisas conseguiu impedir a crise atual que enfrentamos? O mesmo pode ser dito a respeito dos nossos políticos. Os de direita nos traíram, os de esquerda nos desencorajaram e nossos inimigos não deram nenhum sinal de que vão recuar. Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus. Isso pode soar bobo ou até ingênuo, mas chegou o tempo de se voltar para Deus. Ao longo de sua história, o povo judeu sempre se dirigiu aos céus quando enfrentava perigos, sacando a arma mais poderosa de que dispomos em nosso arsenal: o poder da oração. Agora é tempo de fazer isso novamente. Agora que nossos inimigos pretendem conduzir uma guerra santa contra nós, não usaríamos o nosso arsenal espiritual?[5]

Os terroristas se escondem em vilarejos, no meio de seus moradores, e atacam os civis inocentes de Israel de forma traiçoeira.

A tribulação que está por vir levará o remanescente de Israel ao arrependimento, o que terá como conseqüência a volta de Jesus: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade” (At 3.19-21).

Humanamente falando, a situação em torno e dentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora. Mas não há motivo para isso, pois a respeito de Israel está escrito: “Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo” (Sl 73.1). E: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mt 12.20-21).

Nunca um país encostado na parede, cercado por perigos e acuado por hostilidades teve tanta necessidade de estender as mãos para receber ajuda do alto e de fora. É tempo de voltar-se para Deus.

Como Igreja de Jesus, enxertada na oliveira nobre (cf. Rm 11.17ss.), façamos o que o Espírito de Deus nos ordena: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do Senhor por todos os seus pecados” (Is 40.1-2). A parábola do bom samaritano contada por Jesus pode nos servir aqui de profecia sobre a história de Israel: “Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar” (Lc 10.30-35).

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Humanamente falando, a situação em torno e dentro de Israel é desesperadora, e a injustiça com que Israel é tratado é de arrancar os cabelos. Se não houvesse um Deus fiel e justo, que cumpre a Sua palavra independentemente de qualquer coisa, a situação seria desesperadora.
O homem que caiu nas mãos dos assaltantes é um símbolo para o povo judeu, que durante milênios sofreu nas mãos dos povos. Os judeus caíram repetidamente nas mãos de assaltantes.
* O caminho que desce de Jerusalém para Jericó aponta para a constante humilhação do povo. Israel permanecerá humilhado em seu caminho até que o Senhor o busque, exalte e leve de volta para Jerusalém.
* Os assassinos/assaltantes são as nações, os terroristas e a mídia hostis aos judeus, que assaltam, roubam e abandonam Israel, para então fugir. “Despojam-no todos os que passam pelo caminho; e os vizinhos o escarnecem” (Sl 89.41).
* O sacerdote e o levita que passam sem olhar, mantendo distância e só pensando em si mesmos, indicam os políticos, religiões e organizações que não se importam com o povo judeu ou conscientemente ignoram a verdade – mas também apontam para o Israel que está sob a lei, na qual não encontra paz, nem redenção, nem tranqüilidade.
* O bom samaritano é um tipo de Cristo que – despercebido, até mesmo rejeitado, pelo Seu próprio povo – tem misericórdia desse povo, vindo até ele para salvá-lo, para curar suas feridas e dar-lhe óleo e vinho, isto é, espírito e vida. “Sara os de coração quebrantado e lhes pensa as feridas” (Sl 147.3).
* O hospedeiro, ou a hospedaria, a quem o ferido foi entregue, representa a Igreja de Jesus. Durante a ausência do Senhor ela deve preocupar-se com Israel. “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus” (Is 40.1).
* A indicação sobre a volta e a recompensa é uma indicação profética a respeito da volta de Jesus. Ele voltará e recompensará aqueles que cuidaram de Seu povo. “O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).

Além dos versículos bíblicos, um guia devocional trazia o seguinte texto num dia dedicado à lembrança de Israel: “Jesus ama Seu povo. Ai de nós, se esquecermos disso! Quem não honrar esse povo, fracassará irremediavelmente. Vejam, a oliveira carrega antigos galhos renovados, até que diante de Deus finalmente se curve toda a terra”

sábado, 13 de novembro de 2010

Muitas vezes os filhos de Deus já se perguntaram se há como reconhecer a direção do Senhor, a vontade de Deus para suas vidas.







Muitas vezes os filhos de Deus já se perguntaram se há como reconhecer a direção do Senhor, a vontade de Deus para suas vidas. Em minha opinião, essa é uma das coisas mais difíceis. Mesmo assim, um cristão pode experimentar a direção do Eterno, de uma ou outra forma.

A seguir vamos meditar a respeito de duas possibilidades que temos para reconhecer a vontade ou a orientação de Deus.

Orientação pela atuação da Palavra de Deus
Um cristão que deseja experimentar a condução de Deus precisa, em primeiro lugar, estar cheio de uma confiança profunda e infantil na Palavra revelada de Deus. Se você procura por certeza absoluta, então nunca deixe de pegar a sua Bíblia! O salmista ora assim: “Ensina-me bom juízo e conhecimento, pois creio nos teus mandamentos” (Sl 119.66). Ele quer receber “juízo e conhecimento”, o que significa receber a orientação divina. Mas como isso acontece? Por meio da Palavra de Deus: “...creio nos teus mandamentos”.

Por que a Palavra de Deus tem condições de permitir que experimentemos a maravilhosa direção do Senhor? Porque não é apenas a palavra do Eterno, mas porque o próprio Cristo é a Palavra! Entretanto, é justamente isso que causa tanta dificuldade a muitos cristãos. Não são poucos os que dizem: “Ah!, se eu pudesse escutar o Senhor assim como os discípulos e tantas outras pessoas O escutaram naquela época – então eu creria mais!” Mas esse argumento não é consistente. Tais irmãos na fé deveriam entender o que significa escutar a Palavra de Deus – então eles perceberiam que a leitura da Bíblia nada mais é que ouvir Jesus falando! O Evangelho de João é muito claro ao falar desse fato: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.1-2,14). Esse texto fala de Jesus – e como Ele é chamado? “O Verbo”! É verdade: Jesus Cristo é o Verbo encarnado de Deus! Por isso o último livro da Bíblia também O trata pelo mesmo significativo nome: “[Jesus] Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus” (Ap 19.13). Mesmo que o Senhor tenha nos dado inteligência e até mesmo Seu Espírito Santo (àqueles que crêem em Jesus), durante a leitura da Palavra de Deus às vezes surgem termos, verdades e contextos que não conseguimos entender, seja parcial ou totalmente. Não são poucos os que enfrentam dificuldades até com a afirmação “o Verbo (a Palavra) se fez carne”. Mas justamente quando encontramos palavras e passagens na Bíblia que não entendemos há somente uma fórmula segura: podemos e devemos crer naquilo que está escrito! Pois a Palavra de Deus é a verdade! Em outras palavras: se você tiver diante de si um texto que não dá para entender, minimize sua inteligência e maximize a sua fé!


Em Jó 8.9 ouvimos Bildade, o suíta, dizer: “Porque nós somos de ontem e nada sabemos...”. Será que nós também não deveríamos confessar isso mais vezes? Não seria tempo de reconhecer que não sabemos nem entendemos muitas coisas? Será que não deveríamos passar a ser cada vez mais honestos nesse ponto? – Se fizermos isso, vamos experimentar uma libertação interna; uma libertação que nos levará à fé infantil!
Em Jó 8.9 ouvimos Bildade, o suíta, dizer: “Porque nós somos de ontem e nada sabemos...”. Será que nós também não deveríamos confessar isso mais vezes? Não seria tempo de reconhecer que não sabemos nem entendemos muitas coisas? Será que não deveríamos passar a ser cada vez mais honestos nesse ponto? – Se fizermos isso, vamos experimentar uma libertação interna; uma libertação que nos levará à fé infantil! Quem reconhece a sua falta de conhecimento verá que sua fé começa a crescer.

A propósito: também nas nossas orações volta e meia somos confrontados com a falta de conhecimento, não é mesmo? Sim, é exatamente assim; por isso o apóstolo Paulo escreveu: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Portanto, quando oramos, confiamos no Espírito Santo, porque no fim das contas somos incapazes de orar da forma que agrada a Deus. É preciso fazer o mesmo quando se trata de verdades bíblicas que não podemos compreender com nossa inteligência. Vamos devotar confiança completa à Palavra de Deus, deixando tudo aos cuidados do Espírito Santo!

Como cristãos renascidos cremos de todo o coração que Jesus é a Palavra encarnada de Deus. Por isso, as afirmações do Antigo e do Novo Testamento nos permitem experimentar constantemente a orientação divina. Pois quando a Palavra do Eterno fala a nós, o próprio Cristo fala conosco. O próprio Senhor confirmou isso quando disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39). Ao falar de “Escrituras”, Ele se referia ao Antigo Testamento e, no meu entendimento, profeticamente também ao Novo Testamento, que seria divinamente completado cerca de cem anos depois de Seu nascimento. E como toda a Escritura Sagrada testemunha de Cristo, a história dos discípulos de Emaús relata: “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, [Jesus] expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24.27). Também nisto Jesus testifica de forma muito clara: na Escritura vocês encontram a Mim. E isso significa: a Escritura fala as minhas palavras; Eu sou a Escritura!


“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”.
Quem ler sua Bíblia com essa fé, receberá por meio da Palavra de Deus uma força permanente, uma indestrutível fonte de bênção. Pois o Senhor Jesus, que é a verdade em pessoa, deu o seguinte testemunho em relação às Suas palavras: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35). Nós, que pertencemos a Jesus, deveríamos confiar e crer muito mais na Palavra de Deus, sabendo que por meio dela podemos e iremos experimentar a Sua orientação! Afinal, a palavra na Bíblia não é “apenas” palavra escrita, mas é o próprio Cristo! Por isso vamos considerar com seriedade a exortação de nosso Pai celeste, que envia a seguinte ordem do céu: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Mc 9.7). Por isso: ouça-O se você quiser experimentar a orientação de Deus. Na prática funciona assim: abra mais a sua Bíblia, leia-a em espírito de oração. Só isso é suficiente para que você trilhe o caminho da salvação de forma sempre nova, que sempre escolha o caminho estreito, pois está escrito: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos” (Sl 119.105). Aqui as palavras maravilhosas falam da orientação divina, pois Cristo, a Palavra encarnada, disse a respeito de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12). Essa é a condução divina experimentada por todos aqueles que dedicam total confiança à Palavra de Deus – isto é, Jesus Cristo!

Alguns exemplos podem esclarecer como experimentar na prática a orientação de Deus na Palavra e por meio da Palavra: há alguns anos, meu pai nos contou que alguém tinha lhe oferecido uma parceria que no fundo girava em torno do dinheiro. Como tinha muitas dúvidas a respeito, ele clamou ao Senhor em sua angústia, abriu a Bíblia e Deus dirigiu seu olhar para as palavras: “...teremos todos uma só bolsa” (Pv 1.14), às quais seguia a advertência: “Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés” (v.15). Essas palavras deram a ele uma resposta tão clara naquele momento, que recusou a parceria sem qualquer hesitação. Mais tarde, as circunstâncias mostraram que essa tinha sido a única decisão correta a tomar.

Talvez agora você se pergunte: podemos usar a Bíblia desse jeito, do mesmo jeito que Wim Malgo fez? Bem, meu pai não forçou a situação para encontrar essa direção, ele simplesmente a recebeu. Em outras palavras: ele experimentou a clara orientação de Deus por meio da Palavra.

Outra experiência da vida do meu pai foi a seguinte: ele e minha mãe viajavam por conta do ministério. Estavam na estrada, a caminho do próximo compromisso, em um carro bastante “velho”. De repente meu pai disse à minha mãe: “Estou me sentindo estranho e com muita tontura; precisamos parar o mais rapidamente possível”. Graças a Deus, depois da curva seguinte havia um espaço para descanso à beira da estrada, onde eles puderam parar. A “tontura” do meu pai piorava cada vez mais. Ele acabara de estacionar o carro quando uma das rodas traseiras se soltou do eixo. Imediatamente eles perceberam de onde vinha a tontura do meu pai: a roda tinha estado a ponto de se soltar. Como o carro não tinha condições de seguir viagem, ele foi guinchado e levado a uma oficina para o conserto. Nesse meio tempo, eles foram obrigados a pernoitar em um hotel. Quando chegaram ao quarto, meu pai espontaneamente pegou a Bíblia e leu a maravilhosa promessa: “Sabei, pois, que o SENHOR separou para si aquele que lhe é querido” (Sl 4.3, RC). Esta palavra confirmou aos meus pais que haviam estado sob a clara orientação do Senhor! Do contrário, o fim da história poderia ter sido terrível.

Tenho certeza de que muitos de nossos leitores já experimentaram situações e proteção semelhantes.

Podemos confiar piamente naquilo que Deus nos diz em Sua Palavra, e assim voltar a experimentar a Sua clara orientação dia após dia. Se o Senhor lhe der uma palavra, não permita que o inimigo a roube de você semeando dúvidas.

Certa vez li algo a respeito em um dos livros do abençoado servo de Deus Oswald Chambers, que cito aqui livremente: “Se você ler uma palavra de Deus na Bíblia ou alguém lhe citar uma afirmação de Deus, e ela atingir seu coração como um raio, por ser uma resposta clara a uma pergunta que você tinha apresentado ao Senhor, então não hesite em crer firmemente naquilo que Ele acabou de lhe dizer. Deixe todas as dúvidas para trás, levante-se e aja de acordo com aquilo que lhe foi dito! Pois Deus falou com você, como se um anjo tivesse descido do céu para lhe dar essas palavras”.


Abra mais a sua Bíblia, leia-a em espírito de oração. Só isso é suficiente para que você trilhe o caminho da salvação de forma sempre nova.
George Müller demonstrou da forma mais clara possível que Deus cumpre a Sua palavra. Afinal, ele dirigiu – somente com base nas promessas da Escritura Sagrada – um orfanato em Bristol, com mais de 2.000 órfãos.

Também há testemunhos de mulheres que confiaram completamente na Palavra de Deus e não foram envergonhadas. Certa vez tive o privilégio de visitar na Holanda uma senhora judia de mais de oitenta anos, crente em Jesus. Ela já havia chegado à fé em Jesus Cristo quando criança e tinha sobrevivido ao Holocausto. Ela me disse o seguinte em relação à Bíblia: “Primeiro, eu sempre leio o que está escrito, depois aceito o que está escrito e em terceiro lugar faço o que está escrito”. Na época mais difícil de sua vida, essa mulher experimentou de forma maravilhosa como Deus a orientava por meio de Sua Palavra. Deus honra a Sua aliança para com aqueles que dedicam sua total confiança à Sua Palavra em qualquer situação, e permite que estes experimentem a Sua maravilhosa orientação. Por que isso acontece?

A Escritura Sagrada é:

•a única revelação de Deus
•a única forma pela qual Deus fala diretamente
•o único apoio inabalável
•a única autoridade infalível.
Só a Escritura Sagrada é:

•digna de confiança
•imutável
•incorruptível.
Por isso podemos experimentar a maravilhosa direção de Deus em nossa vida quando nos apropriamos das palavras e promessas da Escritura Sagrada.

Direção debaixo das vistas de Deus
Uma passagem bíblica que retrata e exemplifica de forma maravilhosa como acontece a direção de Deus em nossa vida está no Salmo 32.8, onde o Senhor diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho”. O Senhor promete aos Seus que vai conduzi-los dirigindo a eles os Seus olhos. Meditando a respeito, lembrei-me do relacionamento cheio de amor entre um pai e o filho que ele vê diante de si. O pai conduz a criança pela mão, enquanto seus olhos vigiam continuamente o filho.

Quando um jovem questionou o Senhor Jesus sobre a vida eterna (Mc 10.17) e confirmou que desde criança cumpria todos os mandamentos (v. 20), lemos: “E Jesus, fitando-o, o amou...” (v. 21). Por que Jesus olhou para ele? Para guiá-lo; para tomá-lo pela mão para que reconhecesse o caminho certo para sua vida. O jovem rico recebeu a oportunidade de ser guiado pelo próprio Jesus. Os olhos do Senhor já pousavam cheios de amor sobre ele – mas o homem não atendeu ao apelo. Que tragédia! É uma prova ilimitada do Seu amor que os Seus olhos repousem sobre nós, para que Ele nos aconselhe e guie desse jeito.


Assim como o pai guia seu filho, Deus também quer nos conduzir pela mão.
Se tomarmos consciência de quão maravilhosos são os olhos que repousam sobre nós, então só podemos adorar, dizendo: que grande Senhor é o nosso! Pois a Bíblia descreve dessa forma os Seus olhos, com os quais Ele quer nos guiar: “A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo” (Ap 1.14). Isso significa que os Seus olhos atravessam a mais profunda escuridão. Nada Lhe está oculto. Quando nós já perdemos qualquer perspectiva há muito tempo, Ele ainda enxerga. O que é totalmente incompreensível para nós, está completamente revelado diante dEle. O salmista tinha plena consciência desse fato quando orou: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (Sl 139.7-10). Sim, o Senhor quer que Seus filhos experimentem Sua direção também dessa forma: Ele os guia à medida que Seus olhos estão sobre eles dia e noite, em todas as circunstâncias de suas vidas, onde quer que estejam. E onde quer que Ele tenha essa oportunidade de guiar, conduzir e aconselhar uma pessoa, ali uma luz brilhará mesmo na mais profunda escuridão. Por isso, não desanime, o que quer que você tenha de enfrentar, ou qualquer que seja a sua situação: o Senhor Jesus, que o conduz com Seus olhos, sempre vê uma saída!

Uma pessoa sobre cuja vida Deus mantém os olhos abertos, que permite que Deus a guie dessa forma, é espiritual. Em outras palavras: a atuação do Espírito Santo é o alicerce da vida dela. O Espírito Santo é também o motor que a impulsiona a fazer as coisas corretas e a escolher o caminho certo. Vamos olhar mais uma vez para o texto de Romanos 8.26, que fala sobre nossa incapacidade na oração e então aborda a ajuda que o Espírito Santo dá: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”. Afinal, por que o Espírito Santo intercede por nós, para que saibamos orar da forma certa? Qual é a Sua motivação? Será que Ele foi encarregado por alguém a fazer isso? Sim, exatamente: o Espírito Santo nos representa na oração da forma como o Pai deseja. É o que vemos no versículo seguinte: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele [o Espírito Santo] intercede pelos santos” (v. 27). Deus, o Pai, quer que oremos de determinada forma. Ele quer nos aconselhar, mantendo Seus olhos dirigidos para nós, e deseja nos guiar conforme a Sua vontade. Então, o Espírito Santo produz essa vontade de Deus em nós.

O mesmo acontece, por exemplo, com o fato de que o Espírito Santo deseja nos guiar em toda a verdade, como diz Jesus. Por que o Espírito Santo quer e faz isso? Porque o próprio Senhor o deseja, porque Seus olhos estão sobre nós e porque Ele deseja nos conduzir em toda a verdade. O Senhor Jesus diz a esse respeito: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade”. Por que o Espírito Santo faz isso? A resposta é: “porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido... porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16.13-14). Quando o Espírito Santo deseja nos guiar “em toda a verdade” isso está relacionado àquilo que o Senhor Jesus quer de nossa vida: “...porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.

São os olhos do Senhor, que descansam incansavelmente sobre nós, que nos guiam e conduzem. Mas é o Espírito Santo que – como um tradutor – nos explica e esclarece a vontade de Deus.


“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos”.
Naturalmente ainda fica a seguinte questão: como o Espírito Santo produz tudo isso em nós? Como acontece esse processo, pelo qual o Espírito Santo nos representa na oração “com gemidos inexprimíveis”? Como Ele nos revela os motivos pelos quais devemos orar? Bem, Ele não chama um anjo do céu para nos entregar uma lista de motivos. Mas como isso tudo funciona de verdade? Não de forma milagrosa ou espetacular, como muitos irmãos certamente já desejaram. Não, o Espírito Santo simplesmente coloca o motivo em nosso coração. Ou, em outras palavras: desperta em nós o pensamento de orar por este ou aquele motivo.

Da mesma forma acontece com a principal incumbência do Espírito Santo, isto é, a glorificação de Jesus em nós e por meio de nós. Jesus diz: “Ele [o Espírito Santo] me glorificará” (Jo 16.14). Isso significa que Ele não fala por meio de uma experiência espetacular e extraordinária. Não, o Espírito Santo faz Jesus crescer em nós. Ele nos impulsiona a pensar nEle. Ele desperta em nós o desejo de ter comunhão com Jesus e a Sua palavra. Ou Ele produz em nós um impulso interior de, por exemplo, fazer uma declaração de amor ao nosso Senhor, como Davi fazia: “Eu te amo, ó SENHOR, força minha” (Sl 18.1). Davi não orou dessa forma porque teve alguma revelação especial, mas porque sentia isso em seu coração. Ele simplesmente ficou com vontade de louvar ao Senhor dessa forma. O mesmo acontece com aqueles que se tornaram propriedade de Jesus. De uma hora para outra nosso coração nos mostra o que devemos fazer ou não fazer.

Os olhos do Senhor voltados para nós e a atuação do Espírito Santo em nós às vezes produzem o desejo de fazer algo ou deixar de fazer outra coisa. Em outras palavras: temos a forte sensação ou até mesmo a certeza de que este caminho é o certo, e o outro, errado.

Mas os olhos do Senhor não repousam sobre todas as pessoas, sem exceção. Da mesma forma, nem todas as pessoas experimentam a atuação do Espírito Santo que descrevemos acima. Há uma condição, que é a seguinte: “Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele” (2 Cr 16.9). Portanto, Deus quer nos ensinar e mostrar o caminho em que devemos andar; Ele quer nos aconselhar, Ele quer dirigir Seus olhos para nós (Sl 32.8) – mas só quando nós também o queremos, quando nosso “coração é totalmente dele”. Somente filhos de Deus consagrados vivem essa direção especial de Deus; só eles experimentam isto: os olhos de Deus sobre eles, a atuação do Espírito Santo dentro deles!

Por isso, certifique-se de que a cada novo dia todos os obstáculos entre você e o Senhor sejam removidos; só assim você experimentará essa extraordinária direção do Senhor! Faça isso, e você experimentará a direção especial de Deus conforme descrita em Isaías 30.21: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele".

A vida e os passos de um cristão renascido se assemelham à caminhada sobre uma corda bamba.







A vida e os passos de um cristão renascido se assemelham à caminhada sobre uma corda bamba. Um filho de Deus não deve pender nem para a direita nem para a esquerda, mas cuidar para manter sempre o equilíbrio. O autor tem grande urgência em falar com você sobre este equilíbrio tão importante para a sua vida de fé.

Há algum tempo li a seguinte notícia:

Falha tentativa de quebra de recorde mundial na Suíça. No sábado à noite, depois de caminhar cerca de 600 metros sobre os cabos de sustentação do teleférico da montanha Säntis, o equilibrista Freddy Nock, de 40 anos, teve de desistir de sua tentativa de quebra de recorde. Por motivos até agora desconhecidos, a vara de equilíbrio escorregou das suas mãos, de forma que ele não pôde continuar. Nock conseguiu segurar-se no cabo e descer imediatamente para o bondinho do teleférico que o acompanhava. O equilibrista Freddy Nock, originário da cidade de Müllheim, no cantão de Thurgau, pretendia subir pelos cabos do teleférico até a estação da montanha. Mas ele só conseguiu percorrer 600 metros.

A sua vida como cristão também não se parece muitas vezes com a caminhada sobre uma corda bamba? O desfiladeiro sem fim se abre debaixo de você, e adiante está apenas um caminho muito inseguro. Como o equilibrista, você sobe a montanha, em direção ao Senhor. Mas você só consegue dar um passo por vez, timidamente, num esforço extremo para não perder o equilíbrio.


O equilibrista teve de desistir de sua tentativa de quebrar um recorde mundial porque tinha perdido a vara de equilíbrio. Você também não conseguirá avançar espiritualmente se perder o equilíbrio entre o legalismo e o mundanismo.
Também para os cristãos é muito importante encontrar o equilíbrio entre direita (legalismo) e esquerda (mundanismo). Nem um, nem outro lado é correto. Só quando você encontrar o equilíbrio é que a glória de Jesus pode ser refletida em sua vida: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Co 3.18). Também 2 Coríntios 2.15 fala algo a respeito: “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem”. Só que essa glória não pode ser obtida por meio de legalismo ou amizade pecaminosa com o mundo, mas apenas se você levar isto em conta: “Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame” (Sl 34.5). Você brilha assim por Jesus?

No momento em que você se sobrecarregar com atitudes legalistas ou brincar com o pecado, a glória sairá de sua vida!

O equilibrista teve de desistir de sua tentativa de quebrar um recorde mundial porque tinha perdido a vara de equilíbrio. Você também não conseguirá avançar espiritualmente se perder o equilíbrio entre o legalismo e o mundanismo.

Legalismo
O legalismo, isto é, a idéia de que é preciso contribuir de alguma forma para a própria salvação, está profundamente arraigado no coração do homem. Isso pode ser visto até mesmo na época dos Atos dos Apóstolos (no tempo da igreja primitiva). Quando o carcereiro de Filipos se abriu para o Evangelho, sua primeira pergunta foi: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). A iniciativa de agir é totalmente humana e permeia todas as religiões. O budismo, por exemplo, exige: “Anule-se para penetrar no eterno nada”. O islamismo ensina: “Cumpra os mandamentos do profeta e Alá terá misericórdia de você”. E a igreja católica diz: “Receba os sacramentos e faça o bem, para ganhar o céu”.

Para nós, seres humanos, é difícil aceitar algo de graça ou não retribuir um presente. Um missionário alemão teve uma experiência dessas: a fim de chamar a atenção para o Evangelho, certo dia ele se sentou no chão no meio de um movimentado calçadão de pedestres. Na sua frente, ele tinha um pote com moedas e uma plaquinha que dizia: “Recebi muitos presentes, por favor, aceite um pouco”. As pessoas passavam e sacudiam a cabeça. Era muito raro alguém criar coragem e tirar alguma coisa do pote. Provavelmente pensavam: “Como assim, simplesmente pegar dinheiro, sem precisar fazer nada por isso? Com certeza aí tem alguma pegadinha. Acho que ele está só querendo se divertir às nossas custas”.


A iniciativa de agir é totalmente humana e permeia todas as religiões. O budismo, por exemplo, exige: “Anule-se para penetrar no eterno nada”.
E o céu? Ele pode ser obtido de forma gratuita! Alguém pagou o ingresso na cruz do Gólgota. Você não precisa fazer nada. Não é preciso jejuar nem praticar exercícios de meditação para satisfazer a Deus. Basta aceitar a oferta!

Mas, infelizmente, muitas pessoas se esforçam; elaboram regras e tentam alcançar a maior perfeição possível. Isso nem mesmo é uma atitude nova. Até na igreja primitiva havia quem defendesse esse conceito: “Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos” (At 15.1). Naquela época, a Igreja de Jesus tinha só alguns anos de idade. Mesmo assim, o fantasma do legalismo já havia conseguido espaço. Mas Paulo se opôs terminantemente a esse processo: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo. (...) Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados. (...) Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2.8,16,20-23). Ainda mais claro é o seguinte texto: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição” (Gl 3.10). O legalismo desvia, pois acaba com a liberdade em Cristo. Até mesmo a glória de Jesus perde o brilho; a graça cede ao mérito próprio. A vida eterna não é mais um presente de Deus, mas uma recompensa pelos próprios esforços.

Mundanismo
A advertência é inequívoca: “Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4). Sendo cristão, brincar com o pecado é perigoso! A corda bamba da fé não permite testes deste tipo: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Sl 1.1-3).


Árvore plantada junto a corrente de águas, assim é aquele que não brinca com o pecado!
Por favor, não se engane: Deus é santo! Ele não vai e não quer aceitar um estilo de vida pecaminoso, mesmo que este seja socialmente aceito e cultivado por certos cristãos. É impossível cruzar a corda bamba da fé nessa falsa liberdade: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

Princípios
Em todo o Antigo Testamento valia a lei que Deus tinha dado a Moisés: “O homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela” (Rm 10.5). “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo” (Dt 27.26). A Antiga Aliança é exigente. Ela diz: “Você deve!”

Já os cristãos são chamados para a liberdade: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17). “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1).

Liberdade
Para a igreja de Jesus vale o seguinte princípio: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). Os crentes da Nova Aliança não estão mais debaixo da lei, mas desfrutam da liberdade em Cristo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). Liberdade é a grande manchete do Novo Testamento: livres da lei, livres da escravidão do pecado, livres para servir a Deus da forma certa! Mas a Bíblia adverte contra a tentação de levar uma vida pecaminosa com a desculpa de viver em liberdade: “Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pe 2.16).

Paulo enquadra a liberdade em Cristo com uma moldura que não deve ser quebrada. Essa moldura se chama amor: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.13-14). O próprio Senhor Jesus também disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Esse amor determina os limites.


Liberdade é a grande manchete do Novo Testamento: livres da lei, livres da escravidão do pecado, livres para servir a Deus da forma certa!
Entretanto, a palavra “amor” não significa o hoje tão banalizado sentimento “eros”, mas: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13.4-7).

Um cristão renascido, que respeita essa moldura, sabe exatamente onde estão os limites. Isso vale em todos os sentidos: nos pensamentos, nos relacionamentos, no trato com o cônjuge e os filhos, no lazer, etc. A Bíblia diz a respeito: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16.13). Assim, a sua pergunta não deve ser o que pode ou não pode ser feito, mas: “Estou permitindo que o Espírito de Deus me guie?” O Espírito de Deus nunca ultrapassa a moldura do amor (como descrita acima). Ele também não dá conselhos contrários à Palavra de Deus.

Quando você aprender a viver dentro da moldura da liberdade em Cristo, o Salmo 34.6 se tornará realidade na sua vida: “Contemplai-o e sereis iluminados”.

Moisés ocultou seu rosto depois de ter recebido a lei. Ele fez isso como símbolo do fato de que o brilho da lei desvanece (cf. 2 Co 3.9-13). A lei escraviza as pessoas. Ela precisa dar lugar a algo melhor, isto é, ao Evangelho, que leva à liberdade: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.14-16).

Liberdade divina
A liberdade só funciona se o direito do próximo for respeitado. Do contrário haverá violência e anarquia. Paulo explica como você pode praticar a liberdade em Cristo no seu dia-a-dia: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.25-27).

O seu relacionamento com Jesus deve ser como o relacionamento de duas pessoas que casam por amor: “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.31-32).

As regras da liberdade
1. Deixar
Duas pessoas que se amam do fundo do coração só têm um desejo: deixar a casa dos pais o mais rapidamente possível. Querem estar com o parceiro que lhes significa tudo. O amor move montanhas. Você também não deixaria seu lar por amor a alguém? O amor já fez pessoas abdicarem de tronos e heranças. E o amor nunca é forçado.

Quando alguém realmente ama, “deixar” não é uma obrigação, mas o mais profundo desejo do coração.

Como cristão, você deveria se perguntar regularmente: “Eu também amo Jesus desse jeito?” Se você fizer isso, abandonar os hábitos, amigos e locais pecaminosos não será mais problemático. Quando o amor ardente por Jesus encher seu coração, esse abandono será um fato. Jesus ocupa o primeiro lugar em sua vida?

2. Unir-se

Pessoas apaixonadas têm muita dificuldade de se desgrudar uma da outra. Você também é tão ligado a Jesus?
Pessoas apaixonadas têm muita dificuldade de se desgrudar uma da outra. Minha esposa e eu muitas vezes fazemos caminhadas no fim da tarde. Recentemente vimos um casalzinho jovem durante um desses passeios. Os dois estavam tão enamorados que não viam mais nada ao seu redor. Abraçavam-se sem querer se largar. Você também é tão ligado a Jesus?

Namorados trocam constantemente torpedos pelo celular, acenam à distância mesmo quando quase não se enxergam mais e conversam horas ao telefone. Você também é tão ligado a Jesus?


Quem está ligado a Jesus não pode estar ao mesmo tempo ligado ao mundo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.24).

Quando fiquei noivo de minha esposa, ela me escrevia muitas cartas. Algumas tinham até doze páginas. Você também é tão ligado a Jesus?

Há pouco tempo, quando visitávamos amigos, o filho do casal se despediu com as seguintes palavras: “Vou dar uma volta com minha namorada”. Depois de uma hora e meia eles ainda não tinham voltado. Você também é tão ligado a Jesus?

Quem está ligado a Jesus não pode estar ao mesmo tempo ligado ao mundo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mt 6.24).

3. Tornar-se uma só carne
O objetivo de qualquer relacionamento é tornar-se um com o outro pela entrega mútua. Você também se entrega assim a Jesus?


“As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8.7).
Quando duas pessoas se entregam uma à outra, isso pode gerar frutos físicos. O mesmo vale para seu relacionamento com Jesus: quando você Lhe dá seu amor e é um com Ele, deve haver fruto espiritual! Paulo escreve a respeito desse fruto: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22-23).

Amor e liberdade são como gêmeos siameses; são inseparáveis. Esta é uma lei divina básica: o amor que se doa sempre pressupõe liberdade de decisão. O amor verdadeiro só prospera onde não há pressão. O amor não pode ser forçado; no máximo pode haver esperança, mas nunca exigência. Quando houver amor, você experimentará o seguinte: “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Ct 8.7).

Você realmente ama a Jesus e está disposto a abandonar tudo, unir-se a Ele e tornar-se um com Ele? Dê você mesmo a resposta a seu Senhor

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A visão do profeta Habacuque; Onde fica essa tal de “Palestina”?






“Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mateus 12.30).

Decididamente, a liderança da Igreja Anglicana e a equipe de editores da revista americana Christianity Today perderam o temor de Deus.

Esses cristãos praticantes (assim como muitos outros) tiveram a ousadia de se posicionar contra a Palavra de Deus, opondo-se ao direito do povo de Deus à terra que o Senhor lhes deu, e trocando o nome dela. Dessa forma, colocaram-se ao lado das forças contrárias a Deus neste mundo.


Fico tremendo só de pensar no que os aguarda.

No dia 6 de fevereiro de 2006, o Sínodo Geral da Igreja Anglicana votou pela retirada dos investimentos aplicados em empresas cujos produtos são usados por Israel na “ocupação ilegal” da Judéia e Samaria. Essa atitude foi tomada em resposta a um apelo do sacerdote “palestino” da Igreja Anglicana de Jerusalém. Ao fazer isso, o sínodo inglês seguiu o exemplo de alguns episcopais americanos, que já haviam tomado a mesma decisão anteriormente. Estes, por sua vez, foram “inspirados” pela decisão pioneira da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, que em 2004 inaugurou esse caminho antiisraelita para o mundo protestante.


Seguindo a decisão anglicana, o ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, no dia em que a vergonhosa decisão foi aprovada na Inglaterra, a revista Christianity Today, de grande circulação, publicou um novo artigo principal em seu site na internet, intitulado “A perturbadora democracia da Palestina”.


Embora seja louvável que o artigo abordasse a difícil condição em que vivem os árabes cristãos nas áreas em que o Hamas teve vitória nas eleições, sua perspectiva era totalmente imprópria para uma publicação que afirma ter uma “teologia baseada na Bíblia”.








O ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.


A localização exata dessa Palestina a que todos esses cristãos se referem continua sendo um mistério. Eu fui procurar esse lugar na Bíblia, mas não consegui encontrá-lo em parte alguma.

Aqui está o que encontrei de fato:

– João Batista pregava às margens do rio Jordão e ali batizava pessoas “no deserto da Judéia” (Mateus 3.1).

– José, o marido da grávida Miriam (Maria), levou-a com ele “da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém” (Lucas 2.4), para participar do censo romano.

– Jesus nasceu em “Belém da Judéia” (Mateus 2.1).

– Ameaçados por Herodes, José e Miriam pegaram o menino e fugiram para o Egito, onde foram instruídos – após a morte de Herodes – a voltar “para a terra de Israel” (Mateus 2.20).

– Jesus cresceu em Nazaré, na Galiléia. Durante Seus três anos e meio de ministério, Ele curou pessoas e ensinou na Galiléia e na Judéia, passando por Samaria (João 4.3).

– Os discípulos foram comissionados por Jesus para serem Suas testemunhas “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).

– As primeiras igrejas foram fundadas na “Judéia, Galiléia e Samaria”, onde [os discípulos] andavam “no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, [e cresciam] em número” (Atos 9.31).

O Novo Testamento – seja nos Evangelhos, nas narrativas sobre os primórdios da Igreja ou nas epístolas escritas às primeiras comunidades cristãs – não menciona nenhum lugar chamado “Palestina”.

No Antigo Testamento, existe uma única ocorrência de uma palavra para designar a região de “Peleshet”. Sete versões da Bíblia traduzem essa palavra como “Filístia”. Só a versão King James traduz “Peleshet” como “Palestina”*.


A maioria das versões concorda que a tradução deveria ser Filístia, porque se refere às terras dos filisteus – um povo hoje extinto.







Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra. Foto: Catedral de Hereford.



Os palestinos também são um povo que não existe. Não que tenham sido aniquilados por alguém, mas sim porque nunca existiram. Os que hoje se identificam como palestinos são simplesmente árabes – membros da grande nação expansionista que atualmente ocupa a maior parte do Oriente Médio.


Foram os romanos, depois de empreenderam uma guerra genocida contra Israel e de arrasarem Jerusalém, que deram o nome de Palestina à terra de Israel, em homenagem aos antigos inimigos dos israelitas, como um último ato de desprezo pelos judeus conquistados.


É claro que tudo isso é de pouco interesse para aqueles elementos da comunidade cristã que se recusam a aceitar o retorno do remanescente judeu à sua pátria ancestral, em cumprimento à profecia bíblica. E eles estão ensinando os membros de suas congregações e seus leitores a serem tão ignorantes quanto eles mesmos.


Segundo o site da Igreja da Inglaterra, cerca de dois milhões de pessoas participam mensalmente dos cultos dessa denominação, enquanto quase um milhão de crianças estudam em escolas anglicanas. Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra.


A Christianity Today, que afirma ter mais de dois milhões de leitores – embora, provavelmente, alcance muito mais que isso via internet – descreve sua missão com estas palavras: “Envolver, encorajar e capacitar a igreja no mundo inteiro, mostrando a profundidade e o poder transformador do Evangelho, na forma como ele permeia todas as esferas da vida”.


Com artigos como esse que publicou recentemente, a Christianity Today está capacitando seus leitores a se colocarem contra Israel e ao lado do mundo.

Por mais bizarro que isso possa parecer, a Igreja Anglicana e a Christianity Today estão agora alinhadas com o Hamas, e servindo aos propósitos do islã. (Stan Goodenough – extraído de www.StanGoodenough.com - http://www.beth-shalom.com.br)


* Também em português, sete versões traduzem “Peleshet” como “Filístia”. Apenas a Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa a palavra “Filistéia”. (N. da T.)
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, abril de 2006.



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Prof.Pr.João Batista.Vejam os meus bloggers: http://inteligenciasensivel.blogspot.com/ e http://joaobatistacientistapolitico.blogspot.com/ e http://ufoaverdadeoculta.blogspot.com,http://ccbcongregaçãocristanobrasil.blogspot.com

A Visão do profeta Habacuque‏







"Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Violência! E não salvarás? Hab.1:2

Começaremos esta meditação com uma pergunta.
Que essas palavras significam?

Para responder a isso seria muito esclarecedor para contemplar todo o contexto a partir do início.

"Porque razão me fazes ver a iniqüidade e ver a vexação? Porque destruição e a violência estão
diante de mim, há também quem suscite a contenda e o litígio." Hab.1:3.

A chave para entender isto é considerar o que Habacuque viu, como ele disse ao Senhor, porque me faz ver!

No versículo que estamos examinando, o profeta diz respeito eu vou continuar. E o que ele está dizendo, está prestes a subir para as alturas espirituais, justamente porque ele usa uma figura de linguagem que corresponde ao mirante, subimos a uma torre de observação de observar que a partir do nível mais alto não pode ser visto abaixo.

Este homem faz a determinação, para dizer o suficiente para viver, pensar e agir como um homem natural, eu preciso ver as coisas através dos olhos de Deus, eu preciso de uma resposta, eu preciso nova revelação de seus propósitos, para guiar-me pelos meus sentidos naturais que dizem-me. A partir de agora eu quero ver tudo o que acontece na minha vida através dos olhos de Deus. Eu quero de agora em diante, usar a habilidade que Deus me deu de ser uma águia para voltar para as alturas espirituais.

É provável dele ter lembrado da promessa do Senhor DE QUEM ESPERA NO SENHOR, eles voaram como águias! Ou talvez me veio à mente essa promessa Senhor fala de paz para os Seus santos PARA NÃO VOLTAR À LOUCURA! Sem dúvida, este homem agarrou-se a promessa de que vai buscar e Me buscar de todo o o vosso coração. E isso porque esse homem, obterá uma resposta de Deus, obter uma visão e compreensão de que tudo o que aconteceu em torno para além do controle de Deus, o entendimento de que Deus tem um propósito eterno, que abrange tudo absolutamente, tudo. Habacuque conseguia entender o que muitos "cristãos" não podem compreender hoje, e isso é tudo boa cooperação com Deus.

Imagine que Habacuque está dizendo que CANCELO, violência, corrupção em torno de mim, eu cancelei, a invasão dos caldeus que se avizinham, que ridícula e tremenda frustração se Habacuque tivesse caido ou desviado como tantos "cristãos" de hoje fazem em dia, por todas estas práticas que parecem aparência de uma fé que atua, não mais que uma amostra de arrogância que a Palavra de Deus como caracterizaria grande parte de uma cristandade apóstata.
Este homem recebe uma resposta, que afetam não só a visão que teve dos acontecimentos, mas que afetam drasticamente as prioridades de sua vida, e declara que como um resultado do seguinte:

"Oh Senhor, eu ouço a sua palavra, e eu temo. Ó Senhor, aviva tua obra no meio dos tempos, no meio dos anos a notifica, na ira lembra da misericórdia. "Hab 3:02
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, ainda que sem o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento, as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor Deus é minha força, e fará os meus pés como da corça, e me fará andar sobre as minhas alturas. "Hab 3:17-19

Síntese de tudo sobre esta experiência de Habacuque com estas palavras:
"Eis que a sua alma se incha, não é reta nele (com orgulho), mas o justo, pela sua fé,viverá". Habacuque 2:4

O Justo vive pela fé, pela fé que um dia você recebeu como um dom do alto, não deve extinguires jamais, essa fé o guardará, e lhe preservará de se endurecer e apostatar.

"que, mediante a fé, estais guardados pelo poder de Deus, através da fé para a salvação preparada para ser revelada no último tempo.
Nisto exultais, embora agora por um pouco, se necessário, você foi afligido por várias provações, que testou sua fé, mais preciosa que o ouro perecível, que ainda é provado pelo fogo , ser encontrado para louvor, glória e honra quando Jesus Cristo for revelado. "1 Pedro 1:5-7
E esta fé não a de extinguir-se jamais, porque é sustentada por intercessão do nosso Sumo Sacerdote, o Senhor Jesus Cristo.
"E o Senhor disse: Simão, Simão, eis que Satanás pediu para vos peneirar como o trigo, mas eu orei por ti, para que tua fé não desfaleça: e você, uma vez mais, fortaleça os seus irmãos." Luc.22:31-32
O Senhor prometeu a Pedro apesar das duras provas que têm de atravessar sua fé não se extinguiria, o próprio Senhor iria pedir para que não acontecesse.

O Justo viverá pela fé essa foi a grande mensagem profética de Habacuque recebida, e que realmente é lembrado pelo Espírito Santo na Epístola aos Hebreus.

"O justo viverá pela fé, ou da fé;" e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a salvação da alma. "Heb. 10:38-39
Note estas explicações desta declaração! Não somos os que retrocedem para a perdição, mas daqueles que crêem para a salvação da alma.

FÉ, de você se jogar nos braços de Deus
FÉ, que te fará olhar as coisas ACIMA.
FÉ, que te fará atuar em conseqüência, e brilhar em uma geração corrompida e perversa.
FÉ, que te sustentará no meio da escassez.
FÉ, que te fará voar como uma águia, para as alturas espirituais assim como fez Habacuque.

sábado, 1 de maio de 2010

Uma reportagem dizia dessa flor peculiar:“Planta sionista






“Planta sionista” foi como os pesquisadores chamaram uma variedade de dente-de-leão recentemente descoberta no deserto israelense. Sua estrutura celular se assemelha à estrela de Davi. Seu nome científico é “ranunculus asiaticus”.

Uma reportagem dizia dessa flor peculiar:

Ela é conhecida como especialista na arte da sobrevivência e cresce de forma selvagem em Israel, num clima que mataria muitas outras plantas. Estamos falando do dente-de-leão persa. Ao examinar o “ranúnculo asiático” sob o microscópio, uma surpresa esperava pelos pesquisadores do Instituto Volcani de Israel: sua estrutura celular tinha o formato da estrela de Davi.


O ranunculus asiaticus.



“É realmente simbólico”, declarou a Dra. Rina Kamenetsky, que se defrontou com a curiosa formação celular ao pesquisar os mecanismos de sobrevivência dessa flor incomum. Essa espécie vegetal da Terra Santa também é conhecida nos meios botânicos como “planta da ressurreição”, que sobrevive sem água e “desperta” quando volta a chover, diz Kamenetsky.

As paredes das células reservatórias servem de escudo protetor. Por ocasião das primeiras chuvas no inverno, as membranas celulares bloqueiam o repentino excesso de água, que poderia romper as células, mas permitem que elas absorvam o suficiente para que estas não ressequem. Essa “armadura” é semelhante a uma estrela de Davi, que em hebraico se chama “escudo de Davi” (Magen David).

“Até hoje não vimos uma estrutura assim em outras membranas celulares vegetais”, comentou Kamenetsky. “Ela é muito rara – talvez única”.

Israel em clima inóspito
Sem dúvida, essa planta é uma ilustração maravilhosa da resistência de Israel! Os judeus viveram e vivem em um clima hostil. Durante a Diáspora (Dispersão), em perseguições, sofrendo desprezo e rejeição, e mesmo depois de sua volta à própria terra, eles sempre estiveram cercados de inimigos, de ódio e guerras. Assim como a “planta da ressurreição”, os judeus também demonstraram ser mestres na arte da sobrevivência. Foram privados das fontes de água, excluídos de agremiações, organizações e corporações, expulsos de cidades e Estados, expropriados de seus bens, mas sobreviveram e floresceram.

Israel é indestrutível
Onde qualquer outra planta morreria, o “taraxaco”, como essa flor também é conhecida, sobrevive e floresce. Podemos mais uma vez compará-la com Israel. Qualquer outra nação que estivesse dispersa durante quase dois mil anos por todos os continentes e exposta a um clima tão adverso não teria sobrevivido nem conservado seu idioma, sua cultura e sua identidade nacional. Mas o povo de Israel é diferente – ele sobreviveu, ele vive e viverá. Israel é um milagre! Nações vieram e se foram, tiveram um grande nome e depois desapareceram – muitas vezes em poucos séculos. O povo judeu sobreviveu a todas elas. Em Deuteronômio 14.2 está escrito: “Porque sois povo santo ao Senhor, vosso Deus, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.”

A prosperidade do povo de Israel
Assim como essa flor é conhecida nos meios acadêmicos como uma espécie de “planta da ressurreição”, Israel tornou-se conhecido entre os povos como “povo da ressurreição”. Durante séculos os judeus estiveram nos “sepulcros” das nações (veja Ez 37). Eles tinham se tornado um povo ressequido, a ponto de serem comparados a ossos sequíssimos (veja Ez 37.1-4), mas quando voltaram à sua terra, na região do Rio Jordão e do Lago de Genesaré, começaram a desabrochar. Israel “ressuscitou”, pois voltou a ter vida, superou as adversidades e fez a terra frutificar. Fisicamente Israel já reviveu, mas espiritualmente ainda não. Cumpriu-se o que está escrito em Amós 9.14-15: “Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus”.


O núcleo de cada floco de neve é
enfeitado com a estrela de Davi.



Israel é único
Os cientistas afirmaram acerca da “flor da ressurreição”: “Nunca encontramos semelhante estrutura em membranas celulares de outras plantas... Essa é uma estrutura muito rara – talvez única”.

Essa descrição não poderia ser mais adequada ao povo de Israel, que realmente é singular. A passagem de Isaías 66.8 proclama que Israel é especial: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”.

Israel sob o microscópio
Assim como os pesquisadores descobriram o segredo do dente-de-leão apenas através do microscópio, nós também precisamos olhar pelo “microscópio” da profecia bíblica para entender o milagre que é Israel. Se observarmos Israel a olho nu, esse milagre permanecerá oculto. Somente através da Palavra de Deus a maravilha que é Israel se desvendará diante de nossos olhos, e somente pela Bíblia podemos avaliar corretamente o povo judeu. Essa será uma grande surpresa para o mundo, que costuma ver Israel apenas com olhos humanos. Deus não arranca aquilo que plantou e não permitirá que a semente de Israel pereça: “Assim diz o Senhor: Se a minha aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não mantiver as leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua descendência quem domine sobre a descendência de Abraão, Isaque e Jacó; porque lhes restaurarei a sorte e deles me apiedarei” (Jr 33.25-26).

O Deus de Israel
Israel é um povo único e singular porque um Deus único e singular é fiel às Suas promessas. As pessoas já teriam quebrado suas promessas há muito tempo, mas a Bíblia diz: “...que deus há, nos céus ou na terra, que possa fazer segundo as tuas obras, segundo os teus poderosos feitos?” (Dt 3.24). Ela também afirma: “Que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?” (Dt 4.7).

O escudo de Davi
O segredo da sobrevivência do “ranunculus asiaticus” é o “escudo de Davi”, que circunda e protege suas células. O segredo da sobrevivência de Israel é o Davi celestial, o Messias de Israel, Jesus Cristo. O salmista diz que Ele é “o Senhor, nosso auxílio e escudo” (Sl 33.20). E, por Seu amor, Israel não perecerá. A realidade desse amor de Deus por Seu povo não poderia ser descrita mais adequadamente do que através das palavras do profeta Oséias: “Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano. Estender-se-ão os seus ramos, o seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrância, como a do Líbano. Os que se assentam de novo à sua sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano. Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o cipreste verde; de mim procede o teu fruto” (Os 14.5-8).

A estrela de Davi
O escudo protetor das células dessa planta tem o formato da estrela de Davi. Isso deve ser um consolo para todos os amigos de Israel que usam uma estrela de Davi em solidariedade a Israel e como identificação com seu Messias, Jesus. A estrela de Davi não tem origem ocultista. Ela já aparece na criação, e o próprio Deus a formou, colocando-a em uma flor e enfeitando o núcleo de cada floco de neve. Mesmo que muitos usem esse símbolo para fins ocultos, isso não deve nos perturbar. Para nós a estrela de Davi é mais uma referência à fidelidade de Deus para com Seu povo Israel. Quando Balaão pretendia amaldiçoar o povo judeu, mas pela vontade de Deus foi obrigado a abençoá-lo, profetizou: “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24.17).

Devemos confiar plenamente nas promessas de Deus, pois está escrito: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23).

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mentiras e Distorções A Serviço Do Jornalismo (?)



Mentiras e Distorções A Serviço Do Jornalismo (?)

O jornal O Globo, contumaz crítico de Israel, volta a carga contra o país. Desta vez através de distorções e tirando informações de contexto, consegue transformar um roubo em um caso de censura, a fim de fazer comparações absolutamente desproporcionais (não é esta a palavra que a mídia tanto venera?) com nações ditatoriais como Cuba, China e Coréia do Norte.

Para enviar críticas e comentários ao Globo basta clicar nos e-mails que constam ao final da íntegra do texto


No dia 07/04, o Globo em sua versão impressa, publicava o seguinte texto: "Imprensa Israelense dribla a censura para noticiar prisão de jornalista".

O caso segundo o primeiro parágrafo do Globo, é o seguinte: "O mais recente e polêmico caso de censura em Israel está levando alguns críticos a compararem o país a ditaduras como Cuba, China e Coréia do Norte. Há quatro meses, a mídia israelense não pode noticiar a prisão da jornalista Anat Kamm, de 23 anos, por supostamente ter copiado milhares de documentos secretos do Exército. Uma ordem judicial – impetrada a pedido dos serviços de segurança, sob a alegação de que o caso põe em risco a segurança nacional – impede que a imprensa toque no assunto".


Comecemos pelo príncipio. Formidável que quando supostamente se acusa o Mossad de ter matado um terrorista em Dubai, está foi a única vez em que o termo "supostos" não foi usado na manchete e no texto do jornal. Quando palestinos atiram mísseis são supostos. Quando algum terrorista se explode é um "suposto terrorista". Somente ações do exército israelense e afins não merecem o tal e estranho benefício da dúvida. Aqui quando a própria ladra já assumiu o crime e inclusive parte dos documentos foi retornado ao exército, aparece a palavra SUPOSTAMENTE. Supostamente o que, cara pálidas? Alguém pode me explicar se não for pedir muito?

Segundo: seria Kamm realmente uma "jornalista"? Não existem cursos universitários de jornalismo em Israel (há, isso sim, cursos de comunicação, mas eles não são exigência para quem quer trabalhar como jornalista). Jornalista lá não é profissão regulamentada. É o que a pessoa faz. E pode ser que ela seja PhD em história ou pode ser que ela tenha saído anteontem do Exército. O ser ou não ser jornalista, é arbitrário, e vai muito de considerar no que ela realmente está atuando. Além disso, o fato de ser jornalista, significa que vale tudo, inclusive furtar documentos? Ser ladra? Cade a ética? Tudo é justificável, inclusive por a vida de concidadãos em perigo em troca da fama?

Mas o fato é que Kamm, além de meia dúzia de artigos menores para um portal israelense, nunca escreveu nada de relevância, e seu roubo foi realizado não quando ela atuava como jornalista, mas sim traindo as funções a que foi designada no exército, que eram todas, menos de ser jornalista e - obviamente - ladra.

Vejamos o que o próprio Globo relata de forma discreta, mais abaixo da matéria:

"Anat Kamm foi detida em dezembro, acusada de espionagem. Ela teria copiado documentos quando cumpria os dois anos de serviço militar obrigatório, em 2007 e 2008. Kamm fora secretária no quartel-general do Exército. A papelada teria sido “vazada” ao jornalista Uri Blau do “Haaretz”, que fugiu para Londres".

Kamm era secretária no quartel general do exército e surrupiou documentos. Ela não era jornalista. Não estava atuando como uma. Não está sendo perseguida pelo país ou pelo exército pela liberdade de expressão, mas sim por espionagem, por ter vazado documentos e por ter posto a segurança do país em risco.

É o absurdo dos absurdos comparar tal situação com a de regimes ditatorais acima citados, onde a supressão de informações é para esconder torturas e violações de direitos humanos. Aqui, o caso foi posto em segredo o tempo suficiente para tentar se recuperar os dados e impedir que com a divulgação, grupos hostis a Israel, chegassem a Uri Blau na Inglaterra e roubassem ou negociassem tais documentos.

Se Israel realmente agisse como tais nações, um roubo destes não sairia tão barato. Possivelmente a esta altura, tanto Kamm como Blau já não pertenceriam mais a este mundo, e muito provavelmente jamais a imprensa sequer tomaria nota de um caso desses. Vou além: em muitas democracias do mundo (não ditaduras), em nome da segurança nacional, a "queima de arquivo" seria feita no silêncio. É a distorção de sempre. Israel age dentro do limite da ética que lhe é possível, tenta negociar o retorno de mais de dois mil documentos furtados que mostram posicionamento de tropas na região de Judéia e Samária, além de outras informações vitais, e o país é comparado a Cuba, Córeia do Norte, etc...

Óbvio que o Globo apóia sua opinião em "alguns especialistas" como fala no corpo do texto: "O mais recente e polêmico caso de censura em Israel está levando alguns críticos a compararem o país a ditaduras como Cuba, China e Coréia do Norte".

Quem é o crítico? UM ilustre desconhecido, como mostra a sequência da matéria: "“Que tipo de país aceita que seus serviços de inteligência domésticos detenham uma jornalista e a mantenham presa secretamente?”, escreveu o blogger americano Richard Silverstein, em Seattle. “China? Cuba? Coréia do Norte? É isso que Israel almeja? Ser igual a países governados por déspotas?”

Patente também que a escolha de um blogger com sobrenome tipicamente judaico não foi por acaso. É a opinião do Globo vendida como informação. Até onde vai a manipulação?

Porque “Apelos” são perigosos e não Bíblicos.






Porque “Apelos” são perigosos e não Bíblicos.

O apelo religioso é a prática de convidar o ouvinte de uma mensagem evangélica, á tomar uma decisão de aceitar Cristo como seu salvador. Normalmente o apelo é dado depois de um sermão, seguido por um hino com tons emocionantes, que é interrompido pelo pregador ou pastor com sugestões tristes ou com certa ameaça de juízo e perdição eterna. É um momento de decisão a favor ou contra salvação oferecido por Cristo.

O apelo apareceu nas Igrejas Batistas mais ou menos no ano 1820, depois de seguir o costume de um Presbiteriano chamado Charles G. Finney. Charles Finney era um “Pelagiano” e acreditava que a queda do homem não resultou em morte espiritual, e sim causou “dificuldades” ao homem em chegar até Deus. O que será que as Igrejas fizeram estes primeiros mil e oitocentos anos sem um apelo? D.L. Moody refinou o apelo e ensinou ao campeão moderno do apelo, Billy Graham, disse em seu livro “O Crente”, que o apelo é “psicologicamente aprovado”.

George Whitfield provavelmente o maior evangelista de todo tempo nunca usou um apelo, nem Charles Spurgeon, que debaixo do seu pastorado se converteram mais pessoas do que qualquer outro pastor na história, usou apelo.

A Bíblia não ensina o uso de apelo. Atos 2.36,37 diz que três mil pessoas se uniram á Igreja, e isto sem apelo. Em nenhum lugar no Novo Testamento achamos a menor menção de algo parecido com um apelo.

1. O apelo contradiz a doutrina Bíblica de depravação, ou inabilidade do homem.

a. Ef 2.1 diz que o homem está “morto em seus delitos e pecados”. Um homem morto espiritualmente não pode fazer nada espiritual. Nem o desejo de ser salvo ele pode ter! Está morto!

b. Jo 6.44 diz que “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer;”. Nem um homem pode ou tem poder para ir até Cristo.

2. O apelo contradiz o que a Bíblia dá como a ordem na salvação.

Jo 3.3 nos ensina que se o homem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Regeneração antecipa conversão. É o novo nascimento que habilita o homem a confiar e crer em Cristo.

3. O apelo contradiz o meio em que o homem chega á Cristo.

a. A salvação não vem por nenhum ato físico. A ordem para o homem perdido é crer. Jesus disse “Vinde a mim”. Cristo não está fisicamente presente no mundo hoje, então o que seria “vem a mim”? Através do Espírito de Deus, implantado no coração do homem, é que o perdido “vem a mim”. Ele recebe vida através do Espírito Santo, e neste momento ele crer e já está salvo! Daquele momento em diante, ele está prestando um testemunho da sua salvação, e não o desejo de ser salvo!

b. Ef 2.8,9 A salvação é um dom de Deus. Não é de obras! Rm 11. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.

c. Fl 1.29 “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,”. Os que serão salvos, serão salvos através de uma ordem divina, e não humana, determinado por Deus e não pelo homem.

4. Rouba a efetividade e autoridade da Palavra de Deus.

a. Tiago 1:18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”

b. Romanos 10:17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.

Por mil e oitocentos anos a Igreja de Jesus Cristo não usou o apelo para conduzir os perdidos á Cristo até que o homem finalmente decidiu que era necessário, porque achava que o crescimento da Igreja era menor que devia ser. Como os homens são egoístas e soberbos! Querem ajudar Deus transformar o homem, como se Deus precisasse de alguma contribuição carnal!

Com música suave e tons tristes, junto com relatos dos horrores da morte e juízo eterno que lhes espera, muitos homens, desejando fugir destas ameaças, correm para o que pensam ser necessário para salvação, um decisão na Igreja. O que decidiram mesmo?

Por Que Precisamos de um Salvador






Diz-se que o ser humano possui três necessidades básicas: alimento, vestes e habitação. Estas são, com certeza, necessidades humanas básicas. Todavia, existe uma necessidade vital que evidentemente está fora da lista. “Qual é essa necessidade?” — talvez você pergunte. Ora, é a necessidade de um Salvador; é a necessidade de crer em Jesus Cristo e de se render a Ele.

Espero que você pergunte a si mesmo: "Por que eu preciso crer em Jesus Cristo?” Render-se a Cristo é, antes de tudo, um passo muito elevado. Por que você deve fazê-lo? Por causa do pecado. Todos nós somos pecadores, e Cristo veio para salvar os pecadores. Você é pecador, e Jesus pode salvá-lo.

Para que entendamos melhor, voltemos ao passado, a Davi, o rei de Israel, que nos ensinará a respeito do pecado. Davi é uma pessoa bem qualificada a fazer isto, porque ele mesmo foi um grande pecador. Ele cometeu adultério com Bate-Seba, a esposa de outro homem. Davi a contemplou, cobiçou-a e a tomou para si — atitudes más aos olhos de Deus. E o pior de tudo foi que ele abusou de sua posição como autoridade sobre o esposo de Bate-Seba, ao tentar enganá-lo; e, depois de haver falhado nisso, assassinou aquele homem.

Concluímos, assim, que Davi foi um grande pecador — e, neste aspecto, o mais vil dos mais vis pecadores. Mas, apesar disso, ele possui uma grande percepção no que se refere às obras do pecado no coração do homem. Deus outorgou a este rei do antigo Israel um entendimento tão exato e profundo, que ele é capaz de explicar o nosso íntimo para nós mesmos. Ele nos oferece uma percepção mais valiosa do que todos os livros sobre terapia de comportamento que existem no mercado, hoje.

Imagine Davi assentado em seu palácio real, em Jerusalém: um rei de caráter forte e enérgico. Muitas vezes, como guerreiro, ele lutou e venceu com uma simples batalha. Apesar disso, este homem valente e dinâmico poderia estar chorando, quando escreveu as palavras deste salmo. Seus olhos estavam vermelhos, e suas bochechas, listradas pelas lágrimas escorridas. O que ele estava escrevendo em um tablete de cera, utilizando um pedaço de osso ou uma lasca de madeira? Era uma carta pedindo perdão à família do homem que ele assassinara? Não era. Talvez era um aviso para Bate-Seba, sua companheira no adultério, dizendo-lhe que o filhinho deles morreria? Não. O rei Davi estava escrevendo para Deus, e suas palavras iniciais foram as seguintes:

Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.

Este é um dos mais admiráveis diagnósticos do pecado! Nestas palavras, vemos com muita clareza, por que necessitamos de um Salvador. Consideremos estas palavras sob três títulos: Um Reconhecimento do Pecado, Uma Descrição do Pecado e o Perdão do Pecado.

Reconhecimento do Pecado

As palavras que Davi utilizou nesta passagem são as três mais comuns para descrevê-lo: “transgressões”, “iniqüidade” e “pecado”. Ele não estava apenas multiplicando palavras, tendo o propósito de encher espaço. Cada uma destas palavras tem um significado distinto, e desejamos considerá-las uma a uma.

Isto o deixa impaciente? Você acha que estou dizendo que você não se interessa por minúcias teológicas ou pelas variações exatas do significado? Suponha que você estivesse seriamente enfermo e que, ao procurar seu médico, ele lhe dissesse: “Quero explicar-lhe a sua doença: ela é constituída de três ou quatro componentes; e você precisa conhecer claramente cada um deles”. Você responderia: “Doutor, não tenho tempo para isso. Não tenho interesse em detalhes médicos. Conte-me apenas o fator mais importante”? É claro que não. Você desejaria ouvir tudo que ele tinha para dizer-lhe. Não gostaria de perder nada, para que soubesse com exatidão o que estava errado com você. Ora, Davi é o doutor de sua alma. Não seja impaciente para com o diagnóstico dele. Esteja atento ao que significa cada uma destas palavras, bem como à ordem em que elas foram utilizadas; tanto o significado quanto a ordem são importantes.

Primeiramente, Davi falou: “Minhas transgressões”. Esta é a palavra mais forte. Ela significa “libertar-se” ou “apartar-se” de Deus. Foi utilizada, por exemplo, para referir-se a uma rebelião contra um superior. Em 1 Reis 12.19, lemos: “Assim, Israel se mantém rebelado contra a casa de Davi, até ao dia de hoje”. Aqui aparece a mesma palavra — “Israel transgrediu contra a casa de Davi”. Davi era o senhor e o governador deles; mas os israelitas libertaram-se da autoridade de Davi. Esta palavra é utilizada algumas vezes no ambiente doméstico. Deus falou sobre o Israel desobediente: “Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados [transgrediram] contra mim” (Is 1.2). Podemos imaginar a figura de um adolescente empurrando para o lado os braços amáveis com os quais o pai tentava envolvê-lo. Esta palavra expressava um pecado particularmente ímpio e ordinário. Em Jó 34.37, lemos a respeito de alguém que “ao seu pecado acrescenta rebelião” (transgressão).

Esta foi a primeira palavra que Davi utilizou. Ele estava mostrando como se envergonhava da maneira como havia se rebelado contra os mandamentos de Deus. Deus havia dito: “Não adulterarás”; Davi, porém, tinha ignorado este mandamento. Deus havia dito: “Não dirás falso testemunho”, Davi tinha se afastado deste mandamento. Deus havia dito: “Não matarás”; Davi tinha quebrado este mandamento. Com a palavra “transgressões”, ele estava reconhecendo isso. Estava dizendo: “Senhor, eu desprezei a tua mão; libertei-me de teus braços amáveis; rejeitei a tua autoridade; fiz a minha própria vontade. Estas são as minhas transgressões”.

No entanto, Davi não parou aí; ele prosseguiu, dizendo: “Minha iniqüidade”. Enquanto refletia e orava, Davi compreendeu que havia mais coisas erradas em sua vida, além de seus pecados de adultério e de assassinato. Ele começou a olhar para o seu íntimo, o seu coração, a sua mente e a sua alma. A palavra “iniqüidade” significa “curvatura”; refere-se a alguma coisa que foi curvada ou distorcida. Davi estava dizendo: “Eu não fiz somente estas coisas, mas, em meu coração, sou hipócrita, errante. Meus pensamentos têm sido impuros, e meus propósitos, vergonhosos. Onde eu deveria ter sido sincero e puro, fui desonesto e perverso. No mais íntimo de meu ser, fervilham coisas vis que amam viver e se desenvolver nas trevas profundas. Esta é a minha iniqüidade. Sou um homem perverso e trapaceiro”. Este é um quadro desolador. Davi não era apenas um rebelde; era também um hipócrita enganador.

Mas Davi não parou aí. Ele prosseguiu, dizendo: “Meu pecado”. A palavra “pecado” significa apenas “errar o alvo”, quando alguém está atirando em um objeto. Significa ficar aquém do objetivo que alguém estava almejando. Juízes 20.16 refere-se a “setecentos homens escolhidos, canhotos, os quais atiravam com a funda uma pedra num cabelo e não erravam”. “Erravam”, aqui, é a mesma palavra “pecado” no texto que estamos considerando.

Você percebeu como o entendimento de Davi a respeito de si mesmo se aprofundou? Ele começou com seu pecado visível, que todos contemplaram. Em seguida, ele passou para as obras distorcidas e secretas de seu homem interior. Mas agora esquadrinha muito mais profundamente e nos diz que, mesmo quando não havia qualquer transgressão, quando ele pensava que estava livre da iniqüidade, ele ainda ficava aquém do alvo. Talvez Davi estivesse lendo a Palavra de Deus, ajoelhado em oração ou oferecendo sacrifício no templo. Mas, nessas atividades piedosas, ele errou o alvo. Ele falhou. Ele não alcançou o padrão de Deus para a sua vida. Davi foi um homem que começou pedindo perdão por aquilo que ele era em seu pior estado, mas, antes de terminar, pediu perdão por aquilo que ele era no seu melhor estado.

Com certeza, existe uma diferença entre esta análise ampla e penetrante do pecado e as idéias superficiais que muitos têm em nossos dias. Para a maioria, a confissão de pecado significa pouco mais do que dizer: “Muito bem, eu fiz algumas coisas erradas no passado. Eu não sou perfeito; ninguém é”. Porém, neste salmo, encontramos um homem guiado pelo Espírito Santo a compreender algo a respeito da força que o pecado tinha sobre ele — não apenas em suas ações, mas também nas profundezas de sua personalidade. O pecado estava contaminando e destruindo cada átomo de seu ser. “Minhas transgressões... minha iniqüidade... meu pecado.” Este esquadrinhamento da alma se aplica a todos nós. Pois, quando as Escrituras dizem: “Todos pecaram” (Rm 3.23), isto implica que estou sendo descrito nestas palavras de Davi. E, assim você é também.

“Minhas transgressões.” Quantas vezes você já fez deliberadamente aquilo que sabe estar errado? Talvez, desde a sua infância você pensava nos mandamentos de Deus, e eles deixaram impressões em sua consciência, ensinando-lhe a não praticar algo, mas você seguiu adiante e praticou tal coisa. Ou, talvez, a sua consciência estava lhe dizendo: “Não faça isso; é errado”. Contudo, você ignorou essa influência constrangedora. Você rompeu completamente aqueles vínculos morais, rejeitando os clamores daquilo que você já sabia estar correto.

Talvez você seja um mentiroso ou um trapaceiro. Quando você está preenchendo seu formulário anual de restituição de imposto, exagera em suas despesas e diminui os seus recebimentos. Em seu íntimo, uma voz lhe diz: “Não faça isto. Não roubarás”. Mas você transgride. Em seu trabalho, faz promessas que não tem a intenção de cumprir ou oferece aos clientes desculpas que são totalmente mentirosas. É uma atitude errada mas conveniente para você; por isso, você a pratica. Talvez você manteve relações sexuais com alguém que não é sua esposa ou seu esposo. Aquela pessoa era proibida para você, e você sabia disso. Todavia, a sua concupiscência o estava guiando e você transgrediu. Talvez você tenha causado danos físicos ou psicológicos a alguém; tenha se mostrado descuidado para com as pessoas, ferindo-as em seu coração. Estas atitudes são “transgressões”. Elas se encontram em seu passado e caracterizam o seu presente. Você pode não gostar de pensar nelas, mas são inegáveis. Você transgrediu; você se rebelou.

“Minha iniqüidade.” Você se sente inclinado a dizer: “Eu tenho levado uma vida caracterizada por moralidade. Sou um pessoa honesta. Nunca tive problemas com a lei, nem jamais me dispus a quebrar as restrições da consciência. Meu comportamento tem sido completamente respeitável”. Mas o que você diz a respeito daquelas partes de sua vida que ninguém vê? Você não tem praticado a sós coisas das quais ficaria envergonhado se alguém mais soubesse? Isto é iniqüidade. O que você diz a respeito de seus pensamentos? Se os seus pensamentos da semana que se passou pudessem ser revelados em uma tela de cinema, para todos os seus amigos e vizinhos, você se sentiria à vontade em permanecer e assistir com eles aos seus pensamentos ou desejaria fugir e se esconder? Isto é iniqüidade.

Não é verdade que existe em seu íntimo muitas coisas más e enganosas? Às vezes, você não é invejoso? Ou sente ira e raiva pecaminosa? Em algumas ocasiões, você não é egoísta e enganador? Não existe uma diferença entre aquilo que o mundo vê e a pessoa que você realmente é? Isto é iniqüidade.

“Meu pecado.” Suponhamos, por um momento, aquilo que é impossível: alguém que, tendo uma boa consciência, lavasse as suas mãos e dissesse: “Eu não tenho nenhum pecado em minha vida passada ou presente. Nunca quebrei conscientemente um dos mandamentos de Deus. Além disso, meu coração é puro, e minha mente, limpa. Não existe um pensamento ou uma emoção dos quais eu me envergonhe no menor grau”. Suponha a fantástica possibilidade de que tal ser humano já existiu. Mesmo que tudo isso fosse verdadeiro, ainda haveria o pecado — o ficar aquém do alvo. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22.37). Você fez isso hoje? É claro que não. Então, você é um pecador; não atingiu o padrão de Deus. No melhor de nós mesmos, em nosso estado mais elevado, ficamos aquém; todos nós ainda pecamos.

Todos nós estamos descritos nestes versículos — você e eu. Temos de encarar o terrível fato que Davi teve de admitir — “Pequei contra o Senhor”. Temos de chegar a um reconhecimento de nosso pecado.

Uma Descrição do Pecado

O que é o pecado? Deus, em sua sabedoria e amor, não se contenta em que tenhamos uma simples compreensão intelectual do pecado. Ele deseja que o sintamos, que provemos seu amargor, cheiremos o seu fedor. Deus quer que ouçamos o tom agudo e discordante do nosso pecado, que irrita nossos dentes e nossos nervos com sua horrível dissonância. Deus não quer apenas que estejamos cientes de nosso pecado, mas também que conheçamos a sua tolice e a sua vileza. Por isso, Davi prosseguiu na descrição de seu pecado, utilizando três ilustrações vívidas.

Davi nos conta que o pecado é uma dívida que precisa ser cancelada. Ele escreveu: “Apaga as minhas transgressões”. A palavra hebraica traduzida por “apaga” era empregada para referir-se ao ato de apagar escritos. Moisés clamou a Deus: “Risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Êx 32.32). Deus, em sua misericórdia, não respondeu essa súplica. Mas ela se refere a algo que estava escrito, e Moisés estava pedindo que, se necessário, seu nome fosse removido daquele livro.

Davi utilizou a palavra no mesmo sentido. Ele viu, aberto diante de Deus, os registros do pecado dos homens. Davi contemplou a lista de atos errados debaixo de seu nome. Poderíamos dizer que ele viu o anjo registrador assentado, com sua tinta indelével, escrevendo cada ofensa. Momento após momento, dia após dia, mês após mês, ano após ano, pecado após pecado está sendo registrado. Nenhum é esquecido; cada pecado é colocado no registro. Davi viu esses pecados, como débitos alistados contra ele, aumentando com regularidade freqüente e clamando por pagamento. Davi sentiu o grande peso de sua dívida.

Infelizmente, estar em dívida é algo normal em nossa sociedade. Para pessoas de consciência sensível, esta é uma experiência inquietante e pode se tornar um fardo esmagador. No início do século XX, alguns operários das minas de carvão dos Estados Unidos recebiam um salário miserável. Todas as suas roupas e sua alimentação tinham de ser compradas em lojas mantidas pelos donos das companhias que os empregavam. Estas coisas eram compradas a um preço exorbitante, de modo que os operários infelizmente caíam em dívidas, que estavam constantemente aumentando. Juros proibitivos eram lançados sobre o dinheiro devido, de modo que os operários se atolavam em uma areia movediça de dívidas que estavam sempre crescendo, das quais eles nunca poderiam se livrar. Eles diziam: “Eu vendi minha alma para a companhia”. Nunca se livrariam daquela situação. Os credores os possuíam para sempre.

Seu pecado é semelhante a essa situação. Todo pecado que você tem cometido está sendo escrito no livro de Deus. Ali está o seu pecado, contra o seu nome. Nenhum deles é esquecido, ignorado, e todos exigem pagamento. Você não tem qualquer esperança de pagá-los, nem mesmo de começar a pagá-los. Você é empurrado para baixo pela montanha de sua dívida. O pecado é uma dívida que necessita ser cancelada.

O pecado também é uma sujeira que precisa ser lavada completamente. Davi escreveu: “Lava-me completamente da minha iniqüidade”. Existem duas palavras hebraicas que transmitem a idéia de lavar. Uma significa lavar superficialmente. Se uma pessoa tinha poeira ou uma sujeira simples em sua mão, ela a colocava na água corrente, por um momento, e a sujeira era removida por aquela lavagem. A outra palavra era utilizada para se referir a uma sujeira profunda e arraigada, que poderia ser removida somente por meio de grande esforço. Quando minha esposa e eu vivíamos na Grécia, costumávamos ver mulheres à beira do rio lavando roupas. As mulheres pegavam as roupas, colocavam-nas sobre uma rocha no rio e, depois, batiam nelas com outra pedra, para remover a sujeira. Esta foi a palavra que Davi utilizou neste salmo.

Quando Davi suplicou que seu pecado fosse lavado, ele não estava falando sobre a remoção de algo superficial. Todo o seu ser estava sujo, cheio do encardido que se havia grudado aos poros de seu ser. Davi era uma coisa impura. Uma mancha de imundície o cobria, arraigada aos poros de sua personalidade. Seria difícil removê-la. “Lava-me completamente” — ele suplicou. O pecado é uma sujeira que necessita ser lavada completamente.

Por fim, o pecado é uma doença que precisa ser curada. Davi orou: “Purifica-me”. Esta palavra era utilizada no Antigo Testamento para referir-se à purificação de alguém suspeito de lepra. A lepra era a doença mais ameaçadora no mundo antigo, uma aflição terrível temida por todos. A lepra significava miséria, impureza, deterioração, isolamento e morte. Davi afirmou: “Isto é o que eu sou: um leproso horrível, enfermo e podre”. Que autodescrição impressionante!

O que são os seus pecados, as suas transgressões — um monte de débitos registrados contra seu nome e dos quais o pagamento será exigido. Eles são a sujeira arraigada que contamina tudo que você é, bem como tudo que possui. Eles são uma doença horrível, repugnante.

Sei o que alguns de vocês podem estar pensando: “Esta é uma conversa tipicamente religiosa, ou seja, a linguagem exagerada que se espera ouvir de um púlpito ou de uma propaganda política. É semelhante a assistir a uma ópera. No palco, você vê e ouve a tragédia. Ela o comove, podendo fazê-lo chorar. Mas não é real. Depois, você sai do teatro para a vida real, com seus amigos e seus interesses, esquecendo-se da tristeza da ópera”. Talvez, seja assim que você se sente a respeito do que está lendo agora. “Ora”, você pode dizer, “isto é exagero religioso, que não deve ser levado à sério”.

Deixe-me mostrar-lhe duas palavras que se encontram no início do salmo que estamos considerando. São elas: “Ó Deus...” Se você realmente meditar nelas, mudará o que estava pensando. Davi estava falando com Deus, face a face. Ele estava lidando diretamente com o Santo Senhor do céu. Apenas duas palavras. Davi estava ciente de seu pecado havia meses. Estava ciente do que havia feito. Ele nos diz no Salmo 32, por exemplo, que tinha sentido dores em sua consciência. Davi sentia-se como uma pessoa miserável e infeliz. Somente quando Deus lhe enviou um pregador, com uma mensagem de julgamento, Davi foi levado a compreender a completa seriedade da situação em que se encontrava.

Meu amigo, isso é o que eu desejo que você faça. Diga: “Ó Deus”. Esqueça o seu vizinho e a sua circunstância. Pense apenas em você mesmo e em Deus. Veja-se a si mesmo na presença dEle. Olhe para você mesmo com os olhos de Deus — o Deus que o criou e que, no mais íntimo de seu coração, você sabe que existe. Um dia você se encontrará face a face com este Deus, e Ele o julgará. Ele é puro, santo e justo. Deus se recorda de cada coisa que você já disse, pensou e fez. Ele as avalia de acordo com a sua santidade, pura e perfeita. Deus odeia o pecado com todo o seu Ser poderoso. Ele é fogo consumidor, que não inocentará o culpado.

Olhe para Ele novamente e diga: “Ó Deus”. Você tem fugido de Deus, e o mundo está fazendo o melhor que pode para mantê-lo distante dEle. Entretanto, você tem de colocar-se face a face com Ele agora, pois, do contrário, terá de fazê-Lo, quando morrer, mas será tarde demais.

Portanto, meu amigo, seja honesto! Encare estas verdades com seriedade! Você está face a face com o todo-poderoso Perscrutador dos corações. Sua rebelião, sua corrupção, seu erro, sua dívida, sua imundície, sua lepra — você não sente as dores em sua alma, o impacto de tudo isso, a vergonha de saber que você é assim?

Mas, agradeça a Deus, essa não é a mensagem final de nosso salmo!

O Perdão do Pecado

Este devedor impuro e enfermo rasteja na presença do Santo Senhor – este rebelde, este hipócrita, este patético fracasso que nunca, em sua vida, atingiu os padrões de Deus. Este devedor se ajoelha diante daquele radiante e todo-poderoso Espírito, que é perfeito e pureza infinita, e fala com Deus. Que palavras você acha que se encontram em seus lábios?

O devedor não suplica por justiça. Não é isto mesmo que muitas pessoas parecem desejar? Elas estão constantemente se queixando da aparente injustiça de Deus. Perguntam a si mesmas e argumentam: “Por que Deus permite guerras, doenças e tristezas no mundo? Não posso entender como Ele pode ser tão injusto”. Mas Davi, em seu pecado, não estava procurando por justiça. “Compadece-te de mim, ó Deus” — ele orou. “Compadece-te; compadece-te”. Isso é tudo que alguém pode suplicar a Deus. Não importa o quanto vivemos, o quanto progredimos mesmo como crentes, não podemos ir além desta palavra: “Compadece-te!”

Podemos imaginar Deus se achegando a Davi e respondendo: “Davi, por que eu devo manifestar-lhe compaixão? Você é um transgressor. Está cheio de iniqüidade; é um pecador. Você condenou a si mesmo, com seus próprios lábios. Dê-me apenas uma razão para que Eu, o Deus santo, deva mostrar compaixão para uma pessoa como a que você mesmo reconhece ser. Você tem alguma razão, Davi?” E Davi abre seus lábios, com seu rosto manchado de lágrimas e uma voz trêmula, respondendo: “Sim, Senhor, eu tenho uma razão. Tenho uma razão poderosa e persuasiva. Esta razão, ó Deus, não se fundamenta naquilo que eu sou, e sim naquilo que Tu és. É uma razão que o Senhor tem de ouvir e não pode recusar, nem recusará”.

Deste modo, Davi se apropria, pela fé, de uma das mais gloriosas expressões do Antigo Testamento: “Compadece-te de mim, ó Deus”; e seu argumento é este: “Segundo a tua benignidade”. Davi arrisca o seu tudo nesta expressão, a grande expressão da aliança do Antigo Testamento. Ela significa o imutável amor de Deus, sua fidelidade às suas promessas. Esta expressão nos diz que Deus é leal ao seu povo. Deus prometeu que perdoaria, então, Ele perdoará. Deus prometeu que purificaria, então, Ele purificará. Deus prometeu que salvará, então, Ele salvará.

Mas Davi não parou nisso, porque o imutável amor de Deus está vinculado à “multidão das suas misericórdias”. Na realidade, Davi estava dizendo: “Senhor, sinto-me encorajado a rogar por compaixão, porque Tu mesmo me tens dito que és rico em misericórdia. A tua compaixão não se escoa em pequenas gotas; ela é um oceano. Rios, torrentes e fontes inesgotáveis de compaixão fluem de Ti. Quando contemplo minha vileza e corrupção, compreendo que mereço o inferno e a condenação. Apesar disso, eu Te suplico compaixão, por causa do que Tu és e do que tens prometido. Embora eu seja pecador, ouso suplicar por compaixão”.

Você está convencido de seu pecado diante de Deus? Certamente, você tem de estar. Você tem de fazer como Davi. Assim como Davi o fez, levante os seus olhos para Deus, confesse seus pecados, apresente-Lhe uma razão para que Ele o perdoe. Deve ser a mesma razão, mas com uma diferença: essa razão agora tem um nome e uma personalidade, pois a benignidade de Deus veio à terra e a amável compaixão de Deus nasceu neste mundo. A fidelidade de Deus para com a aliança tornou-se carne, incorporou-se em Jesus de Nazaré. Ele é a benignidade e a amável compaixão de Deus. Ele viveu uma vida de obediência humana perfeita, que recebeu a aprovação de Deus. Jesus sofreu e morreu na cruz do Calvário, a fim de pagar o preço dos pecados de todo o seu povo. Jesus ressuscitou dos mortos, no terceiro dia, para mostrar que o Pai aceitou o que Ele havia feito. Assim, em nosso dias, quando alguém suplica: “Compadece-Te de mim, ó Deus”, pode amparar a sua súplica, dizendo: “Compadece-Te de mim, por amor a Jesus”.

Você entende a maravilha do que estamos dizendo? Um dos mais desprezíveis criticismos lançados contra o evangelho é proferido por aqueles que criam um conflito entre um Deus de amor e um Deus de ira e julgamento. Você já ouviu tais indivíduos: “Pecado, inferno, condenação! Eu não acredito em um Deus como esse. Eu creio em um Deus de amor”. Mas eles estão completamente errados. O deus deles é um ser moralmente deficiente e apático. É um deus que vê o mal e não se importa. É um deus que contempla aqueles que abusam de criancinhas e se recusa a considerar este ato com seriedade. É um deus que ouve o soluço de um mundo abatido, atormentado e sorri com tola indiferença. É um deus que vê a impiedade envenenando a terra e não se importa em levantar um dedo para socorrer. Esse é o deus de amor deles. Mas isto não é amor; é uma imbecilidade ética.

O que é amor? Amor é o Deus perfeita e infinitamente santo, que, com todo o seu ser, odeia o pecado. Aos seus olhos, não existe nada mais repugnante do que o pecado. Deus tem olhos tão puros, que não podem ver o pecado. Deus o detesta; é uma abominação para Ele. Deus está comprometido em castigar o pecado. Ele olha para os pecadores em toda a sua repugnância, rebelião, inimizade e ódio. E o que faz este Deus santo, justo? Ele ama estes pecadores e escolhe, dentre eles, uma grande multidão para serem dEle mesmo. Deus toma o seu único Filho, o deleite de seu coração, que tem estado com Ele por toda a eternidade, e O envia à humilhação de uma vida na terra e ao horror de uma morte cruel.

Da cruz, nas trevas, o Filho de Deus clama ao seu Pai: “Por que me desamparaste?” Muitos de nós temos filhos. Suponha que um deles acorde, em uma noite escura, temeroso e clamando: “Papai, onde você está?”; e você caminhe na ponta dos pés até ao quarto dele. Enquanto seu filho está deitado na cama, clamando, você toma uma vara e, silenciosamente, o surra, por diversas vezes, no escuro; depois, sai e o deixa ali. Isso foi o que Deus fez. Ele não poupou seu próprio Filho.

Não fale sobre um Deus de amor que não trata o pecado com seriedade. Pois “ Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). O amor não consiste em ignorar o pecado ou deixá-lo de lado. O amor se manifesta em Deus enviar seu Filho para ser o pagamento de nosso pecado. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (Jo 3.16). Você pode entender o amor de Deus somente quando entende o pecado. Aquele que foi pouco perdoado ama pouco; aquele que foi muito perdoado ama muito.

Por que estou enfatizando o pecado? Para que você ame a Jesus com todo o seu coração e toda a sua alma. Para que você adore, louve, seja grato a Jesus, por toda a eternidade, para sempre e sempre! Você, pecador, rebelde, não-convertido, hipócrita, compreende que necessita de compaixão? Com certeza, necessita. Você quer compaixão? Eu lhe ofereço compaixão — em Jesus. Você tem de encarar seus pecados; tem de clamar. Ninguém pode fazer isso por você. Um pastor não pode fazê-lo por você, nem um sacerdote, nem um rabino. A compaixão não vem por sacramentos e rituais. Tampouco vem por meio de comparecer às reuniões de uma igreja.

Você tem de dizer para si mesmo: “Minhas transgressões, minha iniqüidade, meu pecado”. Você tem de declarar: “Sou um homem imundo, enfermo, culpado, devedor e desamparado. Não tenho desculpas a apresentar. Não existe nada que eu possa fazer”. Então, entregue-se completamente ao Senhor Jesus Cristo. Invoque-O. Receba-O, descanse nEle para a sua salvação. Contemple-O pendurado na cruz em seu lugar, de modo que, pela fé, você possa dizer: “Ele foi traspassado por minhas transgressões. Eu tenho iniqüidade, mas Ele foi moído em favor das minhas inqüidades” (cf. Is 53.5). Meu querido amigo, coloque toda a sua fé e toda a sua esperança em Jesus Cristo. Descanse e confie nEle.

Deus é maravilhoso! Ele dará a você, se crer em Jesus, a justiça dEle. Não é uma justiça humana, nem de um santo eminente, nem da melhor pessoa que já viveu neste mundo; é a justiça criada no céu — infinita, eterna e imutável. É a própria justiça de Deus! Isso é o que o apóstolo disse: “Não me envergonho do evangelho... visto que a justiça de Deus se revela no evangelho” (Rm 1.16,17). A justiça de Deus — Ele a lançará em seu crédito, para que, ao olhos dEle, você seja justo como Ele é! Deus haverá de considerá-lo tão justo quanto o próprio Senhor Jesus. Nenhuma imperfeição, nenhuma mácula, nem mesmo qualquer traço de pecado, mas perfeito. Quando Deus olha para alguém que está em Cristo, o que Ele diz? “Meu querido, meu amado, meu deleite de coração, meu filho, minha filha, em quem Eu me comprazo.” Jesus se oferece a você agora como Salvador. Jesus lhe ordena que venha a Ele.

Mas será que você está se posicionando contra Deus? Está dizendo para si mesmo: “Eu não vou. Eu não vou”? Deus tenha misericórdia de você. Esta noite, sem dúvida, você se deitará em sua cama, apagará a luz e ficará no escuro. Porém, eu lhe digo, quando a sua cabeça estiver sobre o travesseiro, lembre-se de que a escuridão em que você está descansando é tranqüila e feliz, se comparada com as trevas do inferno nas quais você estará para sempre, onde o tormento reina e onde existem o choro, a lamentação e o ranger de dentes.

Não rejeite Jesus Cristo! Quão bom é Deus para nós! Por que Ele viria a você e lhe ofereceria seu próprio Filho? Quão amável Ele tem sido para você! Quão gracioso! Existem milhões de pessoas no mundo que nunca ouviram ou leram a respeito de Jesus; no entanto, Deus está oferecendo seu Filho a você! Você continua dizendo: “Eu não vou!” Se continua, diga para si mesmo neste momento: “O que está errado comigo? Com que laço o diabo envolveu minha mente e meu coração, de modo que, ouvindo e lendo sobre a pessoa de Jesus, não quero ir a Ele? Senhor, quebra este laço! Muda-me! Salva-me!”

Talvez, pela misericórdia de Deus, você queira vir a Cristo. Deus tem falado com você. A Palavra dEle tem falado ao seu coração. Em seu íntimo, você sabe que o evangelho é verdadeiro e que existe apenas um Salvador. Você sabe que precisa desse Salvador. Sente-se convicto e arrependido, contemplando em Jesus a misericórdia de Deus. Então, eu lhe digo: “Venha a Jesus; venha agora mesmo. Venha a Ele com seu próprio coração. Invoque-O, suplicando que o salve. Clame por Jesus, meu amigo, e Ele o receberá”. Não existe qualquer possibilidade de que o Senhor Jesus o lançará fora. Ele mesmo afirmou: “O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). Não importa o que você fez no passado. Não importa quão ímpio ou quão culpado você é, nem quantas promessas você deixou de cumprir, nem quão freqüentemente você tentou fazer o melhor de si mesmo, mas falhou. Você pode estar pensando: “Não posso ir a Cristo; Ele me verá como um mentiroso”. Não, não! Se você está sendo sincero, verdadeiramente sincero, venha a Cristo e torne sua a oração de Davi, reconhecendo que a salvação de Deus é para você. Faça aquela oração tendo apenas um nome em seu coração — a única esperança de um pecador, o único nome que Deus, o Pai, sempre ouvirá e nunca recusará: “Compadece-te de mim, ó Deus. Apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado, por amor a Jesus. Amém”.