quarta-feira, 28 de maio de 2014

“estudiosos da Bíblia chamam Israel de supersinal do final dos tempos”

Quando um repórter de um jornal secular liga e pede razões pelas quais “estudiosos da Bíblia chamam Israel de supersinal do final dos tempos” – você sabe que devemos estar chegando bem perto do prometido retorno de nosso Senhor. Felizmente, eu havia acabado de ler o livro Prophecies for the Era of Muslim Terror [Profecias para a Era do Terror Muçulmano], do rabino Menachem Kohen, no qual ele apresenta uma visão da qual eu nunca havia ouvido falar. Não sendo um cristão evangélico, ele dá as respostas exclusivamente a partir do Antigo Testamento, usando o cumprimento moderno das profecias antigas, as quais, de acordo com Isaías 46.9-11, são a prova inequívoca de que Deus existe. Já dissemos em outras oportunidades que mais da metade das mais de mil profecias do Antigo Testamento já foram cumpridas – independentemente do que dizem os evangelistas do ateísmo. Apenas Deus pode predizer o futuro e fazer com que ele venha a acontecer realmente.

O chamado para o retorno de Israel para a Terra Santa, o lugar exato para onde Deus prometeu trazê-lo nos últimos dias, tem acontecido durante nosso tempo de vida. Ninguém nega que os judeus, depois de estarem espalhados por quase todos os países do mundo, agora formam uma população de quase quinze milhões de pessoas no mundo – o que, em si, já é um milagre. Nenhum outro grupo étnico foi capaz de sobreviver tendo sido arrancado de sua terra natal e permanecido fora dela por mais de trezentos anos ou, no máximo, quinhentos anos, exceto os judeus. Eles foram banidos pelo governo romano depois do levante de Bar Kokhba (cerca de 132-135 anos d.C.), quando tornou-se legal que qualquer um que capturasse um judeu naquela Terra Prometida o matasse imediatamente. É, de fato, um milagre em nossos dias que, depois de 1.700 anos, existam ainda judeus que sobraram para voltar a Israel! Mesmo depois que o nazista louco da Alemanha, possesso de demônio, exterminou 6 milhões de judeus, ainda há uma estimativa de 15 milhões de judeus vivos. Além disso, estima-se que pelo menos um terço deles esteja nos Estados Unidos, outro terço ainda se encontra na Europa ou espalhado em outros 200 países pelo mundo, e o outro terço já migrou para sua Terra Prometida, principalmente durante os últimos 150 anos. Isto é, em si, um milagre inacreditável, mas não é tudo.

O fato de que tantos ainda existam é apenas parte do milagre! De acordo com o rabino Kohen, isto é apenas parte do milagre sobrenatural. Pois ele aponta que, em proporção direta da migração dos judeus de volta para sua terra, a própria terra tem sido transformada de uma área desértica sem proveito em uma terra que “mana leite e mel”. Na verdade, ela agora é chamada “o cesto de pão” da Europa. Muitos se referem a ela como “Palestina”, um nome que lhe foi dado pelos romanos para insultar os judeus, e que vem da terra dos filisteus, que eram tão imorais e pagãos que tiveram que ser removidos da “Terra Santa”, o que aquele território realmente será um dia. Eu prefiro chamá-la Terra Santa agora!
Como evidência da terra desolada que ela foi durante 18 séculos, o rabino Kohen citou a seguinte descrição, feita pelo famoso escritor americano Mark Twain, durante sua visita à Terra Santa nos anos 1860.
O solo é suficientemente rico, mas é totalmente tomado pelas ervas daninhas. Existe uma desolação aqui que nem mesmo a imaginação pode agraciar com a pompa de vida e ação. (...) Nunca vimos um ser humano em todo o nosso roteiro. Fomos adiante em direção a Jerusalém. Quanto mais prosseguíamos, mais quente ficava o sol e mais rochosa e nua, repulsiva e deprimente, ficava a paisagem. (...) Quase não havia árvores ou arbustos por ali. Mesmo a oliveira e o cacto, aqueles amigos de um solo sem valor, tinham praticamente desertado do país. (...) Jerusalém é sem vida. Eu não desejaria morar lá. É uma terra sem esperança, sombria e desconsolada. (...) A Palestina está assentada sobre saco e cinza. Sobre ela avulta o feitiço de uma maldição que tem feito definhar seus campos e limitado suas energias. (...) A Palestina é desolada e sem encantos. Poderia a maldição da Deidade embelezar uma terra? A Palestina não é mais deste mundo de labuta diária.
A seguir, o rabino Kohen atrai nossa atenção para um fato pouco conhecido que destaca a miraculosa falta de chuva na “Terra Prometida” por causa do julgamento de Deus sobre os judeus devido à sua continuada rebelião contra Ele.
Sabemos que em algumas áreas do mundo a fome ocorre ocasionalmente por causa da escassez das chuvas. Infelizmente, isto acontece, mas na maior parte das vezes, essas ocasiões de fome duram pouco tempo porque os países do mundo são providos de quantidade suficiente de água para manter a vida. Esta condição tem sido verdadeira para todos os países, exceto um. Israel é essa exceção. Este é um país que já foi incrivelmente fértil e que subseqüentemente foi privado das chuvas pela maior parte de 1.800 anos – começando no ano 70 d.C. e continuando até o início do século XX, por quase todos esses 660.000 dias. Virtualmente não houve nenhuma chuva e nenhum alimento durante 1.800 anos – este é um fenômeno totalmente inexplicável e totalmente incrível. Não ter precipitação de chuvas adequadamente por quase dois milênios está além do âmbito das probabilidades estatísticas em qualquer região do mundo – mas em especial onde antes as chuvas haviam produzido uma fertilidade tal que aquela terra era repetidamente descrita como “a terra que mana leite e mel”. Em tempos passados, essa terra fértil ostentava florestas e copiosas colheitas. Até os animais eram semelhantemente afetados. A terra era simplesmente bela em todos os aspectos. Que uma terra assim fértil fosse subitamente privada de água e depois que uma terra assim fértil fosse transformada em um deserto – evoluindo da fertilidade à esterilidade tão rapidamente e tão dramaticamente, parece ilógico. Além disso, esta transformação incomum para uma terra desolada persistiu durante 660.000 dias, algo totalmente sem paralelos nos anais da história mundial.


Embora a dispersão dos judeus tenha ocorrido por causa de sua rebelião contra Deus ao se recusarem a obedecer ao primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim (Êx 20.3), ela também serviu para livrar a terra, para os judeus, de muitos futuros invasores. Até mesmo muitos dos islâmicos árabes militantes, que, após o século VII surgiram por meio do pagão Maomé, acharam que a terra era inóspita demais para construírem civilizações duradouras naquele lugar.
O que eu acho fascinante neste fato histórico dos 660.000 dias sem chuva, visto que apenas Deus pode enviar e retê-la, é que ela foi retida da Terra Santa por 1808 anos! Mark Twain deve ter chegado para ver o estado lamentável do país justo antes que começasse a chover. Aquele foi praticamente o momento em que os judeus começaram a retornar para sua terra. E, de acordo com meu amigo Joe Farrah, que é proprietário do site jornalístico WorldNetDaily, não apenas começou a chover na metade dos anos 1.800, mas Israel tem continuado a ser uma terra próspera até o dia de hoje. Uma terra vazia foi transformada na “terra que mana leite e mel”, como acontecia no Antigo Testamento. Além do mais, tem sido descoberto gás suficiente ali para fazer Israel não apenas auto-suficiente em combustível, mas também um exportador desse produto para o qual há tanta demanda, que chega a inflamar o ódio dos árabes contra os judeus. E não seria surpresa ver Israel descobrir petróleo. Posso imaginar o que isso faria para aquecer a situação do Oriente Médio.
Israel é “o supersinal” do “final dos tempos” e este é apenas um dos vários sinais. Estamos chegando muito perto do ressoar dos céus (1Ts 4.13-18), que chamará os seguidores do Senhor de volta para casa!





 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Coloque suas coisas em ordem como se o Senhor viesse ainda hoje.

Certamente você já se perguntou: “Quando Jesus virá?”. Meu filho também tinha essa dúvida. Ele chegou às suas próprias conclusões e me disse: “Sabe, papai, eu penso que Jesus não virá mais”. Eu quis saber por que ele pensava assim. Ele explicou: “Há tanto tempo você fica dizendo que Jesus está voltando, eu já tenho oito anos e Ele ainda não chegou! Acho que Ele não vem mais, porque já espero há tanto tempo!” Tentei explicar que essa esperança já existe há dois mil anos e o que significa tê-la sempre no coração.
Com muita freqüência recebemos cartas e telefonemas com exatamente a mesma pergunta: “Você dizem há tanto tempo que Jesus está às portas. Isso é ou não é verdade?”.

O apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 4.13-5.4: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa”.
A igreja de Tessalônica era uma igreja jovem. Atos 17 relata sua fundação. Paulo pregou por três semanas na sinagoga dessa cidade. Talvez mais tarde tenha passado algum tempo ali, mas não pode ter sido um tempo longo, já que teve de fugir dali. Judeus e muitos gregos se converteram a Cristo: “E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais” (At 17.4, ACF). Mas houve um levante em Tessalônica, alguns cristãos foram lançados na prisão e, no final, Paulo e Silas foram obrigados a deixar a cidade (v.10). Portanto, Paulo não teve muito tempo para pregar ali, e continuou sua jornada indo para Beréia. “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17.11).
Apesar da perseguição, uma igreja surgiu em Tessalônica. “Os judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade...” (At 17.5). A cidade toda ficou alvoroçada! Provavelmente muitos nem sabiam a verdadeira razão dos tumultos. Desde seu princípio, a igreja de Tessalônica deve ter sofrido perseguição, como podemos ler em 1 e 2 Tessalonicenses. Apesar dessa pressão, a igreja continuou sendo um exemplo, como Paulo testemunhou: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que por meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” (1 Ts 1.6-7).
Por experiência própria, Paulo sabia o que era perseguição e estava preocupado com essa igreja tão jovem. Ele estava ciente das conseqüências que a perseguição pode acarretar. Paulo desejava visitar os tessalonicenses, mas Satanás o impediu: “Ora, irmãos, nós, orfanados, por breve tempo, de vossa presença, não, porém, do coração, com tanto mais empenho diligenciamos, com grande desejo, ir ver-vos pessoalmente. Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho” (1 Ts 2.17-18). Por isso enviou apressadamente Timóteo a Tessalônica: “e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos, a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Ts 3.2-3). Hoje em dia, aqui no mundo livre, nem sabemos mais o que significa ser perseguido por causa da fé em Jesus Cristo. Mas deveríamos tentar entender a situação dos tessalonicenses para avaliar corretamente o que Paulo tentava fazer por eles ao engrandecer tanto a esperança da volta de Jesus diante de seus olhos espirituais.
Apesar da perseguição e do sofrimento que a igreja teve de passar desde seu primeiro dia de existência, Timóteo voltou muito animado de Tessalônica: “Agora, porém, com o regresso de Timóteo, vindo do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, e, ainda, que sempre guardais grata lembrança de nós...” (1 Ts 3.6).
Mesmo que Paulo não tenha ficado muito tempo em Tessalônica, essa era uma igreja muito bem ensinada. Provavelmente tinha fome pela Palavra de Deus, de forma que Paulo teve condições de passar-lhe muitos ensinamentos. Os tessalonicenses sabiam acerca do Dia do Senhor. Sabiam que o Senhor voltaria. E viviam na expectativa desse evento. Em 2 Tessalonicenses, que traz mais informações sobre o Dia do Senhor, Paulo diz: “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?” (2 Ts 2.5). Portanto, quando Paulo esteve em Tessalônica, já falara sobre o Dia do Senhor. – Em muitas igrejas nem se fala mais nisso! É um assunto aparentemente difícil e delicado... Mas para Paulo, falar da volta de Cristo era parte integrante de sua mensagem, inclusive para uma igreja em formação. Essa é a grande esperança que todos nós temos: Jesus virá, Jesus voltará!
Timóteo levou consigo algumas perguntas que preocupavam os crentes de Tessalônica. Uma delas era: “O que será dos crentes que já faleceram?” Muitos já haviam falecido em Tessalônica, seja por doenças, perseguições ou de velhice. E agora a igreja ficava se perguntando com uma certa ansiedade se esses crentes falecidos teriam algum prejuízo por terem partido desta terra antes dos outros irmãos. Estariam juntos quando Jesus voltasse? Os tessalonicenses viviam em amor fraternal (1 Ts 4.9), e por amor se preocupavam com seus irmãos na fé. A segunda questão que os inquietava era: “O Dia do Senhor já chegou?” Por que eles pensavam isso? Já que tinham sido ensinados sobre o Dia do Senhor e a volta de Jesus e enfrentavam angústia, achavam que esse Dia já poderia ter chegado. Essa era uma das razões. Por outro lado, entrava gente na jovem igreja propagando falsas doutrinas. Na Segunda Carta aos Tessalonicenses (escrita logo depois da primeira, sendo na verdade um complemento dela), Paulo escreve: “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor” (2 Ts 2.1-2). Vemos que havia gente afirmando que o Dia do Senhor já estava se desenrolando em seus dias. Alguns chegavam a apresentar cartas falsas para sublinhar essa afirmação. Isso confundia os tessalonicenses, pois acreditavam que as cartas eram de Paulo. Ele os havia instruído de uma certa forma, e agora supostas cartas suas diziam o contrário. A isso somava-se a perseguição, e eles ficaram inquietos e cheios de questionamentos. São justamente essas perguntas que Paulo trata de responder ao escrever as duas cartas aos tessalonicenses.
Paulo escreveu sua primeira carta aos tessalonicenses como pastor preocupado com sua igreja: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança” (1 Ts 4.13). Em 1 Tessalonicenses 4.13-18 ele responde à pergunta acerca do paradeiro dos crentes que já morreram. Essa resposta deveria servir de alento e fortalecimento aos tessalonicenses: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.
Paulo faz uso – como já fazia Jesus – da expressão “os que dormem” ao falar dos falecidos em Cristo. Eles não estão mortos da forma que o mundo entende a morte, mas encontram-se adormecidos. Como podemos entender esse sono? Atos 7 relata sobre o apedrejamento de Estêvão: “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu” (At 7.59-60). Mais uma vez vemos o uso da palavra “adormecer”. Mas o próprio Estêvão diz: “recebe o meu espírito!” No momento em que o crente morre, está na presença de Deus. O que Jesus prometeu ao malfeitor crucificado a Seu lado? “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). O espírito passa imediatamente à presença de Deus. O corpo não, pois está morto. A ressurreição do corpo ocorre mais tarde. Quando o crente morre, seu corpo adormece. Nós, cristãos, temos uma esperança. Qual é essa esperança?

Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem” (1 Ts 4.14). Paulo retorna à base da conversão: “se cremos que Jesus morreu...” Você crê que Jesus morreu em seu lugar? Filipenses 2.7-8 testemunha que Jesus “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se esvaziou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz”. Muitas vezes a ênfase é colocada nos sofrimentos físicos de Jesus. De fato, o que Jesus sofreu em Seu corpo foi terrível. Mas quando foi pregado na cruz, Seu sofrimento ia muito além do mero sofrimento físico. Na cruz Ele clamou “em alta voz”: “Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Ele estava no lugar mais solitário do mundo. Nesse momento, Jesus tomou nossos pecados sobre si, de forma que o Pai não podia mais ter comunhão com Seu Filho. E nesse momento Jesus pagou o que nós merecíamos.
Paulo continua escrevendo em 1 Tessalonicenses 4.14 que Jesus “morreu e ressuscitou”. Quando viajamos a Israel e visitamos o Sepulcro do Jardim (deixemos de lado a questão se este é ou não o autêntico túmulo de Jesus), vemos uma placa onde está escrito: “Ele não está aqui! Ele ressuscitou!” O sepulcro está vazio! Sem ressurreição Jesus teria sido um grande profeta ou um bom exemplo para muita gente, mas não seria nosso Salvador. Ele morreu por nós, Ele ressuscitou por nós. “Sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Co 4.14).). Temos esta segurança: Já que Jesus foi ressuscitado por Deus o Pai, temos a prova e a garantia de que tudo está pago. Sua ressurreição é a prova de nossa salvação – e de nossa própria ressurreição!
Infelizmente, em certas igrejas cristãs a ressurreição de Cristo é vista como lenda e não como um fato histórico. Paulo, porém, escreve: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.20-21). E acrescenta o seu próprio testemunho para reforçar a importância da ressurreição: “Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Co 15.32). Se Cristo não ressurgiu dentre os mortos, toda a nossa fé é vã.
A partir de 1 Tessalonicenses 4.15 Paulo passa a tratar do Arrebatamento da Igreja e diz: “vos declaramos, por palavra do Senhor...” Ele sublinha de forma muito enfática que o que dirá a seguir será Palavra do Senhor. Em 1 Coríntios 15.51 ele diz que o Arrebatamento é um mistério. Mistério é algo não revelado até então. O Arrebatamento é um mistério. Não sabemos quando ele se dará. É e continuará sendo um mistério até acontecer.
Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (1 Ts 4.15). Prestemos atenção especial às palavras “nós, os vivos, os que ficarmos...”. Ele não sabia quando se daria o Arrebatamento, mas esperava por ele. Paulo estabeleceu uma regra geral: Jesus voltará! E todos nós, os vivos, devemos estar preparados. Paulo inclui a si mesmo na regra. – Todos nós esperamos que Jesus virá em nosso tempo de vida, o quanto antes melhor! Mas Deus tem a Sua hora. Não haverá diferença se morrermos hoje e o Senhor voltar apenas daqui a três anos. Para aqueles que vivem e para aqueles que já faleceram tudo será igual na ressurreição.
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16).

Somente Deus sabe quando ocorrerá o Arrebatamento. Ele mesmo dará a ordem. E então soará a voz do arcanjo. A Bíblia menciona só um arcanjo, Miguel (Judas 9). Gabriel também é um anjo importante, mas não é chamado de arcanjo. A trombeta de Deus ressoará. Em 1 Coríntios 15.52 essa mesma trombeta é chamada de última trombeta. Existem diversas teorias acerca do que seria essa trombeta. Primeiramente, constatamos que é uma “trombeta de Deus”. É uma trombeta especial. E é a última trombeta. Isso pode ser entendido de diversas formas. Mas não creio que tenha relação com a última das sete trombetas de Apocalipse 11. No tempo em que Paulo escreveu 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios, o Apocalipse ainda não tinha sido escrito. Paulo já havia falecido há muito tempo quando João escreveu esse livro. A última trombeta do Apocalipse é uma trombeta de juízo. 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios dizem respeito à Igreja e não à época de juízo que virá sobre a terra. Podemos entender a última trombeta em paralelo com Êxodo 19. Ali o povo de Israel estava diante do monte Sinai. Os israelitas não podiam tocar o monte, que era santo pela presença de Deus. “Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o clangor da trombeta ia aumentando cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão” (Êx 19.16-19). Essas trombetas conclamavam o povo de Israel a virem a Deus. A última trombeta talvez seja isso: Deus chamando Seu povo.

O texto bíblico diz: “e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.16). “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Vejamos a seqüência:
  1. Haverá a palavra de ordem
  2. a voz do arcanjo se fará ouvir
  3. a trombeta ressoará
  4. Deus descerá dos céus
  5. “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”
  6. depois “nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles” e
  7. “assim, estaremos para sempre com o Senhor”.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18).. Essas palavras deveriam servir de estímulo à igreja em Tessalônica. Vivendo ou morrendo, todo cristão tem a mesma esperança: Jesus virá, Ele virá para Sua Igreja.

Os tessalonicenses também queriam saber quando tudo isso iria acontecer. Paulo escreveu acerca de um mistério, em que ele mesmo se incluía. Ele partia do princípio de que Jesus poderia voltar já naquele tempo, em seus dias. Acerca dos “tempos e épocas”, porém, ele escreveu: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva” (1 Ts 5.1). Por que isso não era necessário? Primeiro, porque os tessalonicenses já estavam prevenidos: “Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite” (v.2). Se queremos falar sobre o Dia do Senhor precisamos considerar o que está escrito em 2 Tessalonicenses. Nessa carta Paulo aprofunda mais essa temática e explica o que precisa acontecer até que venha o Dia do Senhor.
Muitos já se perguntaram acerca dos “tempos e épocas”. A questão não é nova. “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade” (At 1.6-7). Conhecer “tempos e épocas” não é assunto nosso. Uma coisa é bem certa: ninguém sabe a data. Quem estipula dia e hora contradiz o Senhor Jesus.

Seitas cristãs já surgiram baseadas em especulações acerca das coisas futuras. Por exemplo, a volta de Jesus foi anunciada para um dia de março de 1844. Muitos se prepararam. Quanto mais a data se aproximava, mais gente vendia ou doava seus bens – o Senhor viria com certeza, pensavam eles. Mas o Senhor não veio. Aí foi preciso fabricar rapidamente uma solução para o impasse. A data foi transferida para 22 de outubro de 1844. Mas nem nessa segunda vez Jesus Cristo voltou, e muitos cristãos perderam sua fé. Isso deu origem a mais outras seitas cristãs, como os adventistas. Eles explicaram que Jesus não teria vindo porque o sábado não estava sendo celebrado. Outra idéia foi que o Senhor veio apenas em espírito.
Imagine por um momento que eu poderia afirmar com certeza quando o Senhor virá. Imagine se eu pudesse fixar a data certa e ainda comprovar o que digo. O que você faria com essa informação? Provavelmente mudaria completamente a sua vida. Deixaria de fazer muitas coisas que pratica. Pararia de gastar seu tempo em coisas inúteis...

Se de fato soubéssemos que o Senhor virá, por exemplo, daqui a um ano, tentaríamos resolver todas as desavenças que existem entre nós. Evangelizaríamos rapidamente nossos vizinhos. Pois se Jesus virá, tanto faz o que eles vão pensar de nós. Se temos em mente que o Senhor virá podemos direcionar nossa vida para esse evento e muitas coisas mudam na nossa vida.
Coloque suas coisas em ordem como se o Senhor viesse ainda hoje. Ele pode vir logo, hoje ou amanhã. Toda a sua vida deveria estar voltada para esse grande acontecimento: o Senhor virá! Providenciemos para que não seja tarde demais para muitas coisas que ainda devemos fazer ou deixar de lado. Uma coisa é certa: não sabemos o dia nem a hora. Mas a Bíblia nos fornece a grande moldura onde se encaixa esse grandioso evento: o palco está sendo preparado diante dos nossos olhos. A vinda de Jesus está hoje mais próxima do que nunca.
Pedro testifica: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pe 1.19). Fazemos bem em atentar à palavra profética. Precisamos reconhecer o tempo em que vivemos. A profecia bíblica se cumpre diante dos nossos olhos. E é justamente esse cumprimento que deveria nos acordar. O povo de Israel está voltando para sua terra, um povo que esteve ausente de sua pátria por dois mil anos. Deus retoma Seu plano com Israel. Isso significa que Seu plano com a Igreja em breve estará encerrado. Rico ou pobre, saudável ou doente, tenha um bom testemunho diante dos homens. Mantenha somente Jesus diante dos olhos do seu coração, pois Ele certamente virá. Ele virá em breve!









 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A despeito da ausência de aparelhagens meteorológicas sofisticadas, o Dilúvio dos tempos de Noé não veio sem aviso.

A despeito da ausência de aparelhagens meteorológicas sofisticadas, o Dilúvio dos tempos de Noé não veio sem aviso. Deus revelou Seu plano de um juízo global catastrófico aproximadamente um milênio antes a Enoque, que deu a seu filho o nome de Metusalém para celebrar a memorável revelação. O nome Metusalém transmite um mau presságio e significa literalmente, “Quando ele morrer, isso será enviado”.[1] Não é por coincidência que Metusalém morreu apenas alguns meses antes do grande Dilúvio e que sua vida seja a mais longa registrada em toda a história.
Desde o tempo da expulsão de Adão e Eva do jardim do Éden até o Dilúvio, houve uma determinação cada vez maior por parte da humanidade em desafiar os preceitos de Deus:
A maldade do homem se havia multiplicado na terra e [...] era continuamente mau todo desígnio do seu coração. [...] Todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.5,12).
A humanidade não estava apenas corrompida, mas era cheia de violência; o mundo estava pronto para o juízo (v.11). E, embora Deus tenha suspendido a execução da raça humana por muitos anos, Ele finalmente cumpriu o que havia prometido.
Além da rebelião humana coletiva contra Deus, muitos estudiosos da Bíblia crêem que também houve rebelião dos anjos. Embora haja outras interpretações para Gênesis 6.4, uma visão bastante respeitada é que alguns anjos caídos deixaram sua habitação normal, escolheram viver no âmbito físico e coabitaram com mulheres terrenas [veja também Jd 6-7]. Essas uniões produziram “valentes, varões de renome”, ou descendentes super-humanos que podem ter sido a origem de mitologias e lendas antigas.
Como apenas seres humanos podem ser redimidos, o objetivo provável desses anjos caídos era saturar toda a raça humana com uma linhagem demoníaca, tornando impossível a salvação da humanidade.[2] O plano redentor para a humanidade precisava eliminar um mundo corrompido pelo cruzamento com demônios, pela maldade e violência desenfreadas. Por isso, Deus anunciou: “Resolvi dar cabo de toda carne [...] eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Gn 6.13).

Deus preveniu a humanidade por meio de uma família de profetas começando com Enoque; depois, o filho de Enoque, Metusalém; o neto, Lameque; e finalmente, o bisneto, Noé. Noé pregou sobre a vinda do julgamento global a uma geração cada vez mais perversa. Em preparação para o Dilúvio, Deus ordenou que ele construísse uma arca de refúgio (v.14). Assim que foi terminada, a arca era um sinal de juízo iminente, uma vez que Noé continuava pregando para um mundo que não se arrependia.
Então, “aos dezessete dias do segundo mês [no ano em que Metusalém morreu],[3] nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram” (Gn 7.11).

O juízo profetizado veio com a força de um tsunami. Pesquisadores que estudam catastrófes em placas tectônicas apresentam um modelo de Dilúvio que é nada menos que medonho. Eles sugerem um cenário aterrador, começando com terremotos que agitaram o planeta à medida que as placas pré-diluvinas do fundo oceânico se soltaram e rapidamente afundaram em direção ao centro da Terra. Placas continentais foram velozmente tragadas para dentro dessas “zonas de subdução”, como tapetes gigantes que estavam sendo arrancados de debaixo dos habitantes da Terra.[4]
As pancadas da crosta continental nas placas oceânicas causaram um levantamento do fundo oceânico, deslocando enormes quantidades de água dos mares do mundo para cima de terras secas. Um cientista estima um aumento no nível do mar “de mais de um quilômetro a partir apenas desse mecanismo”.[5]
Materiais derretidos escorrendo através de fissuras que iam avançando vaporizaram os oceanos e aqueceram os reservatórios subterrâneos, criando geysers lineares de água e gases quentes de milhares de quilômetros de extensão. À medida que esses gases e vapores esfriaram, eles condensaram, fornecendo a fonte principal das chuvas torrenciais durante os primeiros 40 dias e noites do grande Dilúvio.[6]
Exclusiva do mundo antediluviano era a abóbada de água-vapor que cobria a Terra e que criou o efeito-estufa que regulava as temperaturas globais. Os eventos destrutivos que se desenrolaram sobre o planeta fizeram desmoronar essa abóbada que os cientistas criacionistas estimam que continha o equivalente a alguns centímetros até 12 metros de água. Em pouco mais de um mês, a água cobriu cada centímetro do globo com 15 côvados (aproximadamente 6,60 metros) acima do ponto mais elevado da terra (Gn 7.20).

Deus tinha anunciado: “Estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá” (Gn 6.17). A Bíblia registra: “Pereceu toda carne que se movia sobre a terra [...] foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra” (Gn 7.21,23).
O grande Dilúvio destruiu uma população global estimada em pelo menos 235 milhões de pessoas, de acordo com o Dr. Henry M. Morris. Segundo esse autor, “mais de 3 bilhões de pessoas poderiam facilmente estar na terra nos tempos de Noé”.[7] A não ser por Noé e sua família, toda a humanidade pereceu.

O Dilúvio foi um julgamento destruidor terrível sem paralelos na história. O fato de que grupos de pessoas de todas as regiões do globo conservem uma “tradição de Dilúvio” não apenas reforça a historicidade, mas também estabelece uma conexão de ancestralidade comum com aqueles que realmente experimentaram o evento.[8] As milhares de histórias folclóricas de um dilúvio global em si já corroboram o relato de Gênesis.

A etimologia do nome de Noé e as palavras associadas com o Dilúvio também apresentam um vínculo intrigante com as oito pessoas que sobreviveram na arca que repousou sobre as montanhas de Ararate. Com os fatos horríveis gravados indelevelmente em suas memórias, essas oito pessoas saíram da arca para repovoar a terra, gravando a experiência de sua sobrevivência nas mentes de seus descendentes.
A rebelião aberta contra Deus acompanhada pela depravação completa do mundo antediluviano precipitaram a subseqüente destruição de quase toda a carne por parte de Deus. Embora Sua promessa de um juízo global não tenha sido cumprida imediatamente, ela finalmente o foi; e apenas oito almas que atenderam a admoestação de Deus sobreviveram.
Ainda que o grande Dilúvio seja uma demonstração sem precedentes do juízo de Deus, ele também é um testemunho de Sua graça, disponível para todos que a aceitam.



 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O melhor amigo que você poderá ter nesta terra é o Espírito Santo.

Se você é um crente nascido de novo no Senhor Jesus Cristo, o melhor amigo que você poderá ter nesta terra é o Espírito Santo. Disse Jesus:
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14.16-17).
Deus Pai e Deus Filho enviaram o Espírito Santo, “outro Consolador”, para tomar o lugar de Jesus nesta terra. Ele vem em nome de Jesus: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (v.26).
O Espírito Santo deve ser para nós o que o próprio Jesus foi para os discípulos quando estava em carne aqui na terra. Jesus caminhou, conversou e teve comunhão com eles; Ele os dirigiu, instruiu e protegeu. Ele disse: “Eu vou embora, mas enviarei Outro para andar com vocês, ser amigo de vocês e estar com vocês”.
O Espírito Santo ficou no lugar de Jesus aqui na Terra. Jesus quer que você venha a conhecer o Espírito Santo – amar, confiar e crer no Espírito Santo que habita em nosso coração – conhecê-lO pessoalmente e dar-Lhe o lugar real que Ele merece.
O Espírito Santo é uma Pessoa. Não se refira a Ele como se fosse uma coisa. Devemos tratá-lO como trataríamos Jesus se Jesus estivesse aqui em carne. Você honraria e reverenciaria o Senhor Jesus. Faça o mesmo com o Espírito Santo.
O Espírito Santo ministra a nós de muitas maneiras.
 
Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim” (Jo 16.7-9).
Sem o poder convincente do Espírito Santo, você nunca teria percebido sua necessidade do Salvador. Ninguém voluntariamente desistiria de seu pecado e daria as costas a este mundo em verdadeiro arrependimento – exceto quando o Espírito Santo coloca Seu dedo no coração da pessoa e a convence da perniciosidade e da malignidade do pecado e lhe mostra que ela está debaixo da maldição de Deus, e destinada ao inferno.
 
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” (Jo 6.44).
Você acha que vir a Deus foi idéia sua? Não foi. Você estava fugindo dEle. Se Ele não o tivesse seguido até cansá-lo, você jamais teria sido salvo.
Existem aqueles que estudam crescimento de igreja e que aconselham que sejam feitos cultos que sensibilizem aqueles que buscam. Eles dizem que devemos ser sensíveis a todas as pessoas que estão buscando o Senhor. Verdadeiramente, nenhuma delas está buscando o Senhor! Ele é que as busca: “Não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Nós jamais teríamos vindo se Ele não nos tivesse atraído, alcançado e ensinado.
 
Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14).
Ele abre nosso entendimento para o Evangelho. Quem trouxe Lídia a um entendimento do Evangelho? O Espírito Santo. Pense sobre uma ocasião em que você testemunhou pessoas vindo a Jesus. Quem fez aquilo? Foi o coral? Um pregador? Não. O Espírito Santo abriu o coração delas para que pudessem entender o Evangelho. Sem o Espírito Santo, as pessoas não conseguem entender as coisas espirituais: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14).
 
Também vós (...) tendo nele crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef 1.13).
O ministério do Espírito Santo não cessa depois que você é salvo. Ele sela você no corpo de Cristo: “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2Tm 2.19). O selo é o carimbo que designa propriedade, uma transação terminada. Quando você é salvo, você é marcado, selado e liberto pelo Espírito Santo de Deus.
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus?” (1Co 6.19).
Algumas pessoas pensam que Deus habita em um auditório de uma igreja. A igreja não é o santuário. Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Ele vem para viver em nós. Quando você é salvo, todo lugar é um lugar santo. Todo dia é um dia santo. Você já não pertence mais a você mesmo; você foi comprado com o sangue cujo preço é inestimável, o sangue de Jesus, para glorificar a Deus em seu corpo. Você é o templo do Espírito Santo de Deus.
 
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco” (Jo 14.16).
 
Uma vez que o Espírito Santo tenha selado você no corpo de Cristo e habita em você, Ele o conduz pela vida toda. Desde o menor pesar até a mais profunda dor, Ele lhe dá o consolo que ninguém mais pode dar.
Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16.13).
Deus nunca teve a intenção de que você tropeçasse nas trevas, tateando de lá para cá, como um navio sem leme numa noite escura e de tempestade. Não! Você pode caminhar na luz à medida que o Espírito Santo abre seu entendimento, guia você, ensina você, instrui você e dirige você em meio a este mundo.
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At 1.8).
Graças a Deus pelo poder do Espírito Santo, que nos enche de poder!
 
Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
Ele é o Espírito da oração e da intercessão.
Temos um amado amigo na Pessoa do Espírito Santo. Ele é para nós o que Jesus foi para os discípulos. E devemos ser para Ele o que os discípulos foram para Jesus. Como somos abençoados por termos um Amigo como Ele!
 
 

Provações todos nós temos que passar... assim teremos intimidade com DEUS.

O que todo crente precisa, mas não quer; tem, mas não sabe o que fazer com elas? A resposta é: provações. Não as queremos, mas as temos. Quando as temos, não sabemos o que fazer com elas. E, embora elas sejam sempre individualizadas, todas envolvem a mesma questão subjacente: confiar na Palavra de Deus e viver por ela.
O Livro de Tiago tem muito a dizer sobre passarmos por provações e confiarmos na Palavra. Ele foi escrito pelo meio-irmão de Jesus, que era o líder espiritual da igreja de Jerusalém. Ele estava escrevendo aos milhares de crentes judeus que foram forçados a fugir de Jerusalém devido à intensa perseguição. Essas pessoas haviam perdido seus empregos, suas casas, e seus bens. Em alguns casos, haviam também perdido sua família e seus amigos. A vida para elas estava extremamente difícil, e Tiago escreveu para encorajá-las, confortá-las e ajudá-las a direcionarem seus caminhos.

Primeiro, ele lhes lembrou que as provações produzem a maturidade; portanto, devemos aceitá-las com alegria: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg 1.2). As provações deveriam nos fazer antever o que Deus realizará. Devemos aceitá-las com alegria, não porque gostamos de provações, mas porque gostamos dos resultados.
Para agirmos assim, precisamos da sabedoria de Deus: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (v.5). Alguns de nós estamos enfrentando o desemprego, problemas familiares, questões de saúde, ou lutas relacionadas ao futuro de Deus para nós. Em todos esses casos, precisamos da sabedoria de Deus. Devemos nos perguntar: “Como estou reagindo a esta situação? Qual é o caminho de Deus? Qual é o plano dEle para mim nas circunstâncias que estou enfrentando?”.
As Escrituras dizem: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (v.17). Tiago estava se referindo às provações. Deus as deu a você com amor. A frase “todo dom perfeito” descreve o dom em si e o fato de que ele foi perfeitamente projetado para a sua situação.
Deus dirige e supervisiona tudo o que Ele lhe dá. Ele sabe quanto você pode suportar e o que é necessário para que você amadureça. Deus vê o seu potencial. Ele é como um professor gabaritado e um pai perfeito em uma só pessoa, e quer apenas o melhor para você. Ele usa de provações para ajudá-lo a crescer, para que você possa maximizar seu serviço em Seu Reino.
A chave para suportarmos as provações é a sabedoria de Deus, que vem apenas por meio de Sua Palavra. Conseqüentemente, devemos aplicar as Escrituras às nossas situações diárias com diligência, sendo “praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes” (v.22). A sabedoria de Deus sempre funciona. Ela é perfeita. Quando obedecemos à Palavra, superamos o pecado e impedimos a provação (que é neutra) de se transformar em uma tentação (que é negativa).
Segundo, Tiago relembrou a esses crentes em sofrimento que, se uma pessoa tem fé, mas não tem obras, ela realmente não tem fé: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.17). Esta afirmação não é sobre ser nascido de novo ou ser salvo do pecado. É sobre ser livre das provações. Quando Tiago perguntou: “Qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” (v.14), a resposta é “não”. A fé sem obras não ajudará você a passar pelas lutas. Sua fé tem que ser ativa.

Por exemplo: “Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?” (v.21). Aqui a palavra justificado não significa “nascido de novo”. No versículo 23, Tiago citou o fato que Abraão recebeu vida espiritual em Gênesis 15, quando creu na promessa de Deus de que o Senhor lhe daria um filho. Aqui Tiago explicou que Abraão demonstrou que era justo quando se preparou para sacrificar aquele filho aproximadamente 40 anos mais tarde. Abraão tinha 75 anos quando ganhou vida espiritual, e tinha 115 anos quando colocou Isaque sobre o altar. Abraão estava disposto a crer nas instruções de Deus e a responder com base na Palavra de Deus, a despeito do fato de que não entendia como tudo iria se realizar.
Romanos 4.19 diz: “Abraão, esperando contra a esperança, creu”. É isto que Deus quer que façamos. Ele está apenas nos dizendo: “Quando você estiver passando por um momento difícil, confie em Mim. Viva pela Minha Palavra. Deixe-Me fazer de você uma pessoa a quem eu possa usar de maneira maravilhosa em Meu Reino”.

Quando você estiver buscando a sabedoria de Deus, evite conselhos baratos. Tiago 3.1 diz: “Não vos torneis, muitos de vós, mestres”. Este versículo não se refere ao papel formal de um professor. O contexto envolve provações. Quando vemos alguém passado por provações, amamos dar conselhos. Adoro dar minha opinião. Se você quiser saber que tipo de carro deve dirigir, que tipo de cereal deve comprar, que tipo de loção funciona melhor, pergunte para mim. Eu entendo disso!
Todavia, as Escrituras nos advertem que sejamos cuidadosos para não darmos conselhos errados. A maior parte das pessoas reage emocionalmente às coisas. Pedro reagiu assim depois que “começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém para sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia” (Mt 16.21). Ele afirmou: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (v.22). Jesus, então, repreendeu-o e disse que a reação dele não era de quem cogitava “das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v.23).
Os cristãos podem dar conselhos ímpios. Às vezes, é um conselho motivado pelas emoções, às vezes é motivado por atitudes práticas. Seja de uma forma ou de outra, não vem de Deus. Para sabermos o conselho de Deus, temos que consultar Sua Palavra.
Talvez, se estivéssemos com Jesus quando Satanás O tentou a ordenar “que estas pedras se transformem em pães” (Mt 4.3), poderíamos ter dito: “Não acho que Deus vai ficar chateado se Você transformar uma dessas pedrinhas em um Big Mac. Afinal, Você já está aqui há 40 dias sem comer nada. É lógico que Deus não espera mais de Você do que Você já fez”.
Quantas vezes você já tentou consolar um amigo, dizendo: “Você já sofreu por tanto tempo. Você não acha que é hora de parar com suas perdas? Você já tem se esforçado o suficiente. Certamente Deus não espera mais de você do que o que você já passou”. Talvez, como o de Pedro, seu conselho não venha de Deus.
Existem duas fontes de sabedoria neste mundo, a de Deus e a do Diabo; e elas nos levam a dois diferentes caminhos:
Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão e sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” (Tg 3.13-17).
O rei Salomão falou sobre isto da seguinte maneira: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv 14.12). A opinião da maioria das pessoas é geralmente conforme o mundo. Deus nos diz: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.8-9).

Deus opera em um plano completamente diferente do plano dos seres humanos. Ele tem um conjunto diferente de valores e maneiras diferentes de agir e de reagir. Ele quer que nós abracemos Sua verdade, caminhemos com Ele e entendamos para onde Ele está indo.
Precisamos da sabedoria de Deus para suportar as provações. Também precisamos de fé. Devemos estar dispostos a confiar em Deus, humilhando-nos debaixo de Sua poderosa mão, para que Ele nos erga e nos leve à maturidade.
Você está com problemas financeiros, situações difíceis de saúde, dificuldades em casa? Então, ajoelhe-se e peça que Deus lhe proporcione o que você precisa. Dê os passos indicados em Sua Palavra e aguarde por Ele (Tg 5.7). Enfrentar provações requer persistência paciente, que confiemos em Deus no dia-a-dia e que aguardemos que Ele faça com que as coisas aconteçam.
No final, Jesus prometeu uma coroa da vida àqueles que O amam a despeito de suas provações e que as suportam confiando em Sua Palavra (Tg 1.12).
Não sei o que você pensa, mas eu quero crescer. Ainda estou trabalhando nisso. Quero me apresentar diante de Jesus e ouvi-lO dizer: “Você cresceu bem. Levou bastante tempo, mas você cresceu. Muito bem, servo bom e fiel”. Quando esta vida terminar, nossas lutas terão valido a pena.





 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O livro de Joel contém muitas promessas. A mais marcante é que Deus mantém-se ao lado de Sua terra e de Seu povo Israel.

O livro de Joel contém muitas promessas. A mais marcante é que Deus mantém-se ao lado de Sua terra e de Seu povo Israel. É um livro cheio de profecia – para Israel e para todos os povos. No livro do profeta Joel encontramos, inclusive, o Evangelho claro para nós hoje.
Em relação ao livro de Joel temos duas perguntas que devem ser formuladas de início para podermos ter uma visão panorâmica: onde nos encontramos cronologicamente? Qual era a situação reinante quando esse livro foi escrito?
O tempo de atuação de Joel não é mencionado, mas pelos paralelos históricos sabemos que ele exerceu seu ministério na Judéia por volta de 840-810 a.C. Portanto, ele é um dos mais antigos “profetas menores”. Se nosso ponto de partida são essas datas, então Joel profetizou durante o reinado de Joás. Lemos a respeito deste em 2 Reis 12.1-21 e 2 Crônicas 24.1-27. Vemos que Joás reinou 40 anos. Sob a liderança divina, por meio do sacerdote Joiada, o jovem Joás deu início a uma renovação espiritual entre seu povo. Seu interesse principal estava voltado para o Templo e os sacrifícios. Mas quando Joiada morreu, os príncipes de Judá convenceram Joás a reintroduzir a adoração a Baal. Na última fase de seu reinado, Joás afastou-se mais e mais de Deus.
Pouco se sabe a respeito do próprio Joel. Seu nome significa “Javé (Yahweh) é Deus” (Jo-El). Provavelmente ele vivia em Jerusalém. Seu pai se chamava Petuel, que significa “convicto por Deus” ou “simplicidade divina”. Seu tema é o vindouro “Dia do Senhor”, o grande dia do juízo, e as conseqüências desse evento. O “Dia do Senhor” acontecerá quando Jesus vier a esta terra visivelmente para estabelecer Seu reino milenar de paz.
O livro de Joel pode ser assim dividido:
Capítulo 1: a parte histórica; a praga de gafanhotos.
Capítulos 2-3: a parte profética; o exército de Javé.
Três coisas desempenham um papel importante no livro de Joel. Não as encontramos apenas neste livro profético, uma vez que se estendem por toda a Bíblia, perpassam a história secular e o Plano de Salvação, chegam até hoje e vão ainda além. Se quiser avaliar sua posição espiritual pessoal ou a de sua igreja, basta perguntar a si mesmo ou à sua igreja qual a postura em relação a estas três coisas:

1. Israel:

O livro de Joel foi escrito para o povo de Israel. O versículo 2 do capítulo 1 se dirige a “todos os habitantes da terra [de Israel]”.
Por que Israel é um assunto tão provocante, não apenas para a sociedade mas também para as igrejas e, talvez, para cada um de nós? Israel é o povo eleito por Deus. Lemos em Joel 2.17: “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?”. Deus escolheu e elegeu para Si este povo de Israel, para servi-lO. A morada de Deus, a “Casa do Senhor”, é em Israel. Não é apenas o povo de Israel como um todo, mas uma cidade específica em Israel, Jerusalém, e, mais restritamente, o monte Sião que estão em questão nesse livro profético (Jl 2.32). O livro de Joel é encerrado com as palavras: “...porque o Senhor habitará em Sião” (Jl 4.21). Sião é o centro!
Para Deus sempre é importante não ficar apenas na superfície – Ele avança até o ponto central. Em sua vida, Deus não quer ser apenas um personagem coadjuvante; Ele quer ser o centro de toda a sua existência.

“Sião” é, para todo judeu, a mais elevada representação do que significa “pátria”. Por isso foi chamado de sionismo o movimento destinado a levar os judeus de todo o mundo de volta para Israel. O profeta Joel fala de sua terra pátria, de sua cidade natal – fala do lugar onde Deus se encontra com os homens: o Templo no monte Sião. No livro de Joel Deus é muito específico no que fala. Ele diz 14 vezes “meu povo”, “minha terra”, “meu santo monte Sião”. Em Joel 2.26 Deus chega a dizer que Seu povo jamais será envergonhado. Ele promete que Israel não deverá mais ser zombado ou escarnecido. Deus toma partido por Seu povo escolhido!

Existe um problema: muitos tentam descartar e substituir Israel. Em Joel 3.2-3 lemos: “Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre os povos, repartindo a minha terra entre si. Lançaram sortes sobre o meu povo, e deram meninos por meretrizes, e venderam meninas por vinho, que beberam”. Na Palavra de Deus está escrito muito claramente que foram as nações gentias que dispersaram Israel e o desprezaram. Infelizmente, uma ala da Igreja de Jesus, que segue a horrível Teologia da Substituição, faz parte das “nações gentias” que afirmam que a Igreja é o novo Israel. Não vêem mais a real posição de Israel. Mas o que Deus diz em Joel 3.2? Ele fala de “meu povo”, “minha herança”, “minha terra”! Lemos a palavra “meu” por três vezes! Isso não é a Igreja! Quem ensina que essas expressões se aplicam à Igreja de Jesus está com sua visão embaçada ou não consegue ler direito... sem dúvida, há muitos analfabetos teológicos! O povo de Israel tinha naquela época e tem ainda hoje um status único, pois foi e continua sendo o povo de Deus. Conceda a Israel a sua devida importância espiritual, bíblica e pessoal.

2. Profecia:

O conteúdo básico de Joel é a profecia. Cinqüenta dos seus 73 versículos são proféticos, ou seja, 68% do livro é profecia. Elas falam do “Dia do Senhor”, que é o tema central de Joel (cinco vezes é mencionado o “Dia do Senhor”: 1.15; 2.1; 2.11; 2.31; 3.14). Basicamente, o “Dia do Senhor” é um tempo em que o Senhor vai ao encontro do Seu povo com juízo ou bênção, ou com ambos ao mesmo tempo.
Se lemos a Bíblia e tentamos entender mais e mais o agir de Deus, precisamos nos distanciar do nosso pensamento ocidental e tentar captar a maneira judaica de raciocinar e de se comportar. Se não fizermos isso, não conseguiremos compreender muitas das coisas que as Escrituras dizem. Por exemplo, é importante levar em conta que o dia judaico começa à noitinha, com o pôr-do-sol. Portanto, primeiro vem um tempo de escuridão para depois raiar a luz.
Esse é um espelho exato da maneira com que Deus lidará com Seu povo: primeiro virá o juízo (a escuridão) e depois a bênção (a luz). Primeiro virá para Israel o tempo da Tribulação, e depois o Milênio. No final do tempo de tribulação haverá a grande e terrível batalha do Armagedom, descrita no Apocalipse (Ap 16.16). É justamente essa batalha que Joel, como profeta, antevê e prediz no capítulo 3.2,9-14. Ela culminará no vale da Decisão, como o chama Joel, que é o vale de Josafá. Josafá pode ser traduzido por “o Senhor/Javé faz justiça” ou “o Senhor/Javé julgará”. Essa batalha é mais uma luta contra Israel, mas uma luta sem igual. Não pode ser equiparada nem com a luta do início da Tribulação, quando o rei vindo do Norte (Ez 38-39) se levantará contra Israel. No final dessa grande batalha Jesus, o Cordeiro, julgará a partir de Sião e colocará um ponto final no conflito. É disso que fala Joel 3.14,17: “Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o Dia do Senhor está perto, no vale da Decisão. Sabereis, assim, que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela”.
Como todos os outros profetas, Joel viu apenas alguns fatos relevantes do futuro. Por essa razão, muitos eventos distantes não são mencionados no livro de Joel. Mas quando pesquisamos em outros livros da Palavra de Deus, adquirimos uma visão panorâmica geral e exata do decorrer específico da profecia. Ao estudar as profecias, é importante reconhecer sempre do que o profeta está falando, a que ele está se referindo, a qual acontecimento ele está aludindo. Os profetas nem sempre relatam suas visões proféticas de forma cronológica e completa.

O “Dia do Senhor” não é o “Dia de Jesus Cristo” (Arrebatamento), igualmente mencionado na Bíblia. O “Dia do Senhor” diz respeito à volta visível de Cristo, quando Seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.4). Isso é muito importante para encaixá-lo corretamente na profecia bíblica. Também é importante saber sempre em que época nos encontramos dentro da cronologia profética da Bíblia. A profecia nos ajuda a reconhecer o quanto estamos próximos de eventos bíblicos como o Arrebatamento, das dores de parto dos tempos finais, etc. Exatamente isso torna a Bíblia tão atual! Muitos crentes dizem: “Não exagerem tanto com a profecia bíblica. O que importa é que Jesus nos ama!” Mas a Bíblia é 30% profecia, ou seja, 1/3 da Palavra de Deus é profecia! O que fazem os cristãos quando chegam a 2 Pedro 1.19, que diz: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração”? Talvez leiam os versículo 18 e 20 mas, na hora de ler o versículo 19, têm problema de falta de foco em sua visão. Onde encontramos a verdadeira profecia? Somente na Palavra de Deus, na Bíblia! Por essa razão deveríamos ser muito precavidos em relação a tantos profetas auto-proclamados e a profecias particulares. Para ter esse discernimento, é necessário que conheçamos muito bem a Palavra de Deus, a Sagrada Escritura.
Atente à palavra profética! Seja vigilante e reconheça o tempo em que vivemos!

3. Palavra de Deus (Evangelho):

Podemos crer que o pai de Joel ensinou-lhe a devida reverência à Palavra de Deus. Seu nome lembra disso, pois Petuel significa “convicto de Deus”, “simplicidade divina”. Quando estamos convictos de alguma coisa, podemos transmiti-la de forma mais convincente, de todo o coração. Foi o que Joel fez em toda a sua simplicidade. Ele não diz: “Aqui tenho a palavra do Senhor e vou indicar o rumo para vocês”. Ele se inclui e fala de “nosso Deus” (Jl 1.16). Também dirige-se a pessoas individualmente: a sacerdotes, a anciãos, ao povo de Israel. E o profeta também tem uma mensagem para os povos gentios. Com isso vemos que a Palavra de Deus diz respeito a todos e se dirige a todos. A mensagem do livro também cabe dentro do Novo Testamento: o que o Evangelho diz, é dito igualmente pelo livro de Joel.
A Palavra de Deus, o Evangelho, nos conclama a quê?
A narrar: “Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração” (Jl 1.3). Nós, você e eu, temos a incumbência de ir e pregar o Evangelho às pessoas. No Salmo 96.3 está escrito: “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas”.
A despertar: “Ébrios, despertai-vos e chorai; uivai, todos os que bebeis vinho, por causa do mosto, porque está ele tirado da vossa boca” (Jl 1.5). Esse versículo é uma conclamação de despertamento vinda da parte de Deus para o povo de Israel, mas é válido para nós também. As pessoas precisam ser acordadas. Precisamos dizer-lhes que necessitam de Jesus. Um chamado ao despertamento não pode ser em tom baixo e suave. Certa vez entrei no quarto da minha filha porque era tarde e ela ainda estava escutando música. Aí vi que ela adormecera apesar da música. Ela nem ouviu quando a chamei. Tive de sacudir sua cama para que ela acordasse. A nós fica a pergunta: em que sentido precisamos ser despertados e acordados? Em que área da nossa vida a Palavra de Deus precisa nos sacudir outra vez?
A se converter: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal” (Jl 2.12-13). O capítulo 2 fala que devemos dar meia-volta. Converter-se não é um ato exterior como, por exemplo, rasgar as vestes. O renascimento somente acontece quando a meia-volta é de todo o coração. Por isso Joel repete duas vezes a sua conclamação. Novo nascimento não é apenas voltar-se para Deus exteriormente; a reviravolta precisa vir de dentro para fora. Não basta levantar a mão durante um culto evangelístico. Primeiro precisa haver uma decisão de coração, e então seguem-se os atos exteriores. É o que Joel diz em alto e bom som ao povo de Israel, e é o que precisamos hoje, você e eu: uma decisão de coração, uma meia-volta, um retorno ao Pai do céu. Então nosso rumo estará corrigido, e ele será em direção a Jesus Cristo. É o que vemos no capítulo 3.

Invocar o nome do Senhor: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo...” (Jl 2.32). Depois da meia-volta acontece a salvação pela invocação do nome de Jesus. Apenas quem O invoca é salvo. Por isso Paulo cita essa passagem: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.12-13). Em qualquer situação nesta semana, neste mês, neste ano, podemos ter certeza: Jesus está aqui, e com Ele está a salvação! Então poderemos experimentar o que o povo de Israel experimentou:
Mudança: “Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém...” (Jl 3.1). Justamente para o povo de Deus a transformação é tão importante. Israel voltará a florescer e a crescer: “Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor” (Jl 2.22). Isso pode e deve ser assim na sua e na minha vida: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).
Deus é o futuro de Israel e seu forte refúgio: “...o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel” (Jl 3.16). E Ele quer ser essa segurança também para você: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.28).
Deus habitará com Seu povo e Jerusalém será santa: “Sabereis, assim, que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela” (Jl 3.17). Exatamente assim Ele habita entre nós (1 Co 6.19) e nós também somos santos (Cl 3.12).
O Senhor habitará e ficará para sempre em Sião: “...o Senhor habitará em Sião” (Jl 3.21). Da mesma forma Ele estará para sempre conosco, até o fim dos dias: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20).
Diariamente podem acontecer transformações na sua e na minha vida – confiemos que Deus tem o poder de executá-las! A Palavra de Deus é a base de tudo na vida. Você pode se apoiar nela completamente!
Joel é um livro cheio de promessas: 1. Que Deus está do lado de Sua terra e do Seu povo Israel. 2. É cheio de profecia – para Israel e para todos os povos. 3. Contém até mesmo o claro Evangelho para nós hoje.

O Senhor está acima de tudo, e por isso o nome de Joel significa que o Senhor é Deus acima de tudo! Deus também é o Senhor da sua vida? Se Ele for seu soberano, então você pode enfrentar o futuro confiadamente!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"ser cheio do Espírito Santo é um assunto vago e místico. "Não admira que os cristãos sejam confusos quanto a esse assunto.






Para muitos, ser cheio do Espírito Santo é um assunto vago e místico. Não há uma ideia clara e definida na mente das pessoas em relação a isso, além do fato de haver muitos ensinamentos errados sobre esse ministério do Espírito. Não admira que os cristãos sejam confusos quanto a esse assunto.
Em primeiro lugar, ser cheio do Espírito deve ser diferente de Seus outros ministérios:
A habitação. Isso significa que a Terceira Pessoa da Trindade mora, literalmente, no corpo de cada crente. Nosso corpo é o templo do Espírito.
O batismo. O batismo é o ministério do Espírito que coloca uma pessoa no corpo de Cristo no momento em que ela crê. A partir de então, ela se torna membro da Igreja Universal.
O selo. Um selo é uma marca de posse e segurança. Deus Espírito marca o crente como sinal de que pertence ao Senhor e está seguro por Ele.
O penhor. Isso significa um sinal ou garantia. Alguns o comparam com a aliança de noivado. Tão certo como a pessoa possui o Espírito, ela também receberá, um dia, a herança por completo.
A unção. No Antigo Testamento, reis e sacerdotes eram ungidos com óleo em um rito inaugural. Da mesma forma, o Espírito nos unge como sacerdotes reais. A unção possui um significado adicional em 1 João 2.27. O ministério de ensino do Espírito nos permite distinguir a verdade do erro.
Todos esses ministérios do Espírito acontecem no momento em que uma pessoa é salva. Eles são automáticos. Não exigem qualquer cooperação por parte do novo crente. Não há condições a serem satisfeitas. São experiências definitivas.
Ser cheio do Espírito é diferente. Na verdade, no Novo Testamento, há duas formas de sermos cheios.
Primeiro, um crente pode ser cheio do Espírito soberanamente para alguma obra especial. Assim, lemos que João Batista foi cheio do Espírito Santo no ventre de sua mãe (Lc 1.15b). Dessa maneira, Deus o preparou para ser o precursor do Messias. É possível que essa palavra tenha sido usada nesse sentido na maioria das ocorrências no livro de Atos. Foi assim que os discípulos foram cheios do Espírito Santo como preparação para a vinda dEle no Pentecoste (At 2.4). Pedro foi cheio do Espírito, pois precisava ser equipado a fim de ser convincente na transmissão da mensagem às autoridades e aos cidadãos comuns (At 4.8). Pedro e João foram cheios a fim de proclamar a Palavra de Deus com intrepidez (At 4.31). Saulo foi cheio do Espírito para pregar de Cristo em Damasco (At 9.17,22). Depois, ele foi novamente cheio para denunciar Elimas, o mágico (At 13.9). Pelo menos algumas dessas ocasiões em que as pessoas foram cheias do Espírito foram temporárias e não houve exigências a serem satisfeitas para que isso ocorresse.
Segundo, há uma forma de sermos cheios do Espírito para a qual há condições. É isso que encontramos em Efésios 5.18. Não é algo pelo qual você ora, mas uma ordem à qual obedece. É claro na língua original do Novo Testamento que o significado desse versículo é: “Sejais continuamente cheios”. Trata-se de um processo contínuo, não de uma realização. Não é uma experiência emocional, mas uma vida de santidade constante.
Paulo escreveu: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Por que ele mencionou algo tão ruim quanto a embriaguez juntamente com o nosso dever de sermos cheios do Espírito? Provavelmente porque há algumas semelhanças e diferenças evidentes entre as duas coisas. Primeiro, as semelhanças. Em ambos os casos, a pessoa está sob um controle externo. Na embriaguez, ela está sob o controle da bebida alcoólica chamada, às vezes, de “espíritos”. Ser cheio do Espírito significa que ela está sob o controle do Espírito Santo. Em ambos os casos, é possível saber quem a controla pela forma como anda: o bêbado cambaleia a esmo; a pessoa cheia do Espírito anda separada do pecado e do mundo. Em ambos os casos, é possível saber quem a controla pelo modo como fala: a fala do alcoólatra é enrolada e profana; a fala do crente é edificante e exalta a Cristo.
Também há duas diferenças. Quando se está embriagado, há perda do autocontrole; quando se está cheio do Espírito, não há perda do autocontrole. Quando se está embriagado, há uma menor resistência ao pecado; quando se está cheio do Espírito, a resistência é maior.
Lembrei-me das palavras perspicazes de James Stewart: “Se é pecado embriagar-se com vinho, é um pecado ainda maior não ser cheio do Espírito”.
Conforme mencionado, ser cheio do Espírito é a vida de santidade. Você a encontra sob diferentes aspectos nestas passagens:
  • É o caráter de um cidadão do reino (Mt 5.1-16);
  • É a vida permanente (Jo 15.1-17);
  • É a vida de amor (1 Co 13);
  • É a armadura do cristão (Ef 6.10-20);
  • É a vida do caráter cristão (2 Pe 1.5-11).
A seguir, algumas coisas essenciais a fazer para ser cheio do Espírito:
  • Confesse e abandone o pecado assim que tomar consciência dele (1 Jo 1.9; Pv 28.13);
  • Submeta-se ao controle do Senhor em todos os momentos (Rm 12.1-2);
  • Encha-se com a Palavra de Deus (Jo 17.17). Você não pode ser cheio do Espírito a menos que a Palavra de Cristo habite em você ricamente (Cl 3.16);
  • Passe bastante tempo em oração e adoração (Rm 8.26; 2 Co 3.18);
  • Mantenha-se perto da comunhão cristã, evitando envolver-se com questões do mundo (Hb 10.25; 2 Tm 2.4);
  • Ocupe-se para o Senhor (Ec 9.10);
  • Diga um sonoro “não” para os apetites ilícitos da carne (1 Co 9.27). Responda à tentação pecaminosa como um morto responderia (Rm 6.11). No momento de forte tentação, clame ao Senhor (Pv 18.10). Tome medidas rigorosas para evitar qualquer pecado (Mt 18.8). Fuja, não caia (2 Tm 2.22). Aquele que luta e foge sobrevive para lutar mais um dia.
  • Controle seus pensamentos (Pv 23.7; Fp 4.8);
  • Seja Cristocêntrico, não egocêntrico (Jo 16.14).
Agora faça o que tem de fazer, crendo que o Espírito está no controle.
Como é ser cheio do Espírito? A maior parte da vida provavelmente continuará sendo o habitual trabalho duro, rotineiro e secular. Às vezes, haverá picos. Porém, você perceberá que os mecanismos da vida se encaixam, que acontecem coisas incomuns. Você terá consciência de que o Senhor está operando em você e por seu intermédio. Sua vida reluzirá com o sobrenatural e, quando você tocar outras vidas, algo acontecerá para Deus.
Além disso, haverá poder (Lc 24.49; At 1.8), intrepidez (At 4.13,29,31), alegria (At 13.52), louvor (Lc 1.67-75; Ef 5.19-20) e submissão (Ef 5.21).
Um último aviso. A pessoa que é cheia do Espírito nunca diz que é. O ministério do Espírito é exaltar Cristo, não o crente. Vangloriar-se como se o tivesse alcançado é orgulho.

sábado, 14 de julho de 2012

"O mundo do tempo de Noé não sucumbiu por causa da poluição ambiental ou pelo aquecimento global, mas devido à maldade da humanidade, que havia renunciado a Deus."


Sabemos que não haverá mais um Dilúvio para submergir toda a terra (Gn 8.21-22; Gn 9.11,15). Isso, porém, não significa que não virá um juízo global no futuro. Haverá, sim, um outro “dilúvio”, um terrível apocalipse de alcance mundial.
No Novo Testamento encontramos referências ao tempo de Noé: Mateus 24.37-39, Lucas 3.36 e 17.26-27, Hebreus 11.7, 1 Pedro 3.20, 2 Pedro 2.15 e 3.5-7. Além dessas, existem menções extra-bíblicas desse acontecimento: “O Dilúvio mundial dos tempos de Noé encontra paralelos em mais de 40 culturas, que não dispunham da Bíblia”.


1. O mundo do tempo de Noé não sucumbiu por causa da poluição ambiental ou pelo aquecimento global, mas devido à maldade da humanidade, que havia renunciado a Deus. Os tempos finais também serão caracterizados pela rejeição a Deus por parte da maioria das pessoas.
2. As declarações sobre o fim dos tempos conectam diretamente o tempo de Noé (Dilúvio) com o tempo de Ló (Sodoma e Gomorra) (Lc 17.26-29; 2 Pe 2.4-9; comp. Jd 6-7). Não devemos perder de vista essa conexão.
3. Os dois eventos (Dilúvio e juízo de fogo) foram transcritos para a posteridade explicitamente como exemplos de alerta. Pedro enfatiza esse aspecto (2 Pe 2.6) e Judas também o faz (Jd 6-7). Isso significa que, nos tempos finais, teremos uma situação semelhante à daquela época. Os últimos tempos serão dominados por poderes espirituais como foram os tempos de Noé e Ló: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.37).
4. Penso que tanto Noé como Ló não apontavam acusadoramente para sua geração nem sentiam satisfação ou desejo de vingança, mas comunicaram de forma convicta e amorosa a mensagem de Deus às pessoas ao seu redor, falando do juízo que se aproximava:
– Noé, seu nome significa “pregador da justiça” (2 Pe 2.5) e não “pregador da vingança”.
– Ló sentia-se “afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados”. Ele atormentava a sua alma justa. Implorava que seus contemporâneos se voltassem para Deus (2 Pe 2.7-8; Gn 19.14).

A Igreja de Jesus não se compraz com a impiedade, mas também não reage com dureza, com desamor ou ameaças, que têm sua origem em uma religiosidade impiedosa e legalista. A Igreja sofre, se atormenta, derrama lágrimas. Ela suporta dores e sente muito quando vê o mal acontecendo, e então suplica e intercede pela salvação dos perdidos – como fazia Ló (Gn 19.7-14).


5. O fato de o mundo de antes de Noé ser chamado de “o mundo daquele tempo” (2 Pe 3.5-7) significa que hoje nos encaminhamos para uma segunda terra e um segundo céu. Hoje nossa terra tem características diferentes das que tinha antes do Dilúvio.
Existe a terra de antes do Dilúvio (a primeira), a terra de depois do Dilúvio (a segunda, atual), e futuramente haverá um novo céu e uma nova terra (os terceiros). Conforme 2 Coríntios 12.2-4, o apóstolo Paulo foi arrebatado até o terceiro céu, ao paraíso. Por isso, falamos sempre, de forma automática, de três esferas celestiais: (1) o céu das nuvens; (2) o Universo, e (3) o céu onde Deus habita. Mas isso é obrigatoriamente assim? Talvez, ao referir-se ao terceiro céu, ao paraíso, Paulo estava simplesmente falando do terceiro céu na seqüência: (1) pré-diluviano, (2) pós-diluviano, e (3) futuro (o novo céu que nos espera).
O juízo por meio da água no princípio da história da humanidade é uma imagem do juízo futuro por meio do fogo no final da história da humanidade (2 Pe 3.5-7).


Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram. Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antigüidade” (Gn 6.1-4).
Aqui, os filhos de Deus, não são homens, mas anjos (veja Jó 1.6; Sl 29.1; Sl 89.7). Os homens (v.1) tiveram filhas – portanto, filhas humanas –, e a elas vieram os “filhos de Deus” (v.2). A diferença entre “filhos de Deus” e “filhas dos homens” é ressaltada claramente. Se a expressão “filhos de Deus” se referisse a homens, teria de estar escrito “filhos dos homens”, assim como o texto fala das “filhas dos homens”. Pessoas são chamadas de filhos dos homens (Sl 62.9). Por exemplo, Ezequiel e Daniel são chamados de “filho do homem” (Ez 2.1; Dn 8.17). O Senhor Jesus Cristo foi ambos: Filho de Deus, título que acentua Sua divindade, e Filho do Homem, que atesta sua vinda como homem através de Maria (Mt 8.20,29).
Judas também deixa evidente que a designação “filhos de Deus” não diz respeito a pessoas, mas a anjos caídos: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6; comp. 2 Pe 2.4-5; Jó 1.6; 1 Rs 22.19-23).
Em Gênesis 6.4 está escrito: “...naquele tempo havia gigantes (“nephilim”) na terra ...estes foram valentes, varões de renome, na antigüidade.” A palavra hebraica “nephilim”, traduzida por “gigantes” tem um significado bastante interessante: quer dizer gigantes, heróis, celebridades. Isso indica pessoas que têm influência, e a palavra deriva de uma raiz que significa “cair”. São os “caídos” que levam outros a cair; dominadores, controlados por demônios, que caem e levam outros consigo.
Observemos nosso mundo: grandes personalidades enganadas, celebridades seduzidas, no meio financeiro, nos negócios, na indústria do entretenimento e na política levam nossa sociedade à queda. E aos olhos de muitos desses “gigantes” os cristãos fiéis à Bíblia parecem representar um perigo maior que organizações criminosas.
A época de Noé era um tempo extraordinariamente marcado por domínio demoníaco. E no tempo de Noé também havia oposição veemente contra a ação do Espírito Santo. Tudo era tolerado, tudo era permitido, as mentes eram liberais e abertas para tudo, menos para o que vinha do Espírito Santo, que era rejeitado.


Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6.3). A era anterior ao Dilúvio foi caracterizada por uma marcante ação do Espírito Santo e menos por ordenanças da Lei. Foi uma era de extraordinária graça, da qual as pessoas abusaram impiedosamente. Elas resistiam ao Espírito Santo de Jesus, que já pregava àquele mundo através da pessoa e das palavras de Noé (1 Pe 3.18-20). E agora, em Gênesis 6.3, Deus está dizendo que, depois de 120 anos, a graça iria ser suspensa, retirando-se e dando lugar ao juízo.
Um cenário semelhante se repetirá logo antes do “dilúvio apocalíptico”. O Espírito Santo, que hoje ainda atua através da graça, conforme 2 Tessalonicenses 2.6-7 será retirado juntamente com a Igreja de Jesus antes do juízo, para que este se abata sobre a humanidade. Isso indica que esta era que antecede esse “dilúvio apocalíptico” se encerrará da mesma forma que a era anterior ao Dilúvio no passado. Arnold Fruchtenbaum explica: “Os dias de Noé são um tempo comparável aos dias que antecederão o Arrebatamento”.
A geração de Noé chegou a um ponto em que o mal e tudo o que era injusto e pecaminoso dominava o dia-a-dia como estilo de vida normal. Os valores haviam sido invertidos. O mal foi elevado à posição de bem, de útil, enquanto o bem, que o Espírito Santo queria produzir, passou a ser declarado como mal e era rejeitado. “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.12; comp. v.5).
Diariamente observamos que nosso tempo é dominado por forças demoníacas (nos filmes, na religião, através da Nova Era, do esoterismo, da Teoria da Evolução, pelo surgimento de novos deuses...), e percebemos que o povo se volta contra a Palavra de Deus e se opõe à ação do Espírito Santo. O mal passa a ser encarado como perfeitamente bom e normal. Coisas que há poucas décadas ainda eram tabu ou rejeitadas por serem perversas estão onipresentes na cena cotidiana e completamente integradas na vida da sociedade. Elas já se tornaram tão comuns que aqueles que se manifestam contrários são condenados e considerados anormais.
Ao analisarmos o tempo de Noé, fica evidente que o pecado se avoluma até a corrupção total (Gn 6.5,12) e que existe um amadurecimento para juízo, quando a medida da iniqüidade estará cheia (Gn 15.16; 13.13; 18.20; Jd 7). Esse é o caso quando a lei de Deus não apenas é quebrada (no sentido de não ser obedecida), mas rompida completamente (rejeitada radicalmente e declarada nula).


Os exemplos a seguir são sintomáticos dessa tendência:
Na Igreja Luterana dos EUA decidiu-se no ano passado que o ministério pastoral poderá ser exercido por pessoas que vivem em relações homossexuais. Essa regulamentação deverá entrar em vigor em 2010. Uma pastora declarou a respeito: “Creio que fomos além do que Deus permite”. A ironia foi que uma tempestade derrubou a cruz da torre da igreja luterana central onde estava sendo tomada essa decisão.
Na Holanda existe uma banda chamada “Devil’s Blood” (“Sangue do Diabo”). Em seus shows os integrantes derramam 20 litros de sangue de porco no palco. Um deles declarou: “O sangue de animais é, para nós, a possibilidade de levar a morte até o palco e para nos tornarmos menos humanos. Um caminho para fazer desaparecer nossa própria identidade e nossa personalidade, para sermos espíritos...”.
Um grupo esotérico alemão chamado “Obreiros da Luz” é extremamente ocultista e busca o contato com o além para liberar energias ocultas. Os “obreiros” esperam “uma luz nova e consciente que adentrará esta existência pela primeira vez”. Essa luz traria paz e cura para o mundo e conduziria a humanidade “à mudança global, impulsionando-a no caminho de volta para a Unidade”. Um dissidente que abandonou essa seita, advertiu seriamente em seu site na internet a respeito do grupo: os auto-intitulados “obreiros da luz” são médiuns de “pretensos anjos, entes de luz ou irmãos de luz extra-terrenos”. Eles representam a porta de entrada ideal para forças ocultas.

Enquanto isso, pregações bíblicas e citações bíblicas são rejeitadas como absurdas, ridicularizadas e sujeitas a zombaria. As leis estão sendo distorcidas a ponto de se tornar cada vez mais fácil acusar o cristianismo decidido. Hoje chegamos ao ponto de quase precisarmos nos envergonhar ao apenas mencionarmos que Deus vai julgar os impuros e adúlteros (Hb 13.4). Quando proclamamos essas verdades atualmente, tornamo-nos ridículos aos olhos do mundo. Isso não cabe mais na nossa sociedade, pois é “antiquado”. Mas é justamente nisso que reconhecemos o quanto nosso tempo é igual ao tempo de Noé!


proximadamente 2.500 anos depois do Dilúvio veio o Salvador, a arca da salvação eterna. Aquele em cujo Espírito Noé agira (1 Pe 3.18-20) veio em carne e sangue. Mesmo estando o amor de Deus presente no mundo através da Pessoa de Jesus – a graça, o perdão, a misericórdia e justiça plenas –, o próprio Jesus já teve de anunciar o juízo do fim dos tempos. Ele usou o tempo de Noé e de Ló como exemplos do tempo antes de Sua volta: “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30).
Algumas coisas chamam nossa atenção nessas palavras de Jesus:
1. A conexão estreita entre a história de Noé e a história de Ló. Portanto, os tempos finais são muito semelhantes tanto ao tempo de Noé como ao tempo de Ló.
2. A despreocupação das pessoas daquela época com as coisas espirituais. “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã; soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade...” (Ez 16.49). A vida social girava unicamente em torno das coisas da vida terrena. O centro era o bem-estar e o conforto de cada um. Em palavras de hoje, diríamos que as preocupações são o clima, a alimentação, vitaminas, saúde, dicas para viver bem, conselhos sobre finanças, etc. A preocupação daquela época eram as coisas seculares, não as celestiais; as temporais, não as eternas; as mundanas, não as espirituais.

A saúde, por exemplo, tem se tornado uma poderosa religião contemporânea. “O anseio por saúde tem adquirido cada vez mais os traços de uma religião. Essa é a opinião do médico e teólogo Manfred Lütz (de Colônia, na Alemanha). (...) Muitos ‘correm pelas florestas e comem grãos para acabar morrendo saudáveis’, afirmou Lutz durante uma palestra. Onde havia catedrais, erguem-se agora academias de ginástica. A religião da saúde seria a mais poderosa de todos os tempos e apresentaria marcas de totalitarismo. Lütz disse: ‘Enquanto se pode fazer qualquer brincadeira acerca de Jesus, não se pode fazê-lo quando o assunto é saúde’. Além disso, ela seria mais cara do que todas as outras religiões. (...) A mania da vida saudável já teria alcançado grande parte das igrejas, disse o autor de diversos best-sellers (...) ‘Enquanto no passado se jejuava para se privar do alimento, hoje se jejua para se chegar bem tarde, e bem saudável, ao céu’. A saúde seria um grande bem para os cristãos, mas ‘não o bem supremo’, segundo Lütz. Ao invés de viver prevenindo doenças, os cristãos deveriam gozar cada novo dia como um presente divino”.

Como são modernas as palavras de Jesus! Abri o jornal e selecionei alguns títulos da programação da TV. Essa lista demonstra o quanto são atuais as palavras de Jesus acerca dos tempos finais. Hoje estamos vivendo exatamente dentro daquilo que foi dito acerca dos tempos de Noé e de Ló. E ainda existe quem tenha a coragem de dizer que a Bíblia está ultrapassada! Fiquei impressionado com a quantidade de programas sobre preparo de receitas, alimentação saudável e saúde. A passagem bíblica que diz que as pessoas da época de Noé e Ló “compravam, vendiam, plantavam e edificavam” tem seu pleno cumprimento nos nossos dias – o que comprovei lendo os títulos dos programas oferecidos na área de finanças e comércio. Outra característica dos tempos passados que se repete hoje é a de que “casavam e davam-se em casamento”. Programas de namoro, casamentos, descasamentos, novos relacionamentos – a vida privada ocupa o centro das atenções. Mas isso não é tudo. A declaração de Jesus “casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que...”, dá o que pensar! Buscar um parceiro pela internet ou através de agências de casamento virou moda. “Por razões que não cabem aqui, parece que hoje ninguém mais conhece alguém na rotina da vida diária. Por isso, florescem as agências de namoro, de preferência protegidas pela anonimidade da internet”.


A maior parte do que acabamos de listar não é pecado. Mas quando Deus é excluído e quando a salvação em Jesus é rejeitada, quando o homem é movido apenas pelo que é temporal, então tudo isso passa a ser um sinal dos tempos finais.
“Deixe-nos em paz” foi a reação do povo daquela época, e é o que se ouve também hoje. “Deixem-me em paz com esse assunto de apocalipse”, “Vocês são muito catastrofistas!”, “Vocês só querem atrapalhar a minha vida”, “Vocês são fanáticos religiosos”, “Vocês são tão negativos, os desmancha-prazeres da sociedade”. Mas por que a taxa de suicídios e as tragédias aumentam tanto? Por que as clínicas psiquiátricas estão lotadas? Por que nunca houve tanta necessidade de remédios controlados como nos últimos anos? Por que a insatisfação, o medo e a insegurança pairam sobre nossa sociedade como uma névoa escura, uma vez que tudo seria tão bom sem Jesus?
3. Nas épocas de Noé e Ló vemos que não era a multidão que estava com a razão. A maioria de então estava errada, e a minoria (Noé e Ló) é que estava certa. No final, Deus terá razão, Sua Palavra será decisiva – não a opinião da maioria, que diz: “Mas todo mundo faz isso! Isso deve ser correto, já que todos o fazem! É o que a mídia diz...”.
Você sabe qual foi a última afirmação do Senhor Jesus antes de começar a falar do tempo de Noé? “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus; nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.35-37).
A Palavra de Deus é garantida e irrevogável. Mesmo que ninguém saiba o dia ou a hora, temos um ponto de referência na semelhança entre a nossa época e o tempo de Noé.


Nosso tempo está diante de um novo dilúvio, não de água mas o dilúvio do Apocalipse, dos juízos dos selos, das trombetas e dos flagelos. Então os céus e a terra serão novamente abalados (comp. Ap 16.20-21). E após esses juízos catastróficos, haverá um novo céu e uma nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3.13; Ap 21).
O tempo de Noé e Ló mostra-nos que o Arrebatamento está próximo. Noé é chamado por Pedro de “pregador da justiça”, enquanto Ló é chamado apenas de “justo” (2 Pe 5.7). Essa diferença tem algum significado à luz da profecia?
Noé, o pregador da justiça, teve de passar pelo juízo, mas foi protegido em meio a ele. Essa é uma ilustração de Israel. Foi Israel quem proclamou a justiça em Jesus a nós (Rm 9.4-5).
Ló é chamado de “o justo”. Ele foi poupado do juízo, salvo antes da destruição. Representa figuradamente a Igreja. Tornamo-nos justos pela proclamação da justiça por Israel (simbolizado por Noé). Como Ló, porém, a Igreja vive no meio de um mundo cheio de injustiça, mas ela crê e será salva antes do juízo (2 Pe 2.7-9). Assim como Deus salvou o justo Ló, também pode livrar da provação todos os que O temem.
Ló foi salvo sendo tirado do lugar da tentação e da provação ao ser literalmente arrancado de Sodoma (Gn 19.16-17,22). Da mesma forma, a Igreja será salva do lugar da tentação, salva deste mundo, ao ser arrebatada antes do dilúvio apocalíptico. Pois, se apenas os injustos serão preservados para o dia do juízo, então obrigatoriamente os justos serão livrados de passar por esse dia (1 Ts 5.1-10).

Encontramo-nos diante do último dilúvio de juízos apocalípticos. O fogo do juízo divino virá. Somos como Noé, pregadores da justiça? Somos tementes a Deus como ele? Somos obedientes como ele era? Fazemos tudo o que podemos para transmitir à nossa geração a justiça que tem valor diante de Deus? Ajudamos a construir a “arca” da Igreja? Alertamos para o que está por vir?